A egressa Marina Ferreira se formou
em Relações Internacionais pelo UNICURITIBA em 2016. Desde então, além de sua
ocupação profissional em uma Fintech, que são Startups que trabalham para inovar e
otimizar serviços do Sistema financeiro, a Marina possui um site chamado
Shetrips, que encoraja mulheres a viajarem sozinhas. Atualmente ela mora em
Montevideo e já conhece 35 países ao redor do mundo ( com apenas 23 anos).
Quer saber mais um pouco sobre a história dela?
Confira a entrevista abaixo!
Nome: Marina Ferreira
Ano de ingresso
no curso de Relações Internacionais: 2013
Ano de conclusão
do curso de Relações Internacionais: 2016
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Internacionalize-se: Qual foi o caminho percorrido para você alcançar seu
posto atual no trabalho?
Marina:
Eu comecei
fazendo estágio com negócios aeroportuários, uma vaga que foi divulgada na
faculdade, aliás. Lá me encontrei na área de desenvolvimento de negócios e
eventualmente passei a trabalhar em uma Fintech de pagamentos internacionais
onde me consolidei neste cargo. Já estou nessa indústria há mais de 3 anos e
hoje trabalho em Montevideo para uma empresa uruguaia.
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Internacionalize-se: Além de trabalhar, você possui um site, o SheTrips. Qual o
seu objetivo com ele?
Marina:
Viajar é
constantemente um propósito para mim. Quando me percebi financeiramente capaz
de alcançá-lo pela primeira vez, me deparei com outros impedimentos como medo,
falta de informação e de companhia.
Hesitei muito antes de dar o
primeiro passo, considerando o medo intrínseco que vem em estar sem companhia,
mas quando finalmente decidi, percebi que "sozinha" não era necessariamente
um fardo, mas sim poderia ser uma escolha, e das boas. Se para mim, tomar essa
decisão sozinha foi um processo de aceitação e de busca afinca de informação,
concluí que tudo o que eu já coletei de vivências já poderia ajudar outras
pessoas que estão prestes a fazer o mesmo.
Coragem e informação foram as duas condições não materiais para eu assumir
esse estilo de vida. E hoje, eu tento tornar uma consequência da outra para os
leitores.
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Internacionalize-se: Como o curso de Relações Internacionais te ajudou a
explorar o mundo?
Marina:
Estar nesse meio
onde podemos debater sobre o histórico de tanta diversidade e de formas de
sociedade ao redor do planeta só alimenta nossa curiosidade sobre esses temas.
Para mim, RI tem muito a ver com mediar
diálogos, e se você estiver disposto, pode aplicar essa visão nas suas
viagens também. Ter contato com histórias e depois complementar com o empírico
são experiências impagáveis que já tive o privilégio de vivenciar.
Um dos exemplos mais fortes foi na
Palestina. Minha relação com o tema já havia começado anos antes nas salas de
aula de RI, e depois pude ver de perto a situação dos lados do muro. O relato
completo dessa viagem você pode ver aqui.
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Internacionalize-se: Se um de nossos leitores, assim como você, queira
documentar suas viagens e contar suas histórias, qual seria uma dica muito
importante?
Marina:
Mesmo no nicho de
viagens, existem vários perfis de viajantes. Eu por exemplo, nem faço questão
de frequentar restaurantes tradicionais dos meus destinos (não confundir com típicos), sendo que para alguns, essa
parte é bem importante.
Nem todo mundo compete pela
atenção do público. Se você descobrir seu estilo e for fiel à ele, suas
contribuições serão ainda mais efetivas para os leitores.
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Internacionalize-se: Como você se organiza e planeja suas viagens? Já passou
por um perrengue?
Marina:
O destino
geralmente é uma roleta russa. A lógica é começar com os mais improváveis, e os
clichês eventualmente virão. Viavelmente, eu trabalho o ano inteiro e vivo em
modo econômico para poder fazer pelo menos uma grande viagem por ano. Em média
2-3 semanas é o suficiente para conhecer 3 países e eu estabeleço um teto de
quanto posso gastar em cada viagem.
De perrengue eu tenho coleção, mas
nada muito grave felizmente. Só na minha última viagem, eu perdi a hora de um
tour de Israel para Jordânia e tive que fazer a travessia sozinha sem saber se
encontraria o grupo que cuidava do visto. Alguns dias depois passei mal em um
monumento bíblico porque na noite anterior cozinhei algo errado. Mas o pior de
todos foi sair da casinha de um banheiro de estrada no meio do Egito e ver que
ele cheio de homens usando o mictório. Quando eu fui percebida, começaram a
gritar e me expulsaram. Agora já dá pra rir da história.
É importante se proteger, as
mulheres sozinhas em qualquer lugar acabam se destacando. Recomendo ter um
carregador portátil de celular e comprar um chip local por questões de
segurança mesmo. Fora isso, esse mundo está repleto de pessoas maravilhosas no
meio do caminho, uma diversidade infinita para ser apreciada e vários destinos
que muitas vezes nem sabemos de cor para colocar na lista.
Quer conhecer mais sobre as aventuras da Marina? Acesse o site
https://www.shetrips.co
Parabéns a Marina e Vinícius pela entrevista!
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