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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 20/09 a 26/09

  • Alemanha
    A Alemanha passa por um processo de negociação entre os seus principais partidos após disputa acirrada nas eleições que ocorreram neste domingo (26/09). O Partido Social-Democrata (SPD) de centro-esquerda, liderado por Olaf Scholz venceu as eleições com 25,7% contra 24,1% da União Democrática Cristã (CDU) liderada por Armin Laschet, conservador de centro-direita, seguidos pelo Partido Verde com 14,8% dos votos e pelo Partido Liberal Democrático (PDL) com 11,5%. Apesar da vitória, o SPD não possui assentos suficientes no parlamento e precisará formar coalizões para assumir o comando. Há de se destacar também o crescimento do Partido Verde, que obteve a maior vitória dos ambientalistas na história, impulsionados pela falta de posicionamentos efetivos do atual governo frente às mudanças climáticas e as enchentes que ocorreram no país. 
    Além disso, embora esse tenha sido o pior resultado do CDU desde de 1949, o partido não pretende abrir mão do poder e está disposto a formar coalizões com os partidos menores para obter maioria no Parlamento. É possível também que haja a formação do primeiro governo tríplice na Alemanha, inclusive com partidos rivais e de posicionamentos distintos. Esse processo de negociações pode demorar meses, o que significa que Angela Merkel deverá permanecer no controle até pelo menos o final deste ano. A atual chanceler, que decidiu se aposentar, deixará o cargo de liderança após 16 anos à frente do CDU. O novo chanceler a assumir terá a grande responsabilidade de governar a maior economia da Europa e a quarta maior do mundo tendo as questões ambientais como prioridade. 

A partir da esquerda: Armin Laschet, da União Social Democrata (CDU), Annalena Baerbock, do Partido Verde, e Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD) — Foto: AP Photo/Markus Schreiber, Michael Sohn. 

  • ONU
    O Brasil por tradição foi o primeiro país a discursar na Assembléia Geral da ONU nesta terça-feira, dia 21, representado pelo presidente Jair Bolsonaro, com um discurso questionável que foi amplamente criticado. Bolsonaro afirmou que desde que assumiu o poder o Brasil estaria a 2 anos e 8 meses sem casos de corrupção concretos, declarou que antes o país estava a beira do socialismo, frisou a importância da "família tradicional”, elogiou a legislação ambiental brasileira e seguiu listando uma série de supostos avanços e vitórias de seu governo, e por último, defendeu o “tratamento precoce” contra o Covid-19, um tratamento feito com remédios que foram comprovados sem eficácia pela comunidade científica e ainda afirmou que no dia 7 de setembro, feriado nacional de Independência do Brasil “milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história”. 
    Porém, o discurso não foi o único destaque da passagem do atual presidente do Brasil e sua comitiva nos Estados Unidos, Bolsonaro também era o único líder do G20 a dizer que não tomou e que não tem a intenção de tomar a vacina. Uma foto do presidente jantando na calçada de um restaurante em Nova York teve grande repercussão, não é permitida a entrada de clientes que não possam provar estar vacinados nos restaurantes da cidade. Além disso, o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga testou positivo para Covid-19 logo após ter participado da Assembleia Geral das Nações Unidas junto à comitiva, o que levou à suspensão da participação de todos os diplomatas brasileiros nas reuniões que ocorreriam na ONU. 
  • México/Haiti
    A situação nas fronteiras entre Ciudad Acuña, no México, e Del Rio, nos Estados Unidos causou comoção internacional na última semana. No dia 19 de setembro cerca de 15 mil imigrantes, em sua maioria haitianos, dentre eles mulheres grávidas e crianças, foram rodeados pelas autoridades em ambos os lados e duramente reprimidos. As imagens repercutidas da cavalaria estadunidense reprimindo os haitianos retrata o desespero dos imigrantes ao tentarem fazer a travessia perigosa do Rio Grande O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) argumenta que é preciso que haja exceções humanitárias para protegê-los e facilitar o acesso a direitos básicos já que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade. 
    As condições no Haiti são difíceis, o país sofre com desastres naturais, como grandes terremotos, furacões, tempestade tropical, além da crise política e econômica agravada após o assassinato do até então presidente do país. Os imigrantes se queixam de não conseguir emprego e não terem condições de vida no seu país e temem serem deportados. O presidente dos Estados Unidos não havia se pronunciado até esta sexta-feira (24/09) quando decidiu romper o silêncio e disse assumir a responsabilidade pelo ocorrido, segundo Biden, a palavra “vergonha” não seria suficiente para descrever o ocorrido, e disse ainda que ver pessoas serem tratadas de tal forma, atropeladas e amarradas é ultrajante.


    A política hostil norte americana, no entanto, permanece a mesma, as fronteiras continuam fechadas para requisição de asilo ou refúgio, e a lei permite que estrangeiros sem documentação sejam imediatamente deportados. No aeroporto de Porto Príncipe, no Haiti, as pessoas se aglomeram em volta dos aviões em busca de seus pertences que são jogados sem identificação, muitos também tentam entrar no voo de volta aos EUA. Essas expulsões em massa feitas pelos norte-americanos, sem levar em consideração a necessidade de proteção são incompatíveis com o Direito Internacional segundo Filippo Grandi, Alto Comissariado das Nações Unidas. 

  • Espanha
    O Estado espanhol tem lutado para lidar com as festas de rua ilegais que vem acontecendo no país. Com a volta às aulas, o atenuamento das medidas restritivas da pandemia e a chegada das festividades de Mercê (um festival tradicional Espanhol realizado em homenagem a Mare de Deu de la Mercè, a Santa Padroeira de Barcelona), as autoridades espanholas tem achado dificuldade em conter a aglomeração dos jovens. As festas começaram na sexta-feira, reunindo cerca de 15 mil pessoas, mas foi no sábado, dia 25, que os incidentes mais graves ocorreram. Em torno de 40 mil pessoas lotaram as ruas neste dia, a aglomeração terminou em violência com atos de vandalismo e agressões.
    Ada Colau, presidente da câmara de Barcelona, acredita que o problema deixou de ser uma questão de falta de civismo e já se tornou um problema de ordem pública, isto porque neste último sábado, 22 pessoas foram detidas, 40 ficaram feridas, das quais 13 vítimas de esfaqueamento ou cortes com vidros. Alguns grupos invadiram e vandalizaram o Palácio de Congressos, carros, motos e árvores foram incendiados e destruídos. Alguns argumentam que há a necessidade de reabertura dos locais de festas noturnas para descentralizar o passatempo juvenil, apenas as casas noturnas com áreas abertas estão permitidas de funcionar até então.

Referências
Germany elections: Centre-left claim narrow win over Merkel's party. CNN INTERNATIONAL. 27 de set. 2021. Disponível em: https://edition.cnn.com/2021/09/26/europe/germany-election-results-polls-2021-grm-i ntl/index.html.
Eleição na Alemanha: centro-esquerda derrota partido de Merkel mas pode demorar para formar governo. BBC Internacional. 27 de set. 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58704584.
Biden assume responsabilidade por perseguição a haitianos na fronteira: “ultrajante”. El País. 24 de set. 2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/internacional/2021-09-24/biden-assume-responsabilidade-p or-perseguicao-a-haitianos-na-fronteira-ultrajante.html.
Migração para os EUA: 5 perguntas para entender êxodo de haitianos. G1 Mundo. 27 de set. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/09/27/migracao-para-os-eua-5-perguntas-p ara-entender-exodo-de-haitianos.ghtml.
“É preciso aguentar para sobreviver”: o drama dos haitianos na fronteira dos Estados Unidos. El País. 24 de set. 2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/internacional/2021-09-21/e-preciso-aguentar-para-sobrevive r-o-drama-dos-haitianos-na-fronteira-dos-estados-unidos.html.
Mudanças climáticas intensificam crise na fronteira dos EUA; situação deve piorar. CNN Internacional. 19 de set. 2021. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/mudancas-climaticas-intensificam-crise-na-fronteira-dos-eua-situacao-deve-piorar/.
Veja e leia a íntegra do discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas. G1 política. 21 de set. de 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/09/21/veja-a-integra-do-discurso-de-bolson aro-na-assembleia-geral-da-onu.ghtml.
COVID-19 vaccine skeptic Bolsonaro gets a pass at U.N. but not New York restaurants. Reuters. 20 de set. 2021. Disponível em: https://www.reuters.com/world/vaccine-skeptic-bolsonaro-gets-pass-un-not-new-york -restaurants-2021-09-20/.
Brazil’s health minister tests COVID positive at UNGA. Al Jazeera. 22 de set. 2021. Disponível em: https://www.aljazeera.com/news/2021/9/22/brazils-health-minister-tests-covid-19-pos itive-at-unga.
Violence breaks out at Barcelona street parties that attracted 40,000 people. El País. 28 de set. 2021. Disponível em: https://english.elpais.com/spain/2021-09-27/violence-breaks-out-at-barcelona-street- parties-that-attracted-40000-people.html 








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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Acontece no UNICURITIBA: II SIMUNI - Simulação das Nações Unidas


A acadêmica Maria Eduarda Siqueira, do sétimo período de Relações Internacionais, participou do staff do evento de Simulação das Nações Unidas, e produzir um relato sobre a sua experiência, em especial, na Simulação do Conselho de Direitos Humanos da ONU com alunos do Ensino Médio. 

Confira!


MINHA EXPERIÊNCIA NO SIMUNI

Por: Maria Eduarda Siqueira

O Simuni – II Simulação ONU do UNICURITIBA, realizado entre os dias 16, 17 e 18 de maio, permitiu um momento de reflexão, de grande relevo nos movimentos do Brasil atual, acerca da importância da educação.  

Dividido em quatro frentes:
- Conselho de Direitos Humanos, cujo tema era o Refúgio na Atualidade;
-  Comitê Histórico do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que efocou A guerra do Golfo em 1990;
- Conselho de Segurança das Nações Unidas: Crise do Iêmen
- ECOSOC: A participação das empresas e da sociedade civil organizada no fomento à igualdade de gênero como forma de alcançar o Desenvolvimento Sustentável.

O evento, organizado pelo Curso de Relações Internacionais -  e, sobretudo, pelos Professores Gustavo Blum, Jannifer Zarpelon e Marlus Forigo, além da coordenadora Patrícia Tendolini Oliveira -  reuniu cerca de 100 estudantes de ensino médio e graduação a fim de promover o debate saudável e fomentar a importância das Relações Internacionais na tomada de grandes decisões.
Dentro do Conselho de Direitos Humanos, foi possível reunir 38 estudantes de ensino médio, a grande maioria no início de seu descobrimento acadêmico, para debater, além da Situação do Refúgio, a importância dos Direitos Humanos e da existência, dentro das Nações Unidas, de um órgão que trate disso. Três acadêmicos de Relações Internacionais conduziram a mesa diretiva – Maria Eduarda Siqueira, Tiago Viesba e Eliza Roman. Além deles, a Profa. Michele Hastreiter foi a Coach no Conselho, direcionando as discussões e tirando dúvidas dos estudantes.
Apesar das polêmicas, como a saída dos Estados Unidos do Órgão e a acusação de permitir que países com histórico de violação se tornassem membros, é inegável a positiva participação em cenário internacional do Conselho que se posiciona sobre questões como a atual situação da Venezuela, sobre a necessidade de serviços de saúde na África, a proteção às pessoas com deficiências, etc.
Durante o debate promovido na Simulação, os estudantes comentaram sobre os direitos dos refugiados de saúde, educação, moradia, documentação e dignidade humana, mas vale ressaltar que tais direitos não são aplicados somente aos refugiados e sim a toda a população mundial que, independentemente de seu local de origem e de residência, deve ter acesso a tais benefícios, como garante a Declaração Universal dos Direitos Humanos e preza o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Ao longo das cinco sessões realizadas dentro da Simulação, os estudantes passaram também por um momento de crise: um barco de refugiados sírios naufragou na costa da Sicília e aguardava resgate. Pela demora na tomada de decisão, muitos refugiados sírios não sobreviveram ao caos do mar italiano e, apesar de fictícia, a situação retrata a realidade onde, diariamente, milhares de refugiados e demais seres humanos enfrentam o caos na busca por direitos que, infelizmente, são negados.

Em meio à análise do momento vivido, vale ressaltar que o debate, a liberdade de expressão e a educação são direitos humanos, que não deve ser negados a ninguém, independentemente de sua origem, cor, classe social, etnia ou orientação sexual. Dentro deste contexto, momentos promovidos objetivando a troca e a experiência educacional são capazes de proporcionar grandes aprendizados, além de acadêmicos, de vida.

Dessa forma, ao encerrar as atividades do Conselho de Direitos Humanos do SIMUNI, a mesa diretiva e os 38 estudantes que dele participaram, realizaram um minuto de silêncio em homenagem ás vítimas do naufrágio fictício mas também por todos aqueles que, diariamente, têm seus direitos violados.




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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vale a pena conferir: “TERRA DE NINGUÉM”


Por Gabriela Sueitt Abud

Uma verdadeira força europeia, formada por Bósnia, Eslovênia, Bélgica, França, Itália e Inglaterra, une seus esforços para produzir um filme que critica abertamente a ação das Nações Unidas na Guerra da Bósnia e, diga-se de passagem, em muitas de suas missões de paz.
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Nações Unidas na Líbia: mais um capítulo de infâmia na história de uma instituição degenerada.

Por Carlos-Magno Esteves Vasconcellos*


ONU: com o mundo nas mãos.
A história mais recente das Nações Unidas (ONU) é marcada por fracassos, humilhações e ações desmoralizadoras e desmoralizantes. Não é preciso uma memória muito acurada para relembrar alguns capítulos dessa história miserável: a incapacidade de colocar termo à prisão de Guantánamo, as Guerras da Iugoslávia e de Ruanda na década de 1990, as Guerras do Afeganistão, do Iraque, do Darfur e da Somália na primeira década do século XX, a impotência diante da barbárie de Abu Ghraib, e a incapacidade de diálogo com o Irã e a Coréia do Norte.
Há cerca de dez dias, o Conselho de Segurança da ONU começou a escrever mais um capítulo de infâmia na história da instituição: aprovou uma resolução para a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, autorizando os Estados membros (leia-se: Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, e outros países-lacaios) a empregar todos os meios necessários para proteger as áreas com população civil ameaçadas de ataques pelas forças de Mouammar Kadafi.
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