sábado, 26 de setembro de 2020

Especial: Dia do Internacionalista - para comemorar o profissional de Relações Internacionais

 


    Apesar dos estudos de Relações Internacionais serem recentes, sua prática é muito mais antiga do que se imagina. A diplomacia entre países, com objetivo de representar o interesse de um Estado perante outro governo, acontece desde que as viagens transnacionais tornaram-se possíveis. Ao longo dos anos, tornou-se necessário estudar de que forma essas negociações eram conduzidas, para se ter um entendimento completo sobre as ações desses profissionais. No entanto, o que se estuda em um curso de Relações Internacionais não pode ser resumido apenas à diplomacia. A formação de um internacionalista vai muito além: Direitos Humanos, empresas transnacionais e economia são algumas das muitas áreas que o curso de Relações Internacionais prepara seu aluno para ingressar.

    O significado do Dia do Internacionalista é a celebração de uma profissão que merece ser valorizada em cada campo de sua atuação. Por sua destreza em resolver conflitos, dos menores aos maiores; por seu conhecimento em um gama extensa sobre diversos assuntos relacionados aos mais variados países do mundo; pela habilidade daqueles que decidiram passar adiante seus aprendizados; por, a todo momento, ter a capacidade de estar atualizado com as notícias internacionais. Esse dia é para aqueles que sabem disso: ser internacionalista, além de uma profissão, é uma escolha de ver o mundo em sua forma pura, com todos os seus defeitos e qualidades.

    O Internacionalize-se conversou com a recém-graduada do curso Brenda Kauane. Em resposta à nossa pergunta Como o curso de RI, os professores e os colegas te ajudaram na tua formação de internacionalista? Além das matérias, o que de mais importante você aprendeu nessa jornada?, a Brenda contou que Foram essenciais, criei laços com professores que com certeza vou levar para o resto da vida. Além dos os ensinamentos em sala de aula, me deram ensinamentos para a vida, se tornaram meus amigos. Os colegas me fizeram ter uma visão estratégica, olhar as coisas com cuidado e me ajudaram a me tornar a internacionalista que sou hoje. A jornada na faculdade vai muito além das matérias. São os debates feitos fora de sala de aula, são conversas nos corredores, são as experiências extra curriculares. Eu fui uma pessoa muito ativa na faculdade, participei de iniciações científicas, eventos externos, grupos de competição, simulações, centro acadêmico, pois isso faz parte da formação. São experiências que nos fazem sair da zona de conforto e nos fazem crescer, a ter experiência e ter o contato com as práticas das relações internacionais. Então, digo que o mais importante que aprendi foi a participar, sair da zona de conforto e a lidar com coisas desafiadoras.

    Como já mencionamos, são diversas as áreas de estudo dentro do mundo de Relações Internacionais. E de fato, talvez nenhum outro curso ofereça uma visão multidisciplinar, que vai desde Ciências Humanas e Sociais, até Ciências Exatas. Esta visão multidisciplinar reflete diretamente nas áreas de atuação de um internacionalista. Diferentemente do que geralmente se pensa, os egressos de Relações Internacionais não são somente diplomatas e operadores de comércio exterior. O profissional internacionalista pode atuar realizando consultorias para implementação de internacionalizações ou relacionada à assuntos internacionais, em setores privados e públicos; atuar na área administrativa de empresas; participar como árbitro ou mediador de conciliações internacionais; atuar em Organizações Não Governamentais, Organizações Internacionais e Multinacionais, em diversas funções; trabalhar como trader; ingressar no mundo de Relações Institucionais e muitas outras funções. Com tamanho número de possibilidades, o profissional de R.I. tem papel de desbravador também no mundo das profissões.

    Perguntamos para duas alunas, Mariana Camargo e Laura Marrie Almeida, do último período do curso, quais são suas pretensões futuras, e o porquê de terem feito sua escolha. Para a aluna Mariana Camargo: "Entrei no curso de RI com 17 anos, apaixonada pela ideia de estudar o sistema internacional, os Estados, as Organizações Internacionais, as ONGs, e assim por diante. Com o desenrolar do curso, expandi cada vez mais meus conhecimentos, valores e perspectivas, nunca me contentando com pouco. Fiz trabalho voluntário no maior movimento de liderança jovem do mundo, participei de grupos de iniciação científica oferecidos pela instituição, tive a oportunidade de fazer um semestre do curso no Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, participei da mostra de iniciação científica do 7o Encontro da Academia Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), trabalhei com comércio exterior e, atualmente, ocupo o cargo de diretora de assuntos acadêmicos do Centro Acadêmico de Relações Internacionais Paula Bonomini (CARI). Com todas essas experiências e podendo contar com professores incríveis, surgiu o sonho de seguir carreira acadêmica. Apesar de não serem tempos fáceis para ser (ou se tornar) internacionalista, a ideia de seguir pesquisando e aprendendo fazem meus olhos brilharem. Hoje, com 21 anos, sigo apaixonada por tudo o que o curso e a carreira englobam e representam. Tenho certeza de que escolhi a carreira certa a ser seguida."

    A aluna Laura Marrie respondeu "Quando eu entrei no curso, eu não sabia muito bem o que esperar, mas desejava me envolver com o terceiro setor ou trabalhar com resolução de conflitos. É claro que a minha visão sobre as RIs era bem limitada, mas com o passar do curso isso mudou, e com todas as coisas que professores e colegas me ensinaram, tenho entendido mais sobre o campo e sobre as possibilidades que me aguardam após a graduação.
Durante o período da faculdade tive a oportunidade de participar de várias atividades extracurriculares. Participei da Iniciação científica do prof. Carlos Magno sobre a América Latina, assim como a Iniciação da prof. Michele Hastreiter sobre a nova lei de migração e também da Iniciação da prof. Jeniffer Zarpelon sobre gênero - cada uma contribui muito para o meu crescimento como aluna, e também como profissional. Ademais, pude trabalhar como voluntária na ONG Endeleza, onde conheci um pouco mais sobre a rotina de uma organização não-governamental, além de atuar como estagiária na área de Comércio Exterior. Hoje faço parte da Diretoria de Educação do CARI Paula Bonomini e também da equipe do Blog Internacionalize-se, participando também do Projeto do Laboratório de Relações Internacionais sobre as Relações Internacionais e o novo coronavírus da UNESP Franca. Com o fim da faculdade, todas as opções de carreira parecem plausíveis e adequadas, mas a ideia de continuar estudando e me aprofundando nas áreas de Segurança e Direitos Humanos, que me chama mais atenção. Por isso pretendo tentar uma bolsa de mestrado no exterior no próximo ano, mas seja lá o que o futuro reserve, quero continuar me dedicando para que os temas de RIs estejam sempre norteando meu trabalho e estudos."

    Com o depoimento de ambas alunas, e de tudo que se extrai do curso, vislumbramos que as profissões exercidas por um internacionalista, na verdade, cumprem a função de fazê-lo exercer seu papel. Um internacionalista deve, acima de tudo, ser sensível aos problemas do mundo, utilizando suas habilidades para melhor compreendê-los e a complexidade de temas intrínsecos a eles. Um internacionalista é aquele que tenta empregar seus conhecimentos em prol de causas latentes à humanidade. Acima de tudo, é aquele que tenta transformar o mundo para melhor.

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Hora do Intervalo: Podcast comemorativo ao Dia do Internacionalista

 



Hoje, 26 de setembro, comemora-se o Dia do Profissional de Relações Internacionais. 

Para celebrar a data, as equipes do Blog Internacionalize-se e do Unicuritiba Fala Direito prepararam um episódio especial do nosso podcast "Hora do Intervalo". Nele, nosso host Felipe Ribeiro conversou sobre os desafios da profissão com  as professoras Patrícia Tendolini e Angela Moreira, as alunas Manuela Paola e Maria Letícia Cornassini  e também com alguns egressos da casa: Rafael Yoshida - que hoje atua como staff do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados,  Matheus Singer, que atua em uma multinacional britânica e o diplomata Hugo Peres - que está na embaixada do Brasil em Pequim. 

Confira, no Spotify do Unicuritiba

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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Me indica um filme? - Absorvendo o Tabu


    O que era pra ser somente um processo biológico natural, torna-se um fator determinante de vida. É esta a mensagem central do documentário “Absorvendo o tabu” (em inglês, Period. End of sentence), que retrata a relação de uma comunidade remota da Índia com a menstruação.

    Desde seu início, o documentário retrata a desinformação que paira naquela comunidade em específico- diversos homens foram questionados quanto ao que seria menstruação, mas quase nenhum soube dar explicações. Quando não existente, a desinformação dava lugar ao tabu circundando o tema: meninas que não conseguiam explicar sem cair aos risos embaraçadas e mulheres que afirmavam que era um assunto não mencionado.

    O que se nota é que a questão menstrual, além de levantar debates a respeito de saúde pública, tem relação direta com a forma com que as mulheres conduzem suas vidas nesta pequena comunidade indiana. Lá, o início do período menstrual enseja o ceifamento dos estudos, na reclusão feminina à casa e na exclusão da vida social e religiosa. O documentário expõe a visão preponderante de que durante este período, a mulher seria uma pessoa “suja”, não merecedora da participação na vida da sociedade.

    Não só isso, o retrato que se tem é de uma realidade em que não somente não há o acesso da população feminina aos itens básicos de higiene intrínsecos ao período menstrual, como também esta falta de acessibilidade acarreta diversos problemas sociais.

   Mas se a menstruação pode definir negativamente a vida de uma mulher, pode também influenciar positivamente. A mensagem do curta passa a ser modificada quando a comunidade em foco recebe uma máquina de fabricação de absorventes higiênicos à baixo custo. Com o novo maquinário, as mulheres locais passam a aprender a utilizar e ter acesso à absorventes. Além disso, por não mais estarem presas a métodos pouco efetivos de higiene, começam a ganhar segurança para buscarem empregos que antes não buscavam. Em especial, a fabricação e comercialização dos absorventes se torna a maior fonte de renda para a maioria das mulheres daquele povo.

    Como mensagem final, o documentário retrata a história de diversas mulheres que, com os ganhos obtidos da produção de absorventes, começam a realizar sonhos -uma delas consegue bancar seus estudos para realizar um concurso de ingresso à polícia de Nova Déli.

    A iniciativa de levar a máquina para a comunidade em questão parte de uma mobilização intitulada “The Pad Project”, um projeto que teve início com um grupo de estudantes de ensino médio. Agora, como uma organização de alcance global, continuam com a missão principal de criar e cultivar parcerias globais, para por fim aos estigmas relacionados ao período menstrual e levantar conscientização.

    O documentário “Absorvendo o tabu”, contempla apenas uma realidade microscópica daquilo que é um problema macroscópico relacionado à falta de educação e acesso sanitário básico. Não são somente comunidades remotas em países distantes que sofrem com o problema retratado pelo documentário. São também diversas cidades em áreas rurais mundo a fora; bairros periféricos em grandes cidades; mulheres em situação de rua; e a população carcerária feminina. De fato, como espelha o título original da obra, para muitas mulheres, um período marca o fim da vida, e não o fim de uma frase.

    O que acima de tudo pode-se notar a partir desta retratação documenta da realidade, é que a luta por Direitos Humanos Femininos passa longe de ser homogênea em todas as comunidades. Enquanto em algumas há a luta pela maior equidade política, em outras a busca pela equidade advém da superação como tabu daquilo que nada mais é do que um processo natural. Mas, apesar dos pontos focais de luta serem divergentes, o objetivo final converge em um só: emancipar meninas e mulheres de entraves à uma vida digna. 

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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Volta ao mundo em 7 dias- Notícia de 14/09 a 20/09

 



·      ESTADOS UNIDOS

 

Os Estados Unidos, durante esta semana, figurou como um dos maiores focos de notícia mundial. Os acontecimentos foram desde denuncias à violação de direitos em campos de imigrantes, até fenômenos naturais. 

 

No início da semana, denuncias de uma enfermeira de um centro de imigrantes nos EUA chocaram a comunidade internacional. De acordo com Dawn Wooten, a enfermeira responsável pela denúncia ao Departamento de Segurança, estavam sendo realizadas diversas cirurgias que resultavam na esterilização de imigrantes, que tiveram seus úteros retirados sem saber a razão pela qual aquilo ocorria. Além disso, no mesmo centro de imigrantes que foi alvo das denuncias, localizado no estado da Geórgia, há relatos de não observância dos procedimentos de prevenção e combate do COVID-19 por parte dos funcionários. Até agora, o Serviço de Imigração norte americano afirmou que foram realizados somente 2 procedimentos de esterilização, mas a Câmara dos Deputados irá prosseguir com as investigações. 

 

Ainda nos EUA, a chegada de diversos furacões à região da Flórida causou preocupações. Primeiro, o furacão Sally atingiu a costa da Florida e do Alabama e segue causando efeitos à região Sudeste do país. Além disso, mais dois focos de tempestade tropicais levantam ameaças contra algumas regiões do país. 

 

O atual governo dos EUA também anunciou durante essa semana que o aplicativo TikTok seria banido do país. O banimento foi recebido com criticas pela população, já que não estabelecia diretrizes claras, mas fixava penalidades rígidas. Contudo, alguns dias depois o governo estadunidense retirou a proibição de download do aplicativo, após o TikTok ter firmado um acordo com as empresas Oracle e Walmart.

 

Por fim, talvez a notícia de maior destaque foi a do falecimento da Juíza da Suprema Corte, Ruth Bader Ginsburg. RBG, como ficou popularmente conhecida, era o membro mais antigo da Suprema Corte norte americana. Sua vida foi retratada em filmes e documentários. Além disso, a jurista quebrou os precedentes de gênero no país e se tornou um ícone feminista mundial. Após seu falecimento, diversas manifestações políticas para que seu legado tenha continuidade através da escolha dos representantes certos emergiram. Não só isso, o atual presidente norte americano, Donald Trump, incitou revoltas até mesmo dentro dos representantes políticos de seu partido por ter a intenção de realizar uma nova nomeação para substituir RBG às vésperas das eleições presidenciais. 


·      BRASIL

 

O Brasil também ficou envolvidos e diversos debates mundiais e nacionais, principalmente por conta dos diversos problemas ambientais que vem ocorrendo em território nacional. 

 

Por conta dos desmatamentos crescentes ocorrendo durante a atual gestão presidencial, oito países europeus (Alemanha, Dinamarca, França, Itália, Holanda Noruega, Reino Unido e Bélgica) endereçaram um comunicado ao Vice-Presidente, Hamilton Mourão, afirmando que a preocupação dos consumidores era crescente e, por conta disso, ficava mais difícil comercializar produtos brasileiros. Reiteraram que na Europa existe uma preocupação do consumidor pela forma com que produtos e alimentos são produzidos, priorizando as formas ambientalmente corretas e sustentáveis. O Vice-Presidente afirmou que será realizada uma viagem de embaixadores brasileiros aos países emissários da carta, mas que o governo está empenhado na preservação e desenvolvimento da Amazônia. 

 

Em âmbito nacional, uma coligação de aproximadamente 230 representantes de diversas esferas da sociedade, que incluem agronegócio, ONGs ambientais, setor financeiro, sociedade civil e academia, publicaram um documento sobre o desmatamento na Amazônia Legal. O documento propôs mudanças e medidas que poderiam ser adotadas para que se atinja o objetivo de redução do desmatamento na região. 


·      INDIA

 

Na Índia, os problemas com a pandemia de COVID-19 aumentam exponencialmente. Até a metade da semana, a contagem de número de casos havia atingido o número de 5 milhões. O país é agora o segundo mundialmente a reportar mais de 5 milhões de casos. Até agora, o número de fatalidades por Coronavírus não é considerado alto na Índia em comparação com países como Estados Unidos e Brasil, mas especialistas alertaram que isso pode mudar. Mesmo assim, as autoridades governamentais negam a necessidade de realizar um segundo lockdown no país. 

 



·      BARBADOS

 

Recentemente, Barbados decidiu prosseguir com debates antigos que previam a retirada da Rainha Elizabeth II como chefe de Estado, para promover a transformação do Estado a uma República. A intenção é que os planos de mudança governamental se concretizem até Novembro do próximo ano. A principal apoiadora da mudança é a atual Primeira Ministra do país, Mia Mottley. A esperança é que, junto com Barbados, os demais países da região do Caribe promovam estas mudanças governamentais, para que passados coloniais sejam colocados para trás. 



·      MUNDO

 

No final da semana, o mundo inteiro foi surpreendido pelo vazamento de documentos que delatavam como os maiores bancos do mundo permitiam que dinheiro advindo de fontes ilícitas fosse movido ao redor do mundo. O chamado “FinCEN files” é composto por mais de 2.500 documentos, que marcam transações entre os anos 2000 e 2017, e está sendo analisado pelo grupo ICIJ (Investigative Consortium of Investigativa Journalists). Os documentos vazados reportam, em especial, a lavagem de dinheiro de diversas atividades criminosas, e o esquema utilizado por oligarcas russos para burlar as sanções impostas pelos países do Ocidente. Dentre os bancos que romperam suas obrigações legais de impedir lavagens de dinheiro, estão: HSBC, JP Morgan, Barclays Bank, United Arab Emirates Bank, Deutsche Bank e Standard Chartered. 

 

Ainda, a partir desta investigação, o Reino Unido foi classificado como uma “jurisdição de alto risco”, já que é o país com mais empresas citadas no relatório. Nos esquemas utilizados pelos oligarcas russos, foi identificado que alguns eram associados próximos do presidente russo, Vladimir Putin.



·      ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

 

Na Organização Mundial da Saúde, como uma das ações de combate ao Coronavírus, foram estabelecidas regras para início de testes de remédios ervais produzidos na África. As regras vem após o presidente de Madagascar afirmar que um produto desta fonte, mesmo sem comprovações e testes, era eficaz no combate. De acordo com a OMS, as regras são lançadas com intenção de auxiliar cientistas do continente africano. Além disso, foi iniciada a fase três de testagens clínicas de medicações tradicionais do continente. 




REFERÊNCIAS:

AGRONEGÓCIO e ONGs ambientais apresentam ações para reduzir desmatamento na Amazônia Legal. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2020/09/16/agronegocio-e-ongs-ambientais-apresentam-acoes-para-reduzir-o-desmatamento-na-amazonia-legal.ghtml

AS Sally’s remnants soak Southeast, Hurricane Teddy and new storm in Gulf of Mexico pose new threats. The Washington Post. Disponível em: https://www.washingtonpost.com/weather/2020/09/17/sally-atlantic-storms-teddy/

BARBADOS revives plans to remove Queen as head of state and become a republic. The Guardian. Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2020/sep/16/barbados-revives-plan-to-remove-queen-as-head-of-state-and-become-a-republicrainha

CORONAVIRUS: WHO sets rules for testing African herbal remedies. BBC News. Disponível em: https://www.bbc.com/news/world-africa-54225118

DESMATAMENTO dificulta compra de produtos do Brasil, dizem europeus em carta a Mourão. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/amazonia/noticia/2020/09/16/em-carta-a-mourao-paises-europeus-dizem-que-desmatamento-dificulta-negocios-com-o-brasil.ghtml

ENFERMEIRA denuncia procedimentos médicos sem autorização em centro de imigrantes nos EUA. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/09/16/enfermeira-denuncia-procedimentos-medicos-sem-autorizacao-em-centro-de-imigrantes-nos-eua.ghtml

FINCEN files: Ally ou need to know about the documents leak. BBC News. Disponível em: https://www.bbc.com/news/uk-54226107

FINCEN files: Tracing the flow of dirty money. Deustche Welle. Disponível em: https://www.dw.com/en/fincen-files-tracing-the-flow-of-dirty-money/a-54995003

INDIA’S coronavirus cases above 5 million as pandemic accelerates. AlJazeera. Disponível em: https://www.aljazeera.com/news/2020/09/india-coronavirus-cases-cross-5-million-mark-200916040317735.html

RUTH Bader Ginsburg, Supreme Court’s Feminist Icon, is dead at 87. The New York Times. Disponível em: https://www.nytimes.com/2020/09/18/us/ruth-bader-ginsburg-dead.html

TRUMP administration provides first details on how a TikTok ban would work. CNN Business. Disponível em: https://edition.cnn.com/2020/09/14/tech/trump-tiktok-ban-details/index.html




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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Me indica um livro? - Cargas: como o comércio mudou o mundo, de Greg Clydesdale



    O transporte e o comércio tornaram-se tão cotidianos que não se para pensar em sua importância para o mundo, para a vivência e para os seres-humanos. Greg Clydesdale escreve sob essa abordagem em seu livro Cargas: como o comércio mudou o mundo. Dividido em quatorze capítulos, o autor remonta a história da viagens transoceânicas desde a primeira jornada registrada até os dias atuais. O desenvolvimento de tecnologias, de aparatos de navegação e a formação de pessoas especializadas nesta área são um dos pontos cruciais de Cargas. Apesar de ser um livro informativo, a parte histórica contida nele faz a leitura ser fluída e de fácil compreensão.

    Quando se fala de navegação, a primeira associação que se faz é com a Península Ibérica. No entanto, Clydesdale demonstra que o Oriente foi um pilar importante que inovou o transporte e o comércio. Os dois primeiros capítulos do livro são dedicados a essa região, primeiro com os grandes sucessos que fizeram da China um dos maiores impérios, nos anos 600 d.C, traçando a história de todas as dinastias chinesas e as inovações que essas famílias trouxeram para o comércio, agricultura e transporte. O próprio Marco Polo ficou surpreso com a prosperidade que viu nas cidades chinesas. Além da China, Guzerate foi um reino independente que explorou com muito sucesso seu desenvolvimento econômico, tornando-se uma das nações mais ricas do mundo no século XIV.

    A partir do século XV, os países europeus perceberam o êxito oriental e o tomaram de exemplo para que o comércio e o transporte pudessem crescer em seus territórios também. Espanha e Portugal conseguiram dominar o oceano Atlântico com suas expansões territoriais. A Inglaterra, por outro lado, estava ficando para trás na corrida marítima. Fragilizada e vulnerável a ataques, a nação inglesa viu a oportunidade para desenvolver seu transporte marítimo, seguindo os modelos ibéricos. A Holanda também prosperou, ao mesmo tempo em que a Espanha começava a decair, especialmente por que a nação desprezou os trabalhos manuais, dominados pelos judeus e muçulmanos.

    A Grã-Bretanha, mesmo tentando, continuava atrasada. Depois de fracassar ao propor uma aliança com a bem-sucedida Holanda, o Estado inglês estabeleceu uma série de medidas protecionistas, impossibilitando a competição de navios estrangeiros, além de criar um imposto de exportação sobre o carvão transportado por navios estrangeiros. Em consequência de tudo isso, as duas nações entraram em guerra. A Inglaterra, com uma poderosa frota marítima de guerra, queria uma parte do comércio holandês e finalmente conseguiu realizar seu antigo desejo de ser uma grande nação marítima. A decadência industrial fez com o que os anos de ouro da Holanda acabassem, o que deu espaço para que a Grã-Bretanha se desenvolvesse ainda mais; assim, ela se tornou uma das gigantes no setor marítimo.

    Avançando em sua linha do tempo, Greg Clydesdale conta como foi o processo de desenvolvimento dos Estados Unidos, explicando as diferenças entre o Norte - que foi industrializado primeiro - e do Sul. A próspera China também começava seu processo de decadência, motivada pela falta de inovação tecnológica. Assim, o Japão começou a crescer no cenário internacional, depois de dois séculos de quietude.

  Cargas se encaminha para sua conclusão passando para os tempos mais recentes, apresentando a era em que muitas empresas começaram a surgir nos Estados Unidos, fazendo-o crescer economicamente. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial também foram importantes para o desenvolvimento econômico e comercial. O carvão movia a Inglaterra - a nação mais rica da época; o petróleo, por outro lado, surgiu como um substituto a esse combustível, o que causou sérias consequências para as exportações britânicas. O Japão se desenvolveu rapidamente, adaptando-se ao cenário mundial e expandindo seus horizontes.

   Diferentemente de épocas passadas - quando apenas uma nação era a soberana em determinado setor -, atualmente, a inovação e tecnologia fez com que mais países se tornassem bem sucedido, mesmo que em diferentes graus e esferas. É o caso dos Estados Unidos, China, Japão e muitos outros.

Tradução: 2.000 anos de história econômica em um gráfico

    O gráfico acima demonstra a natureza flexível da economia. A Índia e a China, por exemplo, eram supremas, enquanto a Europa estava ainda se desenvolvendo. Ao longo da história, os papéis se inverteram e se repetiram e nos trouxeram onde estamos hoje.​ Cargas relata esse gráfico em palavras que nos levam de volta a eras que podem parecer remotas, mas Clydesdale mostra que o comércio foi, desde sempre, expressivo e dinâmico. 



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terça-feira, 15 de setembro de 2020

#BoycottMulan

 


        O lançamento do live action do clássico filme Mulan da Disney tem causado grande comoção entre os fãs da animação de 1998, mas também tem deixado outras pessoas curiosas sobre o resultado do remake. A estreia do filme estava marcada para o mês de março deste ano, mas com os acontecimentos advindos da pandemia do novo coronavírus, o evento foi cancelado e o filme foi lançado no começo deste mês, na plataforma de streaming da Disney, a Disney Plus. No Brasil, o filme deve ser disponibilizado ainda este ano. 

Contudo, além das mudanças técnicas e do impacto da pandemia na sétima arte, o lançamento do filme tem chamado atenção em razão do movimento de boicote que tem ganhado espaço nas diferentes redes sociais nos últimos dias. O movimento já havia começado antes mesmo do lançamento do filme, motivado pelo pronunciamento de Liu Yifei, atriz da personagem Mulan. A atriz se manifestou em favor das forças policiais em Hong Kong, quando os protestos no país estavam em seu ápice — devido às mudanças nas políticas de extradição de cidadãos para a China. Na internet, a declaração de Liu Yifei levantou a hashtag MilkTeaAlliance (Aliança do chá com leite), onde ativistas pró Hong Kong e Taiwan, e simpatizantes do movimento defendiam o boicote ao filme, acusando a Disney de se ajoelhar perante Pequim, e Yifei de suportar a violência policial. 

Neste mês, o movimento pelo boicote foi reavivado após a liberação do filme na plataforma de streaming, isso porque nos créditos do filme há agradecimentos a oito autoridades governamentais da região de Xinjiang, no noroeste da China, inclusive à agência responsável pela segurança pública de Turpan, na qual associações de direitos humanos denunciam a existência de campos de reeducação política de uigures. Os uigures são uma minoria muçulmana que vivem na região próxima de Xinjiang, e, segundo a AP News, essa e outras minorias muçulmanas têm sido mantidas trancadas em “campos de reeducação”, onde são expostos à um “programa de assimilação” por parte do governo chinês, em resposta a décadas de resistência ao controle chinês. De acordo com o The Guardian, estima-se que ao menos 1 milhão de pessoas foram detidas nesses campos, onde muitas das mulheres presas foram submetidas a esterilizações e abortos forçados.

As autoridades chinesas defendem os campos como centros de treinamento. Nesse sentido, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian, recentemente declarou que não há campos de reeducação em Xinjiang, e que “o estabelecimento de centros de educação e treinamento vocacional em Xinjiang é uma tentativa positiva e uma exploração ativa do contraterrorismo preventivo e da desradicalização. (...) Não houve ataques terroristas violentos em Xinjiang por mais de três anos.” (em tradução livre do inglês). Apesar disso, diversas agências de notícia têm divulgado reportagens denunciando as transgressões aos direitos humanos na região, e ainda em 2018 (quando as filmagens para o filme iniciaram), um estudo da ABC já indicava a existência desses campos. Espera-se que a Walt Disney ainda se posicione sobre a questão (ainda que a postura da empresa esteja amparada pela sua política de lucros), mas fica claro que o conhecimento dos campos por parte da companhia é quase que indiscutível, já que a região na qual o filme foi gravado possui diversos desses campos. 

De forma geral, podemos destacar o papel dos ativistas e simpatizantes na divulgação da situação, tendo as hashtags BoycottMulan e MilkTeaAlliance como foco da disseminação dos acontecimentos. Além disso, o movimento tem crescido rapidamente não somente entre os ativistas asiáticos, mas também entre a comunidade das redes sociais, chamando atenção dos espectadores sobre a brutalidade policial em Hong Kong, a encarceração em massa, o desrespeito aos Direitos Humanos na China Continental e a passividade de grandes empresas nessas situações.

 

Referências

Calls to boycott Mulan rise after Disney release. The verge, 07 de setembro de 2020. Disponível em: <https://www.theverge.com/2020/9/7/21426274/mulan-disney-boycott-hong-kong-china-liu-yifei-protests-xinjiang-streaming>.

Disney+ indica que 'Mulan' será lançado no Brasil custando R$ 112,90. Olhar Digital, 17 de agosto de 2020. Disponível em: <https://olhardigital.com.br/cinema-e-streaming/noticia/disney-indica-que-mulan-sera-lancado-no-brasil-custando-r-112-90/105312>.

DOMAN, Mark, et al. China’s frontier of fear. ABC News, 31 de outubro de 2018. Disponível em: <https://www.abc.net.au/news/2018-11-01/satellite-images-expose-chinas-network-of-re-education-camps/10432924?nw=0>.

KUO, Lily. Disney remake of Mulan criticised for filming in Xinjiang. The Guardian, 07 de setembro de 2020. Disponível em: <https://www.theguardian.com/film/2020/sep/07/disney-remake-of-mulan-criticised-for-filming-in-xinjiang>.

Na China, militantes pró-democracia pedem boicote ao filme da Disney 'Mulan'. Entretenimento UOL, 04 de setembro de 2020. Disponível em: <https://entretenimento.uol.com.br/noticias/rfi/2020/09/04/na-china-militantes-pro-democracia-pedem-boicote-ao-filme-da-disney-mulan.htm>.

Produção da Disney, “Mulan” é alvo de boicote por cenas filmadas na China. Isto é, 09 de setembro de 2020. Disponível em: <https://istoe.com.br/campanha-de-boicote-a-mulan-aumenta-por-cenas-filmadas-em-xinjiang/>.


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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Volta ao mundo em 7 dias - Notícias de 07/09 a 13/09

 


  • Queimadas no Pantanal brasileiro se intensificam

https://images.app.goo.gl/d9ft8UCcESapb5t99

Desde Julho, o maior bioma brasileiro, o pantanal, vem sofrendo cada vez mais com as  queimadas, que vem se intensificando e desmatando drasticamente sua fauna. As  queimadas são resultado de um conjunto de fatores, como o clima e claro, a ação  humana sobre o meio ambiente. Com a falta de chuva que estamos presenciando em  2020, a vegetação acaba ficando cada vez mais seca, o que abre caminho para a  irresponsabilidade e falta de humanidade de alguns agropecuários junto com o próprio  governo federal e ministério do meio ambiente. Esses, em descaso com um dos mais  lindos e ricos biomas do planeta, utilizam o fogo como uma maneira de abrir pasto para  expandir o agronegócio. No olhar da nossa administração pública, as queimadas  são sinônimo de sucesso. Até o atual mês de setembro, a quantidade de focos  de incêndio de 2020 (12.042 focos) ultrapassou o volume dos últimos 20 anos, de acordo  com o INPE. A fauna, moradores e turistas da região se encontram em constante perigo  nesse cenário, algumas espécies como a onça-pintada correm grande risco com o fogo,  que se espalha cada vez mais. O pantanal “grita” por uma política ambiental estável e que converse entre o governo federal e regional. 

Líder religioso ucraniano que afirmou que o coronavírus era uma punição aos homossexuais testa positivo para a doença.

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No último dia 8, o líder religioso da Igreja Ortodoxa da Ucrânia, Filaret, em anúncio oficial da instituição declarou que testou positivo para o Coronavírus. Isocronamente, o patriarca  no início da pandemia do Covid-19, alegou que a doença seria uma “punição aos pecados do homem” se referindo em especial à comunidade LGBT. A declaração de Filaret, em março, gerou uma repercussão muito negativa para a instituição que saiu em defesa do líder, alegando que o fato entra nos quesitos da liberdade de expressão. Apesar das circunstâncias, o líder está com um quadro de saúde estável e pede orações para sua melhora. 

 

Maior campo de refugiados da Europa pega fogo


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Quarta-feira, 9 de setembro. Nas ilha Grega de Lesbos, um incêndio tomou conta do maior  campo de refugiados da Europa. O fogo que durou aproximadamente 7 horas levou  às ruínas o que antes era o lar de mais de 13 mil refugiados. Desde o início do ano o campo se encontrava em super saturamento, em condições insatisfatórias de saneamento  e estruturas em geral. Tais condições se agravaram com o início da pandemia e era evidente que logo se tornaria um problema maior, como afirmado por uma  mulher refugiada no campo. De acordo com as autoridades da região, o incêndio se  formou a partir de conflitos entre os asilados e a autoridade local. O governo, junto com organizações, já estão mobilizados para tentar reverter a situação, e dar um novo  lar para as 13 mil pessoas que estão nas ruas de toda ilha. 


França e Alemanha acolhem refugiados do campo de Lesos



Após o incêndio do dia 10 de setembro, a França e Alemanha se mobilizaram e lançaram um plano para colher parte dos asilados no campo danificado. Os países se disponibilizaram a acolher mais de 400 migrantes menores de idade e anunciaram que esperam mobilização de outros países da União Europeia. 


  • Lutador Navid Afkari foi executado no Irã, apesar de pedidos da comunidade internacional. 


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Em 2018, o lutador foi preso por atuar em um grupo contra o governo, participando de  protestos e acusado de matar um agente de segurança do governo. Afkari foi condenado  a 74 chibatas, alguns meses de prisão e duas sentenças de morte. Após a comunidade internacional tomar conhecimento de seu caso e das torturas que o governo do Irã  cometeu, iniciou-se uma comoção e manifestações contra a pena estabelecida para o  lutador. Inclusive, o comitê olímpico internacional tentou intervir propondo saídas diplomáticas para impedir a execução do lutador. Apesar de todo o movimento, no dia 12 de setembro, o Afkari foi executado na prisão de Shiraz. A comunidade  internacional e o COI se encontram comovidos e despontados com o governo do Irã, que  ignorou a clamante internacional. 

 

Referências: 

SILVA, Regys. Apesar de pedidos internacionais, Irã executa o lutador Navid Afkari. 12/09/2020. Disponível em: https://www.surtoolimpico.com.br/2020/09/apesar-de-pedidos internacionais-ira.html .

Alemanha e França devem receber 400 migrantes do campo de refugiados que  pegou fogo na Grécia. 10/09/2020. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas noticias/rfi/2020/09/10/alemanha-e-franca-devem-receber-400-migrantes-do-campo-de refugiados-que-pegou-fogo-na-grecia.htm?cmpid=copiaecola.

Incêndio de grandes proporções destrói maior campo de refugiados da Europa. 09/09/2020. https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/09/09/incendio-de-grandes proporcoes-destroi-maior-campo-de-refugiados-da-europa.htm?cmpid=copiaecola.

Após culpar homossexuais por pandemia, líder religioso da Ucrânia anuncia que  está com Covid-19. 08/09/2020. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/09/08/apos culpar-homossexuais-por-pandemia-lider-religioso-da-ucrania-anuncia-que-esta-com covid-19.ghtml.

GUIMARAES, Joao Paulo. ‘Ninguém quer ver de perto a morte que o fogo traz para o  Pantanal. Eu vi. 10/09/2020. https://reporterbrasil.org.br/2020/09/ninguem-quer-ver-de perto-a-morte-que-o-fogo-traz-para-o-pantanal-eu-vi/.

RODRIGO, Pablo. Fogo no Pantanal ameaça área de concentração de onças pintadas em MT. 10/09/2020. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2020/09/fogo-no pantanal-ameaca-area-de-concentracao-de-oncas-pintadas-em-mt.shtml.

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