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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Acontece no UniCuritiba: Simulação da Corte Internacional de Justiça


Por Giseli Menegatt e Marina Nascimento*


       A história nos mostra que os conflitos entre os Estados não são um fenômeno novo, na realidade eles acontecem desde os primórdios da humanidade. Apesar de esses litígios entre Estados existirem a muito tempo, as soluções adotadas para os mesmos mudaram muito, e isso se deve ao desenvolvimento do direito internacional contemporâneo, que fez com que se passasse a utilizar meios pacíficos para a solução de conflitos, e assim o próprio recurso da guerra deixou de ser utilizado, visto que esse mecanismo traz muitos prejuízos e não resolve os problemas de forma satisfatória. Dessa forma, em busca de soluções que sejam de fato efetivas, uma série de meios judiciais surgem no âmbito internacional, com destaque para a Corte Internacional de Justiça, com sede localizada em Haia na Holanda, essa corte é um anexo da carta da ONU, o que faz com que todos os países membros das Nações Unidas possam recorrer ao principal órgão judiciário dessa organização.
A professora Michele Hastreiter propôs aos seus alunos de Direito Internacional Público uma atividade prática para que observassem melhor o funcionamento deste tribunal. Por isso, ela trouxe um caso formulado pela Jessup em 2017, a maior competição de tribunais do mundo. Este concurso consiste em uma simulação de uma disputa fictícia entre países perante o Tribunal Internacional de Justiça, onde as equipes preparam alegações orais e escritas argumentando as posições do requerente e do requerido baseados em um documento chamado Compromisso, o qual traz todas as informações necessárias para a construção de argumentos.
O caso em questão tratava sobre dois países vizinhos, chamados Clãs de Atan e Reino de Rahad, os quais compartilhavam várias semelhanças entre si, pois seus territórios são localizados em terras áridas e os dois Estados foram formados pelo mesmo povo: os Atan. Contudo, devido a várias secas que ocorreram na região, uma série de acontecimentos foram desencadeados gerando conflitos sobre aquíferos transfronteiriços, obrigações para com o patrimônio mundial em perigo, repatriamento de bens culturais e custo das crises de refugiados. Por isso, decidiram submeter estas questões à Corte Internacional de Justiça, para que decidisse especificamente em cada assunto quais seriam as consequências jurídicas, visto os direitos e obrigações de ambos.
    Além disso, a professora sugeriu que utilizássemos como base para a nossa pesquisa um memorial que foi destaque na competição da Jessup, nele fora citados diversos documentos internacionais da ONU, jurisprudências, doutrinas e Direitos Humanos. Dessa forma, nós do terceiro período, tivemos que pesquisar e aprofundar nossos conhecimentos por meio desse memorial, o que nos propiciou a oportunidade de vivenciar  a nossa profissão de uma forma completamente diferente. Concomitantemente a isso, também tivemos a oportunidade de desenvolver nossas habilidades de trabalho em equipe e de oratória, que sem sombra de dúvidas, são competências fundamentais para a formação de um bom internacionalista.
O cenário atual da pandemia do COVID-19 impõe diversos desafios para todos. Dessa forma, realizar uma simulação de Julgamento da CIJ  de maneira virtual, muito provavelmente, parecia algo bem distante de nossa realidade há alguns meses atrás, no entanto, a experiência que tivemos durante as aulas de Direito Internacional Público provou que podemos sim reinventar as experiências práticas dentro do curso mesmo à distância. 



*Giseli e Marina são alunas do terceiro período do curso de Relações Internacionais no UniCuritiba.
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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Acontece no UNICURITIBA: Laboratório de Relações Internacionais lança cartilha para imigrantes e refugiados





O Laboratório de Relações Internacionais lançou, na última terça feira, dia 9, a cartilha "Direitos dos Imigrantes e Refugiados em tempos de COVID-19". 

O documento contém informações sobre acesso aos serviços públicos e assistenciais durante a pandemia e foi elaborado e traduzido para o Inglês, Espanhol, Francês e Árabe pelos acadêmicos integrantes do projeto, sob a supervisão da Professora Michele Hastreiter - que o coordena.

Contribuíram para a criação da cartilha os seguintes estudantes: 

Brenda Kauane das Neves Ferreira 
Giseli Turmina Menegatt
 Isabel Letícia Iurk Canestraro 
Manuela Paola Batista Barbosa 
Maria Eduarda Bortoni 
Marina Nascimento 
Mariane Silverio 
Pedro Henrique Boguszewski
Yara Mohammed Hamandosh


Clique aqui para baixar a cartilha “Direitos dos Imigrantes e Refugiados em Tempos de COVID-19”

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sexta-feira, 13 de março de 2020

Podcast Hora do Intervalo: Coronavírus






O Sars-Cov-2 é o mais novo integrante de uma família já conhecida de vírus: os coronavírus. De início, uma preocupação dos chineses - hoje, uma pandemia global.

Não se fala de outra coisa e o Podcast "Hora do Intervalo" organizado pela equipe do Blog Internacionalize-se e do Blog "Unicuritiba Fala Direito" decidiu abordar o tema sob a ótica do Direito e das Relações Internacionais.

Confira, no Spotify do Unicuritiba!




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domingo, 8 de março de 2020

Acontece no UNICURITIBA: LANÇAMENTO DO LABORATÓRIO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS







Aconteceu nesta quinta (05/03) a inauguração do primeiro Laboratório de Relações Internacionais do UniCuritiba, o LABRI. 


       O lançamento do laboratório foi marcado com explicações sobre o seu funcionamento geral, feitas pela Coordenadora Patrícia Tendolini e explicações sobre o trabalho inicial do laboratório - que contará com um Núcleo de Migrações - realizadas pela professora Michele Hastreiter. Além disso, compareceram Ana Bela Batista (Coordenadora do Centro Estadual de Informação do Migrante) e João Guilherme de Mello Simão (Coordenador Estadual de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Estado do Paraná). Os dois falaram a respeito da Migração sob o aspecto das políticas públicas e do trabalho do CEIM (Centro de Informação ao Imigrante, Refugiados e Apátridas no Estado do Paraná). 

     O laboratório servirá, de modo geral, para que os alunos do curso possam vivenciar experiências práticas dentro do ambiente das Relações Internacionais. Ao todo, estão programadas quatro áreas de atuação: Migrações, Comércio Exterior, Simulações e Análise de Cenários.

   Neste semestre, começam as atividades do LABRI, com a atuação no setor de Migrações. Para estabelecer a programação e objetivos do LABRI com as migrações, a professora Michele estabeleceu uma parceria com o CEIM e passou por um tempo de experiência na organização. A partir disso, o LabRi atuará em duas esferas: a primeira, com os alunos da Disciplina de Direito Internacional Público desenvolvendo um aplicativo voltado para imigrantes e refugiados; e a segunda, com alunos da faculdade realizando atendimentos a imigrantes e refugiados, para a regularização de sua situação migratória no Brasil.

     Para o atendimento aos refugiados, está aberto um edital (até dia 09/03) para seleção dos alunos. Os interessados deverão seguir as especificações do edital lançado pela coordenação do curso.

      O Laboratório de R.I. ganha, assim, vida para cumprir com seu slogan “um novo espaço, para um novo mundo”.
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sexta-feira, 6 de março de 2020

Resumão: O que aconteceu enquanto você estava de férias?




Por Ligia Penia, Manuela Paola, Maria Leticia Cornassini e Vinicius Canabrava



O relaxamento acadêmico do final do ano foi um mergulho entre várias tensões políticas: um quase “fim do mundo” nuclear, um possível fim virótico, repressões religiosas, protestos em Hong Kong, Líbano, Índia, perfeito para um post polêmico com updates de algumas situações de grande impacto que aconteceram no período.

CORONAVÍRUS
O coronavírus, vírus que está assustando a comunidade global como a mais nova emergência internacional, é uma classe virótica antiga que afeta a capacidade respiratória; apesar de antigo, foi nos últimos meses que a proporção e evolução de contágio se intensificou, vinda de uma variação originada na China, a partir do contato com algum animal. Foi no início deste ano, entretanto, que a primeira morte ocorreu.
Hoje, o contágio pode acontecer a partir do consumo de algum animal silvestre, mas também a partir das pessoas infectadas. As pessoas mais vulneráveis são as com mais idade e algum outro problema de saúde, o que as faz ficarem mais frágeis.
Relativas ao vírus, entretanto, estão diversas fake news e desproporcionalidades; vários casos de violência estão acontecendo às pessoas com traços orientais, com discursos de ódio e violência física, que foi o que motivou a criação da hashtag #JeNeSuisPasUnVirus (Eu não sou um vírus), uma vez que a epidemia -  apesar de ter se originado na China – não pode servir para desumanizar nacionais chineses, além dos traços serem confundidos com pessoas de outras origens (Vietnã, Japão, Coréia…).

EUA X IRÃ
          Logo após a virada de 2019 para 2020, o mundo ficou paralisado com a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial - o que, de fato, é muito difícil de acontecer. No dia 2 janeiro, um ataque aéreo foi autorizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acontecer em Bagdá, na capital do Iraque. O ataque ocasionou a morte do general Qassem Soleimani, um dos homens mais poderosos do Irã. O general comandava a força Al Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária, o que significava que Soleimani estava por trás de toda estratégia geopolítica e militar do país. As relações entre os dois países esfriaram ainda mais após esses assassinato, levando o aiatolá Ali Khamenei - um dos principais líderes iranianos - falar sobre vingança. A retaliação foi uma série de mísseis em bases aéreas americanas no Iraque, sem vítimas fatais.

BREXIT
          O BREXIT - saída do Reino Unido da União Europeia – é uma história longa, que começou pouco de três anos atrás. O Reino Unido ingressou no bloco em 1973, quando ainda era chamada de Comunidade Econômica Europeia. Em 2016, 52% da população decidiu, em um plebiscito, que o país deveria deixar o bloco. De acordo com o Tratado de Lisboa, o desligamento deve ser feito 2 anos depois do comunicado. No entanto, em 2019, a primeira-ministra Theresa May ainda estava fazendo acordos de saída, quando 3 deles foram rejeitados pelo Parlamento do Reino Unido. Antes de conseguir um acordo, May deixou o posto de primeira-ministra. Em seu lugar, Boris Johnson foi eleito, prometendo conseguir o Brexit com ou sem acordo. Coincidência ou não, o Parlamento Britânico aprovou uma lei que impedia a saída da União Europeia sem um acordo. O bloco deu um novo prazo para o desmembramento: 31 de janeiro de 2020. Como os parlamentares não chegavam a um consenso sobre a polêmica, Johnson fez uma jogada audaciosa: convocou novas eleições gerais. Vencendo com a maioria avassaladora, ele colocou o parlamento ao seu lado e aprovou o acordo de retirada. Até o dia 31 de dezembro de 2020, ocorrerá o período de transição, necessário para que o Reino Unido e a União Europeia negociem um novo acordo de livre comércio. Durante esse tempo, o país seguirá as mesmas regras da UE, assim como sua relação comercial permanecerá a mesma.

IMPEACHMENT DO TRUMP

Teve fim o processo de impeachment do Presidente Donald Trump. Em dezembro, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou que duas acusações fossem feitas contra ao Presidente norte americano, uma por abuso de poder, e a outra por obstrução de Congresso. Figurando como o terceiro presidente do país e ser réu de um processo de impeachment, Trump foi acusado de pressionar o Governo da Ucrânia a investigar seu possível adversário nas eleições de 2020 e de proibir algumas pessoas a prestar depoimentos ao Congresso. Contudo, quando o processo prosseguiu para o Senado norte americano, muitos já sabiam que o resultado seria favorável ao atual presidente. De fato, o Presidente Trump sai deste processo mantendo seu cargo e com as acusações contra ele derrubadas. Muitos apontam, por outro lado, que o processo pode trazer consequências negativas para a tentativa de reeleição de Trump.

HONG KONG

Em Hong Kong a tensão começou ainda em abril de 2019 quando o projeto de lei que propôs possível a extradição de pessoas condenadas por certos crimes para a China. O medo, desde então, foi da forte repressão e dos julgamentos arbitrários e injustos. O projeto foi retirado, mas as manifestações continuaram, em busca de outros pontos, tal como a possibilidade de escolha do chefe executivo localmente.
Hong Kong tem suas peculiaridades por conta de ter sido, por longo tempo, colônia britânica desvinculada da China. Apesar de hoje estarem vinculados novamente, o sistema ainda é diferente, com maiores liberdades e direitos, tudo isso dentro do prazo estipulado na união acordada, sendo que assim que ele acabar, estarão vinculados inclusive politicamente. O prazo ainda não acabou, o que não impediu o governo chinês de propor o projeto, e de ser o responsável por escolher o líder político na região.
Fato é que esse jogo de controle e liberdade esteve, apesar de pouco falado, movimentando milhares de pessoas em protestos e muitos confrontos.




INCÊNDIO NA AUSTRÁLIA

Os incêndios na Austrália foram alarmantes: pela extensão da destruição, totalizando uma área maior que a de vários países, morte de pessoas e 1 bilhão de animais, além da destruição de casas, redes de energia. Os incêndios começaram em setembro, com a combinação da alta temperatura, da seca e fortes ventos. Mesmo as cidades não afetadas foram tomadas pela fumaça e cinzas. Diversas personalidades fizeram grandes doações para ajudar na contenção do incêndio. Os incêndios continuam e podem ser acompanhados a partir da plataforma “MyFireWatch”  criada a partir da parceria entre o Landgate (departamento do governo australiano voltado à terra) e a universidade Edith Cowan.

OMC
Dezembro marcou o início das férias e também o fim da atuação -sem tempo definido para retorno- do Órgão de Apelação da Organização Mundial do Comércio. O encerramento das atividades vem após um longo período de turbulência dentro da Organização, em que uma das maiores partes, os Estados Unidos vem fazendo ataques à sua existência desde 2017, o início do mandato Trump. Apesar de outros  mecanismos de solução de controvérsias da OMC continuarem funcionando, o fechamento do Órgão de Apelação põe fim à possibilidade dos países de levarem suas causas à segunda instância.
 O fechamento, ao contrário do que pode se pensar, não decorreu de problemas financeiros, e sim, pela falta de juízes. Ocorre que, mesmo tendo espaço para a contratação de 7 juízes, são necessários somente três juízes para que os julgamentos possam ser realizados. Era este o número de magistrados na composição do Órgão de Apelação, mas chegou ao fim, em dezembro, o mandato de 2 dos 3 juízes. Todas as sugestões de nomes para novos juízes, que deveriam ocupar todos os 7 lugares do Órgão de Apelação, vinham sendo vetadas pelos EUA desde 2017. Como a OMC funciona pela regra de consenso de seus membros, os nomes não puderam ser aprovados por conta dos vetos estadunidenses. Como consequência, o Diretor Geral da OMC, Roberto Azevedo, teme que os países passem a tomar medidas unilaterais, tornando a OMC obsoleta.

ÍNDIA - LEI DA CIDADANIA

A Índia é o lar de diversos estrangeiros de países próximos, muitos que foram para lá para fugir de perseguição religiosa, vindos de Bangladesh, Afeganistão e Paquistão, que receberão cidadania desde que se identifiquem entre religiosos que seguem o hinduísmo, cristianismo e outras que acabam sendo minorias nesses países. O questionamento, entretanto, é se a fé pode ser considerada um requisito de cidadania, o que não deveria acontecer considerando a constituição do país. O fato se torna mais preocupante quando a religião islâmica não é incluída na lei, sendo que também sofrem perseguição sendo grupos minoritários no Paquistão e em Myanmar, por exemplo - e por isso foi considerada discriminatória. Fato é que a implementação da lei provocou diversos protestos e motivou cenas de violência contra muçulmanos em diversas cidades: muitas pessoas foram espancadas e quatro mesquitas foram queimadas em Délhi, a capital do país. O conflito é consequência da grande polarização do país, e não foi resolvido até agora.

MORTE DE MUBARAK

          Após passar várias semanas na UTI, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak veio a falecer no dia 25/02/2020, com 91 anos.
Mubarak governou o Egito de forma ditatorial por 30 anos, de 1981 a 2011, utilizando de um Estado de Emergência para restringir o direito dos cidadãos e impedir a ação de militantes islâmicos. Dentre seus feitos, o ex-ditador reconstruiu as relações diplomáticas com os países árabes, que foram quebradas quando Egito e Israel assinaram o acordo de paz. Além disso, Mubarack mantinha relações econômicas e políticas com os Estados Unidos e Israel, o que o fez ser odiado no Oriente Médio e sofrer alguns atentados terroristas, que ele utilizava para justificar seu governo autoritário. Enquanto esteve à frente do Estado egípcio, a situação da população não melhorou, a pobreza persistiu e seu partido foi acusado de corrupção e manipulação das eleições de 2010 no país.
Com isso, em 2011, o povo se revoltou, inspirado nas grandes manifestações que estavam ocorrendo no mundo árabe, como na Tunísia. Mubarak não acreditou que os protestos trariam resultados e os reprimiu fortemente. No entanto, ao perder grandes aliados, como os Estados Unidos, que passou a apoiar as demandas populares, o então presidente renunciou. Mais tarde, em agosto do mesmo ano, Mubarak foi preso e na época já doente, respondia pelos crimes de conspirar para matar manifestantes. Por fim, Hosni Mubarak foi absolvido de seus crimes, após o processo ser abandonado em 2014 e o Egito viveu um curto período de democracia, em 2012, com Mohamed Morsi, vencendo as eleições, porém o poder foi tomado por um militar, Abdel Fattah al-Sisi, que comanda o país até hoje.
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terça-feira, 12 de novembro de 2019

UNICURITIBA Publica: Professor Gustavo Glodes Blum é entrevistado pelo UOL Tab





O professor de Geopolítica do Curso de Relações Internacionais do UNICURITIBA, Gustavo Glodes Blum deu entrevista ao Portal UOL Tab sobre a influência das tecnologias na mobilização popular.

Confira, clicando aqui!
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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Acontece no UNICURITIBA: I Congresso RIMA - Relações Internacionais no Mundo Atual







Os dias 22, 23 e 24 de outubro acolheram o primeiro congresso do curso de Relações Internacionais, no UNICURITIBA. O RIMA - Relações Internacionais no Mundo Atual - foi idealizado por Gustavo Blum, egresso e professor da casa. Durante três dias, aconteceram palestras no período da manhã e da noite; à tarde, filmografias, grupos de trabalhos e oficinas, todos relacionados ao tema do congresso: (Geo)políticas da circulação e da contenção.
A instituição recebeu diversos palestrantes de várias instituições brasileiras de ensino, como o Professor Rogério Haesbaert, da Universidade Federal Fluminense, que palestrou sobre “Muros fronteiriços como dispositivo geográficos de segurança e contenção territorial”; a Professora Andréa Doré, da UFPR, no tema “A dominação cercada portuguesa nos tempos da primeira globalização”; da Unicamp, recebemos a Professora Claudete Vitte, que falou sobre a infraestrutura produtiva sul-americana; “A segurança no Atlântico Sul” ficou por conta do Professor Danilo Marcondes, da PUC do Rio de Janeiro; o Professor Ramón Blanco, da UNILA, palestrou sobre “A construção da paz no cenário internacional: da contenção da periferia à normalização dos anormais”; a última palestra do congresso foi da Professora Carolina Moulin Aguiar, da PUC-Rio: “Vidas logísticas, fronteiras humanitárias: gerenciando populações no contexto das circulações Sul-Sul”.
O professor Gustavo, que projetou o evento, contou que o tema do Congresso veio antes da ideia do mesmo. Escutando um Podcast sobre os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial, o pesquisador começou a pensar em eventos que a faculdade pudesse promover em relação ao curso. Então, lembrou que em 2019 completaria 30 anos de idade - curiosamente, a mesma idade do time de futebol Paraná Clube. “[...] embora a fundação do Paraná seja um grande evento da política mundial (rsrs), isso me fez lembrar dos trinta anos da queda do Muro de Berlim, esse evento que nos é tão importante nas Relações Internacionais. [...]”. A partir disso, a temática muros, políticas de contenção e de circulação forçada - que podem envolver muros de Lima, no Peru, que separam a parte rica da parte pobre da cidade, quanto o muro que Donald Trump quer construir na fronteira dos EUA com o México - foi decidida como a discussão principal do Congresso. Além disso, o que motivou o professor a organizá-lo foi o fato de que havia recursos humanos e acadêmicos para a realização do projeto. Portanto, porque não colocar o RIMA na rota nacional de eventos acadêmicos sobre Relações Internacionais?
Mesmo com todas as dificuldades em organizar um evento científico desse porte, como se preocupar com todos os outros participantes (os alunos, professores da casa, grupos de pesquisa e as pessoas que vieram de fora), Gustavo acredita que contribuir com a formação crítica de um conhecimento aprofundado das práticas das Relações Internacionais foi uma das melhores partes desse evento. Uma das muitas lições que o professor tirou do evento foi que o curso de Relações Internacionais pode se tornar um centro de referência no ensino e pesquisa do tema, faltando apenas uma iniciativa de engajamento, sendo o RIMA uma essencial contribuição para que isso ocorra.
O RIMA também objetivava debater a parte prática das Relações Internacionais. Nas palavras de Gustavo, “Falar em prática das RIs não quer dizer falar em profissionalização, que é um debate que tem ocorrido recentemente: não é sobre técnicas que o profissional de RI pode usar para a sua prática cotidiana. [...] queríamos trazer casos e fatos em que as RIs se traduziam em uma realidade vivida pelas pessoas [...]”. Além disso, é de extrema relevância aumentar a visibilidade do tema dentro das RIs.

            Alunos de diversos períodos do curso de Relações Internacionais participaram do staff do evento, para auxiliar na sua organização. Marina Nascimento, do primeiro período, nos disse que participar dessa parte do Congresso foi incrível e que aprendeu muito com o evento. A comunicação e capacidade de trabalhar em equipe, importantes fatores em qualquer área da vida, foram trabalhadas ao longo do evento. “Posso usar como exemplo uma das oficinas que participei, chamada “Peacekeeping Operation”, onde tive a oportunidade única de conversar com uma brasileira que trabalha para a ONU na República Centro-Africana”, conta a acadêmica.
            Tiago Viesba, do oitavo período, que participa do grupo de pesquisa do professor Gustavo - Redes e Poder no Sistema Internacional -, também fez parte da equipe que fez o RIMA acontecer. Para Tiago, a sincronia com a qual todos os professores e alunos envolvidos trabalharam foi essencial para a realização desse evento tão importante. “Nós com certeza fomos levados a ir além da sala de aula e dar nosso melhor com uma oportunidade acadêmica, que começa com uma ideia e termina no Congresso RIMA”.
            O evento, tão esperado pelos alunos e professores, foi uma experiência ótima para adquirir conhecimento e mostrar que o curso de Relações Internacionais e seus professores são essenciais para preparar os alunos para a pesquisa e o debate. O Internacionalize-se espera escrever muitas matérias sobre os próximos Congresso do nosso curso!
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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Acontece no UNICURITIBA: Alunos de três cursos unidos em um hackathon para criar aplicativo para imigrantes e refugiados





Vinícius Canabrava


Entre as 19:00 do dia 25 de outubro e as 12:00 do dia 26, os alunos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Design Gráfico e Relações Internacionais, do Unicuritiba, passaram por um grande desafio: criar um projeto de aplicativo para ajudar os refugiados e imigrantes que chegam no Brasil e, principalmente, em Curitiba.



A ideia de desenvolver este aplicativo no UNICURITIBA surgiu no Grupo de Pesquisa “Direito Migratório em Curitiba, no Brasil e no Mundo”, coordenado pela Professora Michele Hastreiter. Em um dos encontros, o tema debatido era o papel das novas tecnologias na migração – e os pesquisadores conheceram aplicativos existentes em outros países com propósitos semelhantes. Então, a Professora Michele levou a ideia à Coordenação do Curso de Relações Internacionais. Na sequência, se envolveram também os Cursos de Design e Análise de Desenvolvimento de Sistemas e o projeto começou a caminhar.



O evento começou com uma breve explanação da Professora Michele e dos egressos Thais Soares e Matheus Felipe da Silva, todos membros do Grupo de Pesquisa onde tudo começou. Nesta palestra, explicou-se o que é o refúgio - uma migração forçada devido a um grande medo - diferenciando-o de uma migração tradicional, em que se há a opção de retornar ao país. Além disso, a professora também explicou sobre os direitos dos refugiados e imigrantes no Brasil, que são os mesmo de um nacional já que a Constituição de 1988 veda qualquer tipo discriminação. Sendo assim, o imigrante, o refugiado e o solicitante de refúgio têm direito a um CPF, a utilizar o Sistema Universal de Saúde e fazer uma Carteira de Trabalho,  a abrir uma conta bancária, entre outros.



Na sequência, os alunos dos 3 cursos presenciaram um momento emocionante, ouvindo o depoimento de migrantes e refugiados. Primeiramente, o egresso Matheus Felipe da Silva lançou, ao lado do acadêmico de Publicidade e Propaganda, Caio Alves Brito Siqueira, o episódio piloto de uma série documental, que narra a história de “peregrinos” – terminologia escolhida pelos autores para fugir dos estigmas envolvidos nas expressões imigrantes e refugiados. Neste episódio inaugural, Dave Decius, imigrante haitiano, contou sua história de luta para chegar ao Brasil e dos problemas que passou quando chegou aqui, como racismo, xenofobia, desrespeito e descaso dos órgãos públicos.



Após, os alunos tiveram a oportunidade de ouvir pessoalmente o depoimento de Natasha Lima, imigrante venezuelana, e Yara Mohamed Hamandosh, refugiada síria. Apesar de virem de países bem distantes e diferentes entre si, ambas têm em comum a realidade de uma mulher obrigada a imigrar diante das condições de vida em seu país. Além dos desafios enfrentados por Dave, também tiveram de vencer o machismo que se fez presente em diversos momentos do processo migratório. No relato de Natasha, destacou-se a radical mudança em suas condições de vida nos últimos anos, em razão da crise econômica que assola o país. Por outro lado, Yara deu um testemunho sobre os horrores da guerra que levou boa parte do auditório às lágrimas. Os depoimentos serviram para sensibilizar os alunos quanto a importância da tarefa a ser desenvolvida.



Com isto dito ficou estabelecido o principal objetivo da aplicação que foi criada naquela noite,fazer uma ferramenta de fácil utilização, informando quais os procedimentos para pedir o refúgio e conseguir outros documentos essenciais para a vida no Brasil. Além disso, outra função do app é informar os Direitos Fundamentais da pessoa, assim como onde reclamá-los e como exercê-los, caso haja algum problema.



Levando em conta tudo isso, ficou clara a função de cada curso. Quem estuda Análise e Desenvolvimento de Sistemas, ficou encarregado por concretizar e programar o aplicativo mobile, já os estudantes de Design Gráfico ficaram responsáveis por ilustrar o aplicativo, tornando-o intuitivo e, por fim, os estudantes de Relações Internacionais, fizeram a pesquisa do conteúdo que preencheria o app. Para fazer tudo isso, os 3 cursos foram divididos em equipes, com pelo menos 3 alunos de cada área, que tiveram que trabalhar juntos, para ganhar a competição e ter o seu projeto escolhido para ser efetivamente desenvolvido.



 Nas palavras da aluna de Relações Internacionais, Luíza Saddi, “O Hackathon foi uma das melhores experiências que eu já tive na faculdade. Colocar realmente em prática muito do que já aprendemos com a missão engrandecedora que é ajudar os refugiados no país foi incrível. Também gostei muito da integração que aconteceu entre os 3 cursos, que normalmente não se conversam, e da aproximação que nós alunos tivemos com os professores, afinal, passar a noite toda juntos trabalhando não é pra qualquer um. Gostei do formato de maratona porque nos permitiu explorar todo nosso potencial produtivo e criativo juntos, além de termos nos divertido muito em grupos. Tudo isso foi baseado nos relatos impressionantes e importantíssimos da Natasha e da Yara, que nos aproximou muito do tema e da urgência em resolvê-lo. O melhor de tudo, para mim, é que nosso trabalho irá além dessa maratona, já que a intenção é realmente desenvolver e colocar em uso o aplicativo para os refugiados em Curitiba.”




Com esta missão, as 4 equipes, Amarelo, Azul, Rosa e Vermelho, ficaram a madrugada inteira criando uma marca, com conceito e conteúdo, para as 9:00 da manhã do dia 26 apresentarem a uma banca que julgou os trabalhos e selecionou a equipe vencedora, que foi a Rosa, com um aplicativo chamado “Ali”, inspirado na história da Alice no País das Maravilhas, que se viu perdida em um mundo mágico.



Cabe, aqui, destacar o empenho de todas as equipes, que trabalharam sem esmorecer ao longo das horas. Além disto, destaca-se também o empenho dos professores que se voluntariaram para passar a madrugada auxiliando os alunos no desenvolvimento do Projeto. No curso de RI, a Professora Patrícia Tendolini e a Professora Ângela Moreira estiveram o tempo todo ao lado dos alunos. A Professora Michele Hastreiter esteve presente durante toda a noite, saindo no início da madrugada e retornando já nas primeiras horas da manhã. Os Professores Isaak Soares e Carlos Magno Vasconcellos ajudaram a dar o ânimo necessário ao desempenho da atividade nas primeiras horas. O Professor Rafael Gallo deu ótimos conselhos de projetos no turno da madrugada e a Professora Janiffer Zarpelon e o Professor Marlus Forigo chegaram cedinho pela manhã e ajudaram na conclusão dos trabalhos e na avaliação da apresentação feitas pelas equipes.  Além deles, os egressos Thais e Matheus continuaram auxiliando os alunos por toda a noite, assim como os membros do centro acadêmico, Fernanda Tapada e Eduardo Mazzafera. A união de todos os citados por um objetivo comum foi importante, também, para integração entre os membros do curso.

                                                                               

Este evento foi de grande importância para a comunidade acadêmica do Unicuritiba, pois mostrou o que é trabalhar em equipe e quão grande é o potencial dos alunos da faculdade. Mostrou também a capacidade de engajamento dos alunos e dos professores em torno de uma causa social de elevado relevo.


Confira reportagem da Rede Globo feita sobre o Hackathon! 



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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Acontece no UNICURITIBA: Grupo de Competição do Sistema ONU do UNICURITIBA é destaque internacional e está com inscrições abertas.




O Grupo de Pesquisa participa da competição Nelson Mandela Human Rights Moot Court, que acontece anualmente, em Genebra.
As inscrições estão abertas e podem participar alunos de Direito e de Relações Internacionais.

Saiba mais sobre o assunto no Blog Unicuritiba Fala Direito.


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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Acontece no UNICURITIBA: Visita do Embaixador da Ucrânia e um panorama sobre a situação atual do país






O embaixador da Ucrânia no Brasil, Rotyslav Tronenko, esteve na terça feira, dia 06/08, na Unicuritiba para falar sobre a Ucrânia como oportunidade para intercâmbios, comércio e turismo. Estava acompanhado do cônsul honorário da Ucrânia em Curitiba, Mariano Czaikowski; do presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira, Vitório Sorotiuk; e de Sérgio Maciura. Tronenko começou a palestra falando sobre Jan Koum, empreendedor e programador cofundador do Whatsapp, que é uma personalidade conhecida por todos e é ucraniano. A Ucrânia é expressiva exportadora de óleo de girassol e grãos em geral: isso porque sua terra, chamada de terra negra, é extremamente fértil.

A Ucrânia nos traz diversos aprendizados e personalidades como os famosos ucranianos que viveram no Brasil: Clarice Lispector, uma das mais importantes escritoras do século XX, Gregori Warchavchik, arquiteto que criou a primeira casa modernista do país, em São Paulo, e o filho de ucranianos, Miguel Bakum, pintor considerado um dos pioneiros da Arte Moderna no Paraná.

 A região tem tensões como na Crimeia e em Donbass, muito sérias, já que envolvem desacordos históricos com a Rússia.Nessas regiões, ambas de fronteira, há disputa entre os países, e medidas como diversificação de fontes de energia estão sendo utilizadas para evitar os produtos russos.

Política recente

Viktor Yanukovytch foi o presidente durante a Revolução Ucraniana de 2014, no período que a Ucrânia se aproxima da União Europeia, inclusive com perspectiva de participação no bloco. A Rússia, entretanto, pede a Yanukovytch para não assinar o Acordo de Associação UE-União Europeia, o presidente aceita, além de um empréstimo russo. Dessa forma, a população se desagrada e se revolta no episódio chamado de Euromaidan, retratado no documentário “Inverno em Chamas”, ganhador do Oscar de Melhor Documentário de Longa Metragem em 2016 e disponível no Netflix, que foi gravado durante o episódio. Muitas pessoas acabam morrendo com a repressão do governo; o presidente se refugia e o parlamento vota pela sua saída. Nesse momento de muita confusão e instabilidade, a Rússia anexa a península da Crimeia, e é sancionada pelos Estados Unidos e União Europeia.

Quem assume agora é Petro Poroshenko, empresário formado em relações internacionais e em direito que criou seu grande negócio baseado no cacau. Sua característica é o compromisso de manter a unidade territorial da Ucrânia, lutando pela Crimeia e portanto se opondo ao governo Russo. Seu governo, porém, não consegue recuperar o país da crise que vinha desde o governo de Yanukovytch, financeira e de corrupção, o que faz com que o padrão de vida das pessoas baixe muito. Tenta a reeleição, mas acaba perdendo.

Não foi só Reagan que saiu das telas para a presidência do país: o atual presidente da Ucrânia, Vododymir Zelenski, interpretou no Netflix um professor de história que, através de um discurso compartilhado nas redes sociais, entrou para política e se tornou presidente. A série se chama Servo do povo, e o nome do partido do ator na vida real acabou sendo o mesmo. A trajetória se repetiu e o ator, hoje presidente, ficou conhecido através das redes sociais.

O atual governo foi o primeiro a dissolver o parlamento, já que não havia unidade. O novo parlamento assumirá no final de agosto. O tanto de poder que Zelenski acumula é expressivo e o que fará com este poder é algo que os ucranianos estão curiosos, como nós, por saber.


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