terça-feira, 30 de abril de 2019

Mulheres de Destaque: Katie Bouman, a mulher que fotografou um buraco negro

Katie Bouman posa orgulhosamente ao lado dos HDs da primeira imagem do buraco negro. 


Por Manuela Batista**

        
O mistério acerca dos buracos negros é antigo. Em 1905, Albert Einstein publicou sua Teoria da Relatividade, que explicava, entre muitas outras coisas, que os buracos negros têm um ponto de não retorno, ou seja, um horizonte de eventos - uma fronteira teórica ao redor do buraco onde a força da gravidade é extremamente forte. Nesse ponto, nada que chega ali volta, nem mesmo a luz escapa. Por isso, não é possível enxergar buracos negros por meio de métodos tradicionais. Einstein também constatou que o horizonte de eventos deveria ser circular e de uma tamanho previsível: exatamente como se vê na foto de um buraco negro na galáxia chamada M87(que fica a 55 milhões de anos luz da Terra) tirada por mais de 200 cientistas do MIT, Massachussets Institute of Technology, em Cambridge.
A foto que surpreendeu o mundo: a primeira imagem de um buraco negro.

            Desenvolvido especialmente para tirar a primeira foto do buraco negro, a The Event Horizon Telescope é um projeto de colaboração de sete telescópios diferentes ao redor da terra, com uma resolução tão precisa que foi capaz de capturar a imagem desse fenômeno. Porém, isso não era suficiente para saber como era realmente um buraco negro. É aí que entra Katie Bouman, uma peça essencial nesse evento histórico para a ciência: com apenas 29 anos, a pesquisadora é formada em Engenharia Elétrica pela Universidade do Michigan, Katie é mestre em Engenharia Elétrica e da Computação e Ph.D pelo MIT. Em Harvard, faz seu pós-doutorado no Centro de Astronomia da universidade. No Instituto de Tecnologia da Califórnia, Caltech, Katie leciona como professora assistente no Departamento de Computação e Ciências Matemáticas. Mas porque Bouman foi tão importante nesse processo?

            Enquanto pós-graduanda do MIT, Bouman começou a desenvolver a pesquisa que tornou possível a realização desse projeto: o algoritmo que é capaz de combinar as imagens tiradas pelos telescópios. Depois de inúmeros testes e desenvolvimentos desse projeto, em 2019 Katie colocou-o em prática e foi surpreendida pelo sucesso da sua pesquisa de anos: o algoritmo conseguiu juntar todas as imagens tiradas pelos telescópios, formando a primeira imagem completa do buraco negro.
Em sua página pessoal do Facebook, Katie postou a foto do momento em que a imagem estava sendo reconstruída pelos seus algoritmos: “Vendo desacreditada enquanto a primeira imagem que eu fiz do buraco negro estava no processo de reconstrução”.

            A importância desse acontecimento reside em dois fatos: o primeiro é que Albert Einsten estava certo e agora, os cientistas têm a possibilidade de descobrir diversas outros fatos sobre os buracos negros. O segundo - e acredito que seja o mais emocionante - é que Katie foi o detalhe mais importante de tudo isso. A própria engenheira disse que o crédito não poderia ser todo dela, uma vez que mais de 200 pessoas trabalharam e estudaram para fazer isso acontecer. No entanto, sabemos que em diversas áreas da sociedade, o machismo prevalece, e no mundo da ciência não é diferente. Por anos, homens dominaram essa área, menosprezando a capacidade das mulheres de fazer descobertas e pesquisas capazes de mudar a ciência. Felizmente, muitas delas provaram que eles estavam errados. Desde Marie Curie, a primeira mulher ganhadora de um Nobel(aliás, dois, em física e química), passando por Bertha Lutz, uma das maiores biólogas brasileiras, até Margaret Hamilton, que fez possível a chegada do homem na lua, é inevitável pensar que Katie Bouman será uma inspiração e um exemplo para muitas garotas cientistas, engenheiras e de muitos outros ramos, provando que mulheres são capazes de qualquer coisa e muito mais.

Além de Katie, muitas outras mulheres fizeram parte dessa descoberta, mas acredito que uma delas merece especial atenção: a astrônoma brasileira Lia Medeiros, que fez parte tanto das simulações teóricas da imagem quanto da imagem em si. Em entrevista ao G1, a pesquisadora disse que acredita que o foco nas mulheres desse projeto é essencial para encorajar outras meninas e mulheres que estão na ciência. O recado é claro: Faça ciência como uma garota!

No perfil do Twitter do Laboratório de Computação do MIT, Katie Bouman e Margaret Hamilton foram colocadas lado a lado em uma comparação, cada uma com seu maior orgulho: projetos que revolucionaram a ciência.
 




** Manuela Batista é acadêmica do terceiro período de Relações Internacionais do UNICURITIBA e integra a equipe editorial do Blog Internacionalize-se, Projeto de Extensão coordenado pela Profa. Michele Hastreiter.
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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Opinião: Turismo sexual no Brasil e a frase de Jair Bolsonaro


Por: Igor V. Brandão**



Em reunião com vários jornalistas no Palácio do Planalto na última quinta-feira (25), o Presidente Jair Bolsonaro teria proferido um impactante comentário – especialmente se considerada as conexões lamentáveis entre turismo e exploração sexual em nosso país. Questionado sobre sua posição frente a comunidade LGBT, diante da decisão do Museu Americano de História Natural, de Nova York, em recusar-se a homenageá-lo e da declaração do prefeito da cidade americana, Bill de Blasio, ao chamá-lo de “racista e homofóbico”, o Presidente da República teria afirmado que “O Brasil não pode ser um país do mundo gay, do turismo gay. Temos famílias. Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como o paraíso do mundo gay aqui dentro”. 

O Brasil, infelizmente, tem uma imagem estereotipada no exterior ligada não só ao futebol, mas também à prostituição - muitas vezes até atrelada a exploração infantil. Inúmeros turistas vêm ao país com o intuito de provar essa “iguaria” - uma vez que as mulheres brasileiras são tratadas como produto.

O turismo em si move uma circulação de renda muito generosa em vários destinos brasileiros, “bonitos por natureza”. No entanto, os atrativos turísticos locais não se resumem as belas paisagens, mas também envolvem a exploração da prostituição de mulheres e até crianças. 

No final de 2018, os Ministérios dos Direitos Humanos e Turismo, assinaram uma portaria ao Código de Conduta do Trade Turístico para o Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, para que empresas combatam a exploração infantil em locais de atração turística. Este fato evidencia o que há tempo acontece no país, levando como exemplo os dados de 2017 do Disque 100, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, de que 50crianças por dia são vítimas do abuso turístico, sendo o Ceará o estado commaior índice desse tipo de atividade, segundo dados do estudo intitulado Mapear da Polícia Federal, juntamente com Childhood Brasil, organização criada em 1999 pela Rainha Silvia da Suécia.  O Paraná ocupa a quinta posição.

Durante a Copa do Mundo de 2014, jovens mulheres protestavam no país. Dentre elas, um cartaz dizia “Copa do capital. Exploração sexual!”, enfatizando a temporada em que as mulheres - muitas escravizadas por cafetões e cafetinas - eram servidas em maior oferta aos estrangeiros que visitavam em grande quantidade o país. Em tempos mais recentes, mulheres venezuelanas refugiadas ou imigrantes ao Brasil, encontram na prostituição o seu sustento e o da família - que em alguns casos, ainda estão na Venezuela, a mercê da mesma exploração.

Nenhuma lei no país criminaliza a prostituição, apenas a indução à mesma. Além disso, é entendido por especialistas independentes da ONU que a criminalização colocaria as mulheres em situação de injustiça, vulnerabilidade e estigma , indo contra as leis de direitos humanos internacionais. “O que elas precisam é de garantias de acesso a serviços de saúde sexual, proteção em relação à violência e discriminação e acesso a oportunidades econômicas alternativas.”, segundo Frances Raday, britânica e especialista em direitos humanos.

No entanto, mesmo quem conheça pouco sobre o Código Penal, identifica claramente a ilegalidade em “induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem” (Art. 227) e “induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la...” (Art. 228). A frase atribuída ao Presidente Jair Bolsonaro não só ofende a comunidade LGBT, quando desrespeita o direito constitucional de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”(Constituição Federal de 1988, Art. 3, inciso IV), mas viola também a dignidade das mulheres brasileiras.
Como o governo atual parece ser direcionado a criar polêmicas, não será inédito se a assessoria de Bolsonaro, muito em breve, pronunciar-se tentando “driblar” com argumentos infundados as afirmações do Presidente. Entretanto, façamos com que este discurso desrespeitoso seja mais um exemplo da necessidade de discutir o feminismo de forma a garantir a conscientização do abuso rotineiro da mulher no Brasil, em suas mais amplas versões seja pelo feminicídio, pela violência física e psicológica, pelo assédio sexual e moral, pela exploração da prostituição e também pela deturpação da visão estereotipada da mulher brasileira no exterior.

Sendo homem, não sou a pessoa mais versada para discutir sobre a luta diária das mulheres brasileiras, mas me coloco como um forte simpatizante - e isto é dever de todos os homens brasileiros: uma vez que sou filho de uma mulher, irmão, padrinho e futuro pai de meninas – e, o que é mais básico e essencial: um ser humano -  não aceito nada menos do que tudo o que elas reivindicam. Quero participar de medidas que garantam o respeito em sua forma mais geral possível e, nós, estudantes de Relações Internacionais, podemos trabalhar a partir de órgãos internacionais que desenvolvem medidas para essas garantias.
A Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, ou simplesmente ONU Mulheres, foi fundada em 2010, sendo uma agência especializada que teve como sua primeira diretora-executiva a ex-Presidente do Chile, Michelle Bachelet, cargo hoje ocupado por Phumzile Mlambo-Ngcuka, ex-vice-Presidente da África do Sul.

 O órgão serve para complementar as diversas questões discutidas ao redor do mundo, juntamente com outros órgãos como a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas). Este, mesmo tendo sido criado um pouco tarde, ignorando os inúmeros contextos anteriores do movimento feminista, hoje tem um papel essencial no âmbito internacional, destacando como exemplo sua influência na Conferência sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que aconteceu em Addis Abeba (capital da Etiópia), no ano de 2015, onde a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres foi estabelecido como a meta número 5, de desenvolvimento sustentável, dentre o plano de objetivos acordado.

Interessados em saber mais sobre a participação feminina no sistema internacional, podem acessar o site oficial da ONU Mulheres, em: www.unwomen.org .

Fontes:
- Último Segundo - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2019-04-25/brasil-nao-pode-ser-o-pais-do-turismo-gay-defende-bolsonaro.html
- “#AIndignada - Privatização dos Correios e o Turismo Sexual no Brasil” – Canal no Youtube de Luciana Liviero - https://www.youtube.com/watch?v=O8PGjzwJZ3o
1. Nações Unidas Brasil – Online - https://nacoesunidas.org/especialistas-independentes-da-onu-criticam-criminalizacao-do-aborto-e-da-prostituicao-no-mundo/
2. Código Penal – Planalto – Online - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
3. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – Senado Federal - https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf
- Wikipédia - “ONU Mulheres” - https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU_Mulheres
- UN Women – Online - http://www.unwomen.org/en
- G1 – Ceará – Online - https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/ceara-e-o-estado-com-mais-pontos-de-exploracao-sexual-infantil-em-rodovias.ghtml
- Correio 24 horas – Bahia – Online - https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/quase-50-criancas-sao-vitimas-de-abuso-exploracao-ou-turismo-sexual-por-dia/
- Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – Online - https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/dezembro/ministerios-dos-direitos-humanos-e-turismo-assim-portaria-para-combate-a-violencia-sexual-contra-criancas-e-adolescentes
- Notícias Uol – https://noticias.uol.com.br/album/2014/06/12/cartazes-nos-protestos-contra-a-copa-abordam-de-corrupcao-a-falta-de-infraestrutura.htm?foto=1
- Filme “Anjos do Sol” (2006), dirigido por Rudi "Foguinho" Lagemann, premiado como o Melhor Longa de Ficção Ibero-Americano pelo  Miami International Film Festival.
- Câmera Record de 30/07/2018 – “Refugiadas trabalham como prostitutas no Brasil para sustentar famílias na Venezuela” - https://www.youtube.com/watch?v=sliqYllS2ns


*Igor V. Brandão é aluno do terceiro período do Curso de Relações Internacionais do UNICURITIBA e integra a equipe editorial do Blog Internacionalize-se, Projeto de Extensão coordenado pela Profa. Michele Hastreiter.
 
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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Perfil - Quem é Julian Assange e porque ele viveu durante tantos anos numa embaixada?



 

 

Por Lígia Maffessoni**

 

Acusado de ser um terrorista cibernético imparcial, agente russo e criminoso sexual, Julian Assange se envolveu com o governo do Equador, da Suécia, dos Estados Unidos e da Inglaterra e sua prisão foi um dos assuntos internacionais mais comentados nas últimas semanas.

 

Mas quem é Julian Assange e porque viveu durante tantos anos numa embaixada?

 

Townsville, além do laboratório onde nasceu as meninas superpoderosas, é também a cidade onde nasceu Assange, no dia 3 de julho de 1971. Desde muito cedo, Assange se mostrou muito competente como hacker, foi estudante de matemática e física, pai, escreveu o livro UnderGround junto com Suelette Dreyfus e, em 2006, lançou o site WikiLeaks.

 

O WikiLeaks é uma organização multinacional de conteúdos, especializada na análise, publicação e promoção de materiais censurados envolvendo guerra, espionagem e corrupção. Até hoje publicou mais de 10 milhões de documentos e análises e ganhou diversos prêmios internacionais.

 

Em 2010, o site WikiLeaks disponibilizou acesso a diversos documentos militares sobre as guerras do Iraque e Afeganistão, divulgando por exemplo a morte massiva de civis nas intervenções americanas. No mesmo ano, Assange passou a ter as doações que recebia retidas pelos bancos onde as deveria receber.

 

Assange vivia na embaixada do Equador desde 2012, para evitar sua extradição para a Suécia, onde estava sendo investigado por crime sexual, que alega não ter cometido e ser parte de uma campanha política de difamação. Tinha um bom relacionamento com o ex presidente equatoriano, Rafael Correa, e recebeu cidadania equatoriana em dezembro de 2017, quando o país também pediu que fosse reconhecido como agente diplomático, para que tivesse imunidade. Em 2016, Assange já havia reclamado à ONU que estava preso ilegalmente, já que não poderia deixar a embaixada; o posicionamento da Organização foi de que deveria ser autorizada sua liberdade: tanto o pedido equatoriano quanto o da ONU não foram reconhecidos pelo Reino Unido.

 

Recentemente, porém, Assange começou a ter mais problemas, pois  divulgou uma foto do presidente do Equador, Lenin Moreno, o mesmo que se elegeu dizendo que poderia comer arroz e ovo, durante um momento de restrições econômicas no país, deitado num quarto de hotel comendo camarões.

 

Vários documentos sobre Assange também foram vazados, como fotos, laudos médicos e boatos vexatórios sobre sua vivência na embaixada; em março de 2018 sua conexão de internet foi cortada para que não pudesse interferir nas questões internacionais de política externa.

 

Assim que Moreno decidiu que havia violado os termos do asilo, não mais o protegeu, retirou sua cidadania equatoriana e os policiais britânicos tiraram-no de lá no dia 11 de abril de 2019.

 

O ex presidente do Equador, Rafael Correa, criticou a decisão de Moreno, já que o asilo é garantido pelo artigo XIV da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O ex presidente Lula também se posicionou:

 

Fez mais pela democracia no mundo do que muitos líderes eleitos. Sua prisão é um atentado contra a liberdade de expressão. E sua eventual extradição, se ocorrer, uma violência contra os direitos humanos e poria em risco sua vida. “

 

Já primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que “ninguém está acima dalei”.

 

Agora, o governo americano tem dois meses para apresentar relatório criminal que justifique sua extradição para os Estados Unidos, onde será julgado por conspirar junto com a Analista de Inteligência Militar, Chelsea Manning, e desbloquear o acesso não autorizado ao Network secreto, a partir do Departamento de Defesa, onde os documentos oficiais do governo são armazenados. Chelsea Manning foi presa e condenada a 35 anos de prisão.

 

Interessante notar que o WikiLeaks foi amado por Trump na época das eleições, quando divulgou dados sobre Hilary Cliton prejudicando a candidata. Os Estados Unidos parecem, no entanto, ter outro entendimento agora, e não se sabe quais serão as consequências se, por fim , Assange acabar sendo extraditado para os Estados Unidos.

Fontes:
LULA. Lula sai em defesa de Assange: “fez mais pela democracia que muitos líderes eleitos”. Disponível em: <https://lula.com.br/lula-sai-em-defesa-de-assange-fez-mais-pela-democracia-que-muitos-lideres-eleitos/>. Acesso em: 19 abr. 2019. 

BBC. Julian Assange: Suécia considera reabrir inquérito sobre estupro. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47889060>. Acesso em: 19 abr. 2019.

BBC. Julian Assange: quem é o fundador do Wikileaks, preso em Londres após quase 7 anos de asilo em embaixada do Equador. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47895584>. Acesso em: 19 abr. 2019.

MACASKILL, Andrew. WikiLeaks says Julian Assange is being spied on in Ecuadorean embassy. Disponível em: <https://www.reuters.com/article/us-ecuador-assange/wikileaks-says-julian-assange-is-being-spied-on-in-ecuadorean-embassy-idUSKCN1RM17L>. Acesso em: 19 abr. 2019. 

PITAS, Costas. Julian Assange é preso pela polícia britânica na embaixada do Equador. Disponível em: <https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN1RN179-OBRTP>. Acesso em: 19 abr. 2019. 

HOLTON, Kate; PITAS, Costas. United States seeks extradition of WikiLeaks founder Assange. Disponível em: <https://www.reuters.com/article/us-ecuador-assange-usa/united-states-seeks-extradition-of-wikileaks-founder-assange-idUSKCN1RN1FC>. Acesso em: 19 abr. 2019.

 MACASKILL, Andrew. WikiLeaks diz que Julian Assange está sendo espionado na embaixada do Equador. Disponível em: <https://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN1RM1I8-OBRTP>. Acesso em: 19 abr. 2019. 

 ISTOE. ‘Ninguém está acima da lei’, diz premier britânica sobre prisão de Assange. Disponível em: <https://istoe.com.br/ninguem-esta-acima-da-lei-diz-premier-britanica-sobre-prisao-de-assange/>. Acesso em: 19 abr. 2019. 


*Lígia Maffessoni é aluna do sétimo período do Curso de Relações Internacionais do UNICURITIBA e integra a equipe editorial do Blog Internacionalize-se, Projeto de Extensão coordenado pela Profa. Michele Hastreiter.

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