segunda-feira, 27 de junho de 2022

Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 20/06 a 26/06

Por Luna Groh Nogueira

  • EUA
    Nessa última sexta-feixa (24), a Suprema Corte estadunidense anulou a decisão constitucional Roe vs Wade, que concedia o direito legal ao aborto em toda a federação. A partir de agora cabe à legislação de cada estado decidir se o direito à terminação de uma gravidez é permitido ou não, e sob quais circunstâncias. Quase metade dos estados americanos já reverteram imediatamente o direito ao aborto em seus territórios, e há planos desse tipo de decisão ocorrer em mais regiões do país. A decisão marca uma vitória ao Partido Republicado e aos conservadores do país, e um retrocesso aos direitos reprodutivos das mulheres de todo o mundo. 

Protestantes pró-aborto na cidade de Nova York (Jason DeCrow/Reprodução: Al Jazeera) 


  • Rússia e Lituânia
    Após a Lituânia, país membro da União Europeia e OTAN, proibir a passagem de bens vindos da Rússia em direção ao Kaliningrado, um enclave russo localizado no Mar Baltico, as tensões entre os dois países escalaram. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou na quarta-feira (22) que as consequências não serão apenas diplomáticas, e que o país adotará medidas práticas à Lituânia, porém sem revelar mais detalhes. O país báltico afirma que está apenas implementando as sanções da UE em relação à Rússia em detrimento da guerra na Ucrânia. 

  • Afeganistão
    Na madrugada desta última quarta-feira (22), um terremoto de magnitude 5.9 atingiu o Afeganistão, deixando mais de mil mortos. O país, que é governado pelo Talibã desde setembro de 2021, pediu assistência internacional imediata e afirmou que corre grave risco de desastre humanitário pois não possui recursos suficientes para amparar as vítimas. A ONU e os governos dos Estados Unidos e China já anunciaram que seus respectivos órgãos de ajuda humanitária enviarão operações de ajuda ou financiamentos ao país. 

  • Turquia
    A polícia de Istambul reprimiu marchas de Orgulho LGBTQ+ que ocorreram neste domingo (26) na capital, prendendo dezenas de protestantes que se juntaram às ruas mesmo depois das autoridades terem anunciado a proibição do evento. Apesar da homossexualidade não ser um crime no país, a liberdade da comunidade LGBTQ+ vem sofrendo crescentes hostilidades e ameaças desde a posse do presidente Tayyip Erdogan em 2014. 

Polícia local reprime protestante pró-LGBTQ+ no centro da capital turca. (Reprodução: Reuters) 


  • Irã
    A mídia estatal iraniana transmitiu na televisão o lançamento do satélite Zuljanah neste domingo. O país afirma que a emissão ocorreu para fins de pesquisa e que seu programa nuclear é estritamente pacífico, apesar de não revelar o dia exato do acontecimento. O evento foi transmitido um dia após o país ter concordado em reiniciar as negociações do acordo nuclear com os EUA, durante encontro entre o principal funcionário de política externa da União Europeia, Josep Borrell, com autoridades iranianas na capital Teerão. Caso as negociações sejam bem-sucedidas, o acordo nuclear provocará a suspensão das duras sanções que os EUA estabeleceram ao Irã desde 2018, quando o então presidente Donald Trump anunciou a saída unilateral dos EUA em relação ao tratado original assinado em 2013. 

Referências
CHINA to provide $7.5 million in humanitarian aid to Afghanistan, foreign minister says. Reuters, [S. l.], 25 de junho de 2022. Disponível em: https://www.reuters.com/world/asia-pacific/china-provide-75-mln-humanitarian-aid-af g hanistan-foreign-ministry-2022-06-25/.
MOTAMEDI, Maziar. Iran test launches Zuljanah satellite carrier: State media. Al Jazeera, [S. l.], 26 de julho de 2022. Disponível em: https://www.aljazeera.com/news/2022/6/26/iran-test-launches-second-zuljanah-satelli te-carrier.
RÚSSIA sobe o tom da ameaça contra Lituânia e acirra ainda mais tensão contra Otan. G1, [S. I.], 22 de julho de 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/06/22/russia-sobe-o-tom-da-ameac a-contra-lituania-e-acirra-ainda-mais-tensao-com-otan.ghtml.
TERREMOTO no Afeganistão: Talibã pede ajuda à ONU e EUA devem ajudar famílias afetadas. G1, [S. I.], 22 de julho de 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/22/terremoto-no-afeganistao-taliba-pede -ajuda-a-onu-e-eua-devem-auxiliar-familias-afetadas.ghtml.
TURKISH police prevent Istanbul Pride from going ahead. Reuters, [S. l.], 26 de julho de 2022. Disponível em: https://www.reuters.com/world/middle-east/turkish-police-prevent-istanbul-pride-going -ahead-2022-06-26/.
TOTENBERG, Nina; MCCAMMON, Sarah. Supreme Court overturns Roe v. Wade, ending right to abortion upheld for decades. Npr, [S. l.], 24 de junho de 2022. Disponível em: https://www.npr.org/2022/06/24/1102305878/supreme-court-abortion-roe-v-wade-d ecision-overturn. 


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quinta-feira, 23 de junho de 2022

CÁTEDRA: Como o sentimento anti-imigrantista se manifesta na Europa (ou não) – reflexões sobre a atuação da União Europeia em crises migratórias

Homem exibe cartaz com a frase 'Ajude, Europa' enquanto centenas de imigrantes esperavam permissão para embarcar em trens em Budapeste 

Por Vítor Isac Gomes*

    A chegada de imigrantes ucranianos aos países europeus durante a guerra russo-ucraniana, que se estende desde fevereiro deste ano, nos leva a grandes questionamentos acerca da atuação da aliança europeia em situações de crises humanitárias e migratórias que, não por acaso e especificamente desde 2015, lida com ondas de imigração vindas do Oriente Médio e norte africano, principalmente sírios que há mais de uma década continuam em guerra civil. 
    Vítimas de um conflito há quase 4 meses no leste europeu e levada à frente pelo regime de Putin, milhões de ucranianos deixam suas casas e cruzam a fronteira principalmente em direção à Polônia. A União Europeia, logo após o início do conflito, adotou por unanimidade proteção temporária para pessoas que estão fugindo da Ucrânia e ampliou a decisão tanto aos cidadãos ucranianos bem como aos estrangeiros que estavam no território. Apátridas que tenham proteção internacional na Ucrânia e seus familiares que estivessem no país até 24 de fevereiro de 2022 – primeiro dia da invasão russa – também foram incluídos. É importante lembrar que apátridas são pessoas que não tem sua nacionalidade reconhecida por nenhum país e, portanto, não possuem direitos humanos básicos, e que a partir deste mecanismo, puderam ser reconhecidos no continente europeu com maior flexibilidade. 
    Em contra partida, desde o início dos protestos civis que reivindicavam maiores direitos democráticos ocorridos no mundo árabe e particularmente na Síria num período que ficou conhecido como Primavera Árabe, milhões de refugiados sírios se deslocavam para a Turquia, país que não faz parte da União Europeia, cruzavam o mediterrâneo e tentavam chegar à Europa pela Grécia que, ao contrário dos ucranianos, não foram recebidos de forma amigável, tão pouco com a formalização de mecanismos emergenciais com o objetivo de amparar os árabes fugidos da guerra. Episódio que explicita a escalada das políticas anti-imigração no velho continente se deu no acordo entre Turquia e o bloco europeu em 2016, fazendo com que todos os imigrantes que tentavam chegar à Europa pelas fronteiras com a Grécia, fossem mandados de volta ao território Turco, local que anteriormente em 2015 foi encontrado o corpo de um menino sírio morto na praia, chamando atenção não apenas da mídia ocidental, como também comoveu celebridades, líderes mundiais e o mundo todo. 
    Se de um lado a atual crise no leste europeu é aguda, movida pela comoção ocidental, com fluxo intenso de imigrantes em um curto período de tempo se deslocando para o leste da Europa e principalmente para países fronteiriços, do outro lado a crise árabe é crônica, com milhões de sírios se deslocando dentro e fora de seu território durante mais de uma década, enfrentando altíssima resistência de países europeus quanto ao seu acolhimento repousando em justificativas embasadas no medo do aumento de ataques terroristas, além de demonstrações preconceituosas em relação ao islamismo. Assim, em contraste com os ucranianos, segundo o premier búlgaro, Kiril Petkov, "os refugiados não são como os anteriores. Essas pessoas são europeias. Essas pessoas são inteligentes. São educadas. Não é como nas ondas anteriores. Não sabíamos sobre as suas identidades, dos seus passados. Podiam até ser terroristas". 
    O histórico europeu em crises migratórias é vergonhoso, marcado por declarações xenofóbicas de líderes e governos europeus reforçando o sentimento anti-imigrantista presente na Europa durante os anos de 2015 e 2016, mas que ainda hoje, se manifesta em pequenos grupos ultranacionalistas interessados em manter a identidade europeia tradicional. Há expectativa que a atual crise resultante da guerra entre Rússia e Ucrânia possa vir acompanhada de perspectivas positivas acerca da receptividade europeia caso outra crise maior se manifeste posteriormente. 

*Vítor faz parte da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, membro auxiliar do Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI), membro do programa de Multiplicadores “Politize!” e escreveu o presente texto através da parceria entre o Internacionalize-se e a CSVM. 

Referências
TORTELLA, Tiago. União Europeia concede proteção temporária a refugiados da Ucrânia. CNN Brasil. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/uniao-europeia-concede-protecao-t emporaria-a-refugiados-da-ucrania>. Acesso em: 15 jun. 2022. 
PINOTTI, Fernanda. Como a Europa trata de forma diferente refugiados da Ucrânia e do Oriente Médio. CNN Brasil. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/como-a-europa-trata-de-forma-difer ente-refugiados-da-ucrania-e-do-oriente-medio/>. Acesso em: 15 jun. 2022. 
Agência da ONU para refugiados. Síria. Disponível em: <https://www.acnur.org/portugues/siria/>. Acesso em: 15 jun. 2022.
Da EFE. Acordo entre UE e Turquia sobre refugiados entra em vigor. G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/03/acordo-entre-ue-e-turquia-sobre-r efugiados-entra-em-vigor.html>. Acesso em: 15 jun. 2022. 
CHACRA, Guga. Qual a diferença entre refugiados sírios, ucranianos e afegãos?. O Globo. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/guga-chacra/post/qual-diferenca-entre-refugiad os-sirios-ucranianos-e-afegaos.html>. Acesso em: 15 de jun. 2022. 




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terça-feira, 21 de junho de 2022

Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 13/06 a 19/06

Por Manuela Paola

  • Colômbia
    No último domingo (19), a Colômbia passou por um momento histórico em suas eleições: pela primeira vez, um presidente de esquerda foi eleito no país. Gustavo Petro venceu a eleição com 50,49% dos votos; o outro candidato, Rodolfo Hernández, ficou atrás por 717 mil votos. Além disso, Francia Márquez será a primeira vice-presidente negra da Colômbia.


  • Japão
    Entre os países do G7, o Japão é o único que ainda mantém a proibição de casamentos homoafetivos. Nesta segunda-feira, o tribunal de Osaka determinou que o não reconhecimento desses casamentos é constitucional, depois que os argumentos de três casais homoafetivos foram rejeitados pelo tribunal.


    Já que a Constituição do país não permite esses matrimônios, os casais não possuem os mesmo direitos que casamentos heteroafetivos. Ainda assim, alguns municípios emitem certidões de parceria que auxiliam os casais do mesmo gênero a alugar imóveis juntos.
    Ativistas da causa LGBTQI+ continuam lutando pela igualdade e pelo direito de poder se unir em matrimônio na terceira maior economia do mundo.

  • Brasil
O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu demissão do cargo na última segunda-feira (20), além de deixar o Conselho de Administração da companhia. A Petrobras comunicou que Fernando Borges, atual diretor executivo de Exploração e Produção, será o presidente interino até que seja eleito um substituto para o cargo.
    O presidente Jair Bolsonaro, juntamente com deputados aliados, irá pedir a instauração de um Comitê Parlamentar de Inquérito para apurar a gestão da Petrobras, com o objetivo de avaliar o preço dos combustíveis, assim como os motivos pela alta no valor.
    Será a quarta vez que Bolsonaro indicará um presidente para a companhia durante o mandato.

  • Equador
    A onda de protestos no Equador, devido à alta no preço dos combustíveis, continua pelo país. Na última semana, o governo decretou estado de exceção - um período de anormalidade inconstitucional - para controlar as manifestações, em Pichincha, Cotopaxi e Imbabura. Ainda assim, a Confederação de Nacionalidade Indígenas impediu o movimento em rodovias de três províncias, no sábado (18). Na segunda-feira (20), o estado de exceção foi ampliado para seis províncias. A medida deve durar, ao menos, 30 dias.

  • Chile
    A maior produtora de cobre do mundo e estatal do Chile, Codelco, anunciou o fechamento de uma fundição que fica localizada no “Chernobyl chileno”, uma área de grande contaminação do país. Os problemas de saúde, como intoxicação por contaminação, causados pela mineração na região remontam de décadas atrás.


    Por conta da decisão, trabalhadores da mineradora iniciaram protestos, erguendo barricadas incendiárias. O presidente chileno, Gabriel Boric, garantiu que os funcionários não perderão os empregos por conta do fechamento da fundição. “Seus postos de trabalho estão assegurados em outros setores da empresa, nas mesmas condições que têm atualmente, sem nenhum dano”, afirmou Boric.

  • Reino Unido
    Uma greve ferroviária está programada para iniciar nesta terça-feira (21), continuando na quinta-feira e no sábado, ao longo das estações de trem no Reino Unido. Mais de 50 mil funcionários participarão das greves, que acontece por conta do congelamento dos salários e cortes de empregos. O secretário-geral dos trabalhadores ferroviários, marítimos e de transporte, Mick Lynch, afirmou que as negociações de última hora não foram bem sucedidas, o que resultou nas greves desta semana, além do planejamento das próximas.

Referências
TRIBUNAL do Japão decide que proibição de casamento homoafetivo é constitucional;
GUSTAVO Petro se torna o primeiro presidente de esquerda da Colômbia. G1. 19 jun.
BRAZIL’s Petrobras swaps CEOs amid political blowback on fuel prices. Reuters. 20
JAPÃO: tribunal apoia que veto a casamento homoafetivo é constitucional. Correio Braziliense. 20 jun. 2022. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2022/06/5016586-japao-tribunal-apoia-que-veto-a-casamento-homoafetivo-e-constitucional.html.
CPI investigaria política de preços e lucros exorbitantes da Petrobras, diz Ricardo Barros. CNN. 20 jun. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-investigaria-politica-de-precos-e-lucros-exorbitantes-da-petrobras-diz-ricardo-barros/.
JOSÉ Mauro Coelho pede demissão e deixa a presidência e o Conselho de
GOVERNO do Equador decreta estado de exceção mas manifestantes seguem com bloqueios em estradas. G1. 18 jun. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/18/governo-do-equador-decreta-estado-de-excecao-mas-manifestantes-seguem-com-bloqueios-em-estradas.ghtml.
EQUADOR amplia estado de exceção para seis províncias. G1. 20 jun. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/20/equador-amplia-estado-de-excecao-para-seis-provincias.ghtml.
‘CHERNOBYL chileno’: a maior produtora de cobre do mundo anuncia fechamento de fundição. G1. 18 jun. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/18/chernobyl-chileno-a-maior-produtora-de-cobre-do-mundo-anuncia-fechamento-de-fundicao.ghtml.
GREVES no sistema ferroviário devem paralisar rede de transportes do Reino Unido. G1. 20 jun. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/20/greves-no-sistema-ferroviario-devem-paralisar-rede-de-transportes-do-reino-unido.ghtml.




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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 06/06 a 12/06

Por Leonardo Guebert

  • Brasil
    As buscas pelo indigenista da Funai Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips, do jornal The Guardian, começaram no domingo dia 05/06 e ainda não se encerraram, virando palco de manchetes, colunas e apurações jornalísticas durante toda semana.

O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips. Foto: TV Globo/Reprodução

    Os dois homens desapareceram quando navegavam pela Terra Indígena Vale Javari, no Amazonas. Integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) não conseguiram localizá-los e então alertaram as autoridades sobre o sumiço na segunda-feira (6), tornando o caso público. A reserva onde eles desapareceram é palco de conflitos relacionados ao tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal. Os homens partiram da Comunidade São Rafael na manhã do dia 05/06, navegando pelo rio Itaquaí até Atalaia do Norte, cerca de 72km do local de onde saíram. 
    As autoridades apontam que o barco em que viajavam era novo e tinha gasolina suficiente para chegar ao destino, onde Dom Phillips faria uma matéria entrevistando indígenas da região. Apesar de rumores que os corpos foram encontrados pelas equipes de resgate, nenhum órgão oficial como a Univaja, a Polícia Federal e a Embaixada Britânica confirmou a informação e o paradeiro de Bruno e Dom ainda é desconhecido. 

  • Irã e Venezuela
    Os dois países assinaram, neste sábado (11), um acordo de cooperação de 20 anos em diversas áreas. O compromisso, sobre o qual poucos detalhes foram revelados e as informações repassadas pela TV estatal iraniana, foi firmado durante uma visita do presidente Nicolás Maduro a Teerã. 

Nicolás Maduro e Ebraim Raisi, após encontro em Teerã. Foto: AP - Vahid Salemi

    A assinatura do pacto "mostra a determinação dos altos funcionários dos dois países para desenvolver as relações em diferentes campos", afirmou o presidente Ebrahim Raisi. Já Maduro ressaltou que ambos os países compartilham uma “amizade indestrutível” e destacou que possuem “grandes frentes de cooperação” nas áreas de petróleo, gás e petroquímica e também no setor de defesa. Os dois Estados têm como ponto em comum o fato de serem alvos de sanções severas dos Estados Unidos, o que faz com que se tornem grandes aliados e que comecem a planejar ações conjuntas de cooperação bilateral, como a produção e exportação de alimentos. 

  • Bolívia
    A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, foi condenada a 10 anos de prisão nessa sexta-feira (10), acusada de ter realizado um golpe contra seu antecessor Evo Morales em 2019. 
    O Tribunal de Primeira Instância de La Paz anunciou sua decisão sobre a “sentença de condenação” de 10 anos, a ser cumprida em uma penitenciária feminina em La Paz, onde está detida desde março de 2021. Añez foi condenada por descumprimento de deveres e resoluções contrárias à Constituição e às leis. Também foram condenados a 10 anos de prisão o ex-comandante das Forças Armadas William Kalimán e o ex-chefe de polícia Yuri Calderón, porém ambos estão foragidos. 

Momento da prisão da ex-presidente boliviana Jeanine Añez, em março de 2021. Foto: Ricardo Carvallo Terán - ABI

    Ela sucedeu Morales, dois dias depois da renúncia do mandatário, em meio a uma forte convulsão social. Na época, os opositores denunciaram que Evo Morales havia cometido fraude nas eleições de outubro daquele ano para ter acesso a um quarto mandato consecutivo, que iria até 2025. Áñez declara inocência e que nunca buscou o poder, afirmando que recorrerá à justiça internacional.

  • Peru
    O presidente do Peru, Pedro Castillo, decretou feriado nacional para o setor público no país na segunda-feira. O motivo: a seleção peruana de futebol enfrentará a Austrália na repescagem mundial, disputando uma das últimas vagas para a Copa do Mundo que ocorrerá no Qatar no final do ano. 
    Muitos cidadãos e opositores criticaram a decisão, pois o presidente decretou o feriado no exato mesmo dia em que deveria prestar depoimento ao Ministério Público em um caso em que é investigado por organização criminosa e tráfico de influências. Pedro Castillo não comparecerá ao Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre o chamado “Caso Tarata”, em que a licitação para a construção de uma ponte na região amazônica teria sido feita de maneira ilícita. 

Referências
AFP. Ex-presidente da Bolívia, Áñez é condenada a 10 anos de prisão. G1, 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/11/ex-presidente-da-bolivia-anez-e-condenada-a-10-anos-de-prisao.ghtml.
G1 AM. Buscas por indigenista e jornalista britânico desaparecidos no Amazonas entram no 7o dia. G1, 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/06/12/buscas-por-indigenista-e-jornalista-britanico-desaparecidos-no-amazonas-entram-no-7o-dia.ghtml.
RFI. 'Amizade indestrutível': Irã e Venezuela assinam acordo de cooperação de 20 anos. G1, 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/11/amizade-indestrutivel-ira-e-venezuela-assinam-acordo-de-cooperacao-de-20-anos.ghtml. 
STEIN, L. Governo peruano decreta feriado para o dia de Peru x Austrália – mesma data em que o presidente daria depoimento em caso de corrupção. Trivela, 2022. Disponível em: <https://trivela.com.br/copa-do-mundo/governo-peruano-decreta-feriado-para-o-dia-d e-peru-x-australia-mesma-data-em-que-o-presidente-daria-depoimento-em-caso-de- corrupcao/>. 



   



 

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terça-feira, 7 de junho de 2022

Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 30/05 a 05/06

Por Pedro Oliveira

  • Polônia
    De acordo com uma circular do Ministério da Saúde polonês, a partir de agora a gravidez deve constar em um prontuário digital junto com o histórico médico da paciente. O governo alega que esse registro vai melhorar o atendimento médico da população tanto na Polônia quanto nos demais países da União Europeia. 
    Mas em uma nação onde o direito ao aborto se tornou cada vez mais restrito, principalmente com o governo atual, que também limitou o acesso à pílula do dia seguinte, a criação desse cadastro enfrentou críticas. Do lado da oposição, vários parlamentares denunciaram o projeto, qualificando o registro como uma ferramenta de repressão para perseguir e controlar as mulheres polonesas. 
    A Polônia, um dos países mais católicos da União Europeia, praticamente proibiu o aborto após uma decisão do Tribunal Constitucional que entrou em vigor em 2021. Desde então, a interrupção voluntária da gravidez deixou de ser permitida em casos de má-formação do feto, a causa mais comum de aborto na Polônia. Segundo a lei, autorizar o aborto por causa de problemas congênitos viola a Constituição polonesa. 
    A interrupção da gravidez na Polônia só é permitida em casos de estupro, incesto ou se houver ameaça à vida da mulher. 

  • República Dominicana
    O ministro do Meio Ambiente da República Dominicana, Orlando Jorge Mera, morreu nesta segunda-feira (6) ao ser baleado dentro de seu gabinete, informou o governo do país caribenho. 
    Miguel Cruz, a pessoa identificada como autora do disparo, era um amigo pessoal do falecido ministro. O responsável encontra-se sob custódia da polícia nacional e do Ministério Público. Os motivos, entretanto, ainda estão sendo investigados. 
    Jorge Mera era filho do ex-presidente Salvador Jorge Blanco (1982-1986) e estava à frente do ministério desde agosto de 2020. O assassino entrou em uma reunião que o ministro mantinha semanalmente com seus secretários e abriu fogo, segundo os funcionários da pasta que falaram com a AFP sob anonimato. 
    Por ser um amigo próximo da vítima, Cruz não teve problemas para entrar na sede do ministério em Santo Domingo. Após o incidente, o prédio foi esvaziado pelas autoridades.
Imagem: BBC.

  • Bangladesh
    Pelo menos 37 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas quando um incêndio destruiu um depósito de contêineres e causou explosões no sudeste de Bangladesh, segundo informou a agência de notícias estatal do país. 
    O fogo começou na noite de sábado (4), no Container Depot, em Sitakunda, no distrito de Chittagong. A polícia e os bombeiros apagaram as chamas e resgataram as vítimas assim que possível. 
    O número de mortos pode aumentar, já que alguns dos feridos estão em estado crítico, declarou o cirurgião civil de Chittagong, Mohammed Elias Hossain, de acordo com a Reuters. Ele acrescentou que bombeiros e policiais estão entre os feridos. 
    O incidente causará prejuízos logísticos para os relacionados com os containers.

  • Inglaterra
    Milhares de britânicos participam da abertura das festividades de 70 anos do reinado da monarca nos arredores do Palácio de Buckingham, em Londres. Príncipe Andrew e Harry e Meghan não participaram da cerimônia, que visa também limpar a imagem da monarquia no país. 
    A rainha Elizabeth II chegou na manhã da última quinta-feira (2) para a abertura oficial do Jubileu de Platina. Milhares de pessoas estiveram reunidas nos arredores do Palácio de Buckingham para acompanhar a festividade, que celebra os 70 anos de reinado da monarca. 
    Segundo informações divulgadas pelo serviço de assessoria do Palácio, a rainha sofreu com pequenos desconfortos durante o evento. Quase 1.500 militares da Guarda Real, com suas bandas musicais e cavalos, abriram os quatro dias de celebrações com o tradicional "Desfile do Estandarte". Acompanhada por seu primo, o duque de Kent, coronel da Guarda Escocesa, a rainha saudou as tropas da sacada. 
Imagem: Getty

Referências
POLAND'S government criticised over pregnancy register amid strict abortion laws. EURONEWS. 07 jun. 2022. Disponível em: https://www.euronews.com/2022/06/06/poland-s-government-criticised-over-pre gnancy-register-amid-strict-abortion-laws
DOMINICAN Republic minister shot dead in office. BBC. 06 jun. 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/news/world-latin-america-61712872
BANGLADESH fire: Nearly 50 killed, hundreds injured in depot blast. BBC. 05 jun. 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/news/world-asia-61693778
PHOTOS: Elizabeth II's Platinum Jubilee. BBC. 06 jun, 2022, Disponível em: https://www.cnn.com/2022/06/02/uk/gallery/queen-elizabeth-platinum-jubilee/ind ex.html


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quinta-feira, 2 de junho de 2022

CÁTEDRA: Entre desesperos e esperanças - a atual situação dos refugiados afegãos no Brasil

Afegãos que moram em São Paulo durante protesto na porta do escritório do Itamaraty - Eduardo Anizelli/Folhapress. Disponível aqui.
Por Ana Cristina Cercal dos Santos*

    Em agosto de 2021, o grupo extremista Talibã retornou ao poder no Afeganistão logo após a saída da ocupação estadunidense do território. A potência ocidental havia se instalado lá 20 anos atrás com o propósito de retirar do poder o grupo que havia permitido a ocultação de Osama Bin Laden, responsável pelo ataque terrorista de 11 de setembro de 2001.
    Com a retirada do exército norteamericano, os fundamentalistas viram a oportunidade de recuperar o território afegão. Logo nas primeiras horas após o anúncio da volta do Talibã, muitos tentaram sair do país pelo aeroporto, gerando imagens de desespero que impactaram o mundo todo. Para os que ali estavam, o retorno dos extremistas significou o retorno de restrições e supressões de direitos, além de perseguições contra opositores. 
    Não bastasse essa conjuntura, o povo afegão ainda está pagando por um crime que não cometeu. No ano passado, os Estados Unidos anunciaram o confisco de 7 bilhões de dólares das contas do Afeganistão, alegando que o dinheiro seria redirecionado para compensar as vítimas do ataque de 11 de setembro. Com isso, a crise humanitária afegã aumenta ainda mais, uma vez que esse posicionamento contribui para o declínio econômico do país. Tais fatos combinados com desastres naturais, pobreza e insegurança alimentar ocasionaram a migração de 2,6 milhões de pessoas apenas em 2021. 
    Aqueles que permanecem no território afegão enfrentam agora o resultado de interferências do mundo exterior, além das medidas forçadas pelo Talibã. Dentre as restrições impostas pelo grupo, as mais conhecidas são as direcionadas às mulheres. Em um primeiro momento, os extremistas haviam declarado que não iriam interferir nos seus direitos como antigamente, a fim de tentar amenizar a imagem perante à comunidade internacional. Contudo, recentemente as mulheres foram proibidas de viajar sem a companhia de um homem, e o uso da burca tornou-se mais uma vez obrigatório, inclusive para as apresentadoras de televisão que agora devem cobrir o rosto durante a transmissão do programa. 
    No meio de um conjunto de medidas que vêm para suprimir direitos e liberdade de escolha, a restrição que pode trazer consequências mais duradouras talvez seja a proibição de estudar. Foi nesse contexto que a paquistanesa Malala foi alvo de um atentado quando estava retornando da escola em 2012 e, desde então, tornou-se uma defensora assídua do direito à educação das meninas, tendo demonstrado sua preocupação pela volta do regime ao poder no Afeganistão. Após falsas promessas de que não haveriam restrições nesse sentido, os temores de Malala foram confirmados pela não abertura das escolas de meninas, que deveria ter ocorrido em março deste ano. 
    Diante deste cenário de restrições, ameaças e perseguições, para muitos não há alternativa senão migrar do território afegão. Dada as circunstâncias, o Brasil passou a conceder vistos para acolhida humanitária de afegãos, que é uma das modalidades de visto temporário dirigido aos apátridas ou estrangeiros de países que se encontram em instabilidade institucional, conforme Lei no 13.445/2017, conhecida como Lei de Migrações. O visto humanitário abarca questões de conflito armado, calamidades ambientais, violações de direito humanitário e grave violação de direitos humanos, sendo neste caso um meio para depois requerer o reconhecimento como refugiado. 
    Em dezembro do ano passado, o governo brasileiro concedeu mais de 300 vistos humanitários para a acolhida dos afegãos. Infelizmente, afegãos relatam dificuldades com burocracias inoportunas das embaixadas brasileiras em países próximos ao Afeganistão, o que ocasionou atrasos para a concessão do visto, crítica plausível uma vez que a ideia desse visto é justamente possibilitar a acolhida daqueles que precisam mudar de localização com urgência e que muitas vezes não portam consigo documentos básicos. 
    Além da permissão legal para ingressar no território brasileiro, os refugiados podem encontrar outras barreiras no caminho, como por exemplo o deslocamento por terra e o cuidado que devem ter para não serem abordados pelo Talibã. Para alguns, o trajeto desde a saída do Afeganistão até a chegada no Brasil durou mais de dois meses. Ainda, alguns refugiados relataram dificuldades ao usarem uma rota de passagem pelo Paquistão, onde quase foram deportados ao passarem pela migração do país, circunstância em que seriam enviados de volta ao Afeganistão. 
    Após tantas dificuldades e sofrimentos, a chegada ao Brasil representa um momento de esperança. Em outubro de 2021, um grupo de juízas afegãs e seus familiares foram acolhidos em Brasília, totalizando 27 pessoas. Esse primeiro acolhimento foi realizado com apoio de psicólogos e assistentes sociais do programa de apoio ao migrante do Distrito Federal (Getpam - Programa Pró-Vítima e servidores da Gerência de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Migrante), momento em que foi viabilizado a vacinação contra a Covid-19, a matrícula de crianças em escolas e a emissão de documentos para a regularização dos refugiados em território nacional, conforme esclarecido em contato com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus/DF). 
    Desde então, vários outros grupos de afegãos chegaram ao Brasil. Depois dos protocolos iniciais mencionados, as famílias de refugiados estão sendo acolhidas por grupos de igrejas que se comprometeram a ajudar com despesas até que eles sejam devidamente inseridos na sociedade e no mercado de trabalho brasileiro. Os refugiados também contam com a ajuda da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados com parcerias com a sociedade civil, ONGs e centros acadêmicos, como é o caso da Cátedra Sérgio Vieira de Mello do Centro Universitário Curitiba. 
    Não obstante a acolhida pelo governo brasileiro, há ainda o desafio da adaptação em uma nova cultura, do aprendizado do português, da validação de suas profissões, e também, dentre outros, o desafio de superar o que ficou para trás. Nesse contexto, cabe às instituições e à população a contribuição para que a esperança de um futuro melhor e digno se concretize para os refugiados. 

*Ana é advogada, pós-graduanda em direitos humanos e voluntária na Cátedra Sérgio Vieira de Mello - Unicuritiba.

Referências
G1. Afegãos desesperados invadem aeroporto de Cabul e se agarram a avião para fugir do Talibã. 16/08/2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/08/16/afegaos-desesperados-inva dem-aeroporto-de-cabul-e-se-agarram-a-aviao-para-fugir-do-taliba.ghtml>. Acesso em: 24/05/2022.
The Intercept Brasil. EUA cometem equivalente a ‘assassinato em massa’ ao congelar dinheiro do Afeganistão. 18/02/2022. Disponível em: <https://theintercept.com/2022/02/18/eua-bloqueio-dinheiro-afeganistao/>. Acesso em: 25/05/2022.
Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados Brasil. Afeganistão. Disponível em: <https://www.acnur.org/portugues/afeganistao/#:~:text=O%20Afeganist%C3%A3o% 20est%C3%A1%20passando%20por,pobreza%20cr%C3%B4nica%20e%20insegur an%C3%A7a%20alimentar>.
CNN. Taliban decree orders women in Afghanistan to cover their faces. Disponivel em: <https://edition.cnn.com/2022/05/07/asia/afghanistan-taliban-decree-women-intl/inde x.html?utm_source=thenewscc&utm_medium=email&utm_campaign=referral>. Acesso em: 15/05/2022.
G1 Mundo. Talibã ordena que apresentadoras de TV cubram o rosto. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/19/taliba-ordena-que-apresentadoras- de-tv-cubram-o-rosto.ghtml>. Acesso em: 19/05/2022.
G1 Mundo. ‘Estou profundamente preocupada com as mulheres afegãs’, diz Malala enquanto o Talibã cerca Cabul. 15/08/2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/08/15/estou-profundamente-preocupada- com-as-mulheres-afegas-diz-malala-enquanto-o-taliba-cerca-cabul.ghtml>. Acesso em: 16/05/2022.
RFI Mundo. Em dia de volta às aulas, Talibã fecha escolas e manda alunas afegãs para casa. Disponível em: <https://www.rfi.fr/br/mundo/20220323-em-dia-de-volta-%C3%A0s-aulas-talib%C3% A3-fecha-escolas-e-manda-alunas-afeg%C3%A3s-para-casa>. Acesso em: 20/05/2022.
BRASIL. Lei 13.445 de 24 de maio de 2017. Lei de Migração. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm>. Acesso em: 17/05/2022.
Governo Federal. Ministério das Relações Exteriores. Vistos humanitários para afegãos. Nota à imprensa no 164, publicado em 01/12/2021. Disponível em: <https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/vistos -humanitarios-para-afegaos-1deg-de-dezembro-de-2021>. Acesso em: 15/05/2022. Agência Senado. Em comissão, afegãos se queixam de burocracia excessiva do itamaraty para acolher refugiados. Senado Notícias, 19/11/2021. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/11/19/em-comissao-afegaos-s e-queixam-de-burocracia-excessiva-do-itamaraty-para-acolher-refugiados>. Acesso em: 15/05/2022.
G1 Globonews. Filhos afegãos reencontram pais no Brasil após seis meses de fuga do Talibã. São Paulo, 13/02/2022. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/02/13/filhos-afegaos-reencontram-p ais-no-brasil-apos-seis-meses-de-fuga-do-taliba.ghtml>. Acesso em: 16/05/2022. CNN Brasil. Em fuga do regime Talibã, grupo de afegãos chega ao Brasil. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/em-fuga-do-regime-taliba-grupo-de-afeg aos-chega-ao-brasil/>. Acesso em: 15/05/2022.
G1. Juízas afegãs ameaçadas pelo Talibã e recebidas em Brasília fazem CPF. Distrito Federal, 28/10/2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2021/10/28/juizas-afegas-ameacadas -pelo-taliba-e-recebidas-em-brasilia-fazem-cpf.ghtml>. Acesso em: 18/05/2022.
CNN Brasil. Em fuga do regime Talibã, grupo de afegãos chega ao Brasil. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/em-fuga-do-regime-taliba-grupo-de-afeg aos-chega-ao-brasil/>. Acesso em: 15/05/2022. 
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quarta-feira, 1 de junho de 2022

CÁTEDRA: Lançamento da Cartilha sobre os Direitos dos Ucranianos no Brasil

Por Mariane Silverio

    No dia 29 de Maio de 2022, a Cátedra Sérgio Vieira de Mello do Unicuritiba protagonizou a aplicação de mais um projeto: o lançamento da Cartilha sobre os Direitos dos Ucranianos no Brasil, disponível atualmente em português e inglês (em breve também em ucraniano). O material tem o objetivo de informar a população ucraniana que vive ou pretende vir para o Brasil sobre o panorama geral da imigração, considerações sobre o visto humanitário e alguns procedimentos padrões. 
    O material tem como base a publicação de março do Diário Oficial da União do Brasil, que notifica sobre a concessão de visto e autorização de residência para fins de acolhida humanitária para nacionais ucranianos e apátridas afetados ou deslocados pela situação de conflito armado na Ucrânia. Essa condição de visto foi possibilitada com o objetivo de permitir o ingresso no território brasileiro e facilitar o refúgio para os ucranianos, sem desconsiderar que ucranianos e apátridas afetadas ou deslocadas pela situação de conflito armado na Ucrânia também podem solicitar a condição de refugiado adequadamente. A partir disso, a Cátedra Sérgio Vieira de Mello do Unicuritiba, frente a necessidade e urgência da situação, se mobilizou para o lançamento da Cartilha dos Direitos dos Ucranianos, em português, inglês e ucraniano.
    Essa cartilha e outros já materiais produzidos pelo projeto são resultado de um longo processo de sistematização de informações por estudantes e professores engajados na causa migratória. Para acessar o conteúdo, clique aqui
Vídeo promocional: https://youtu.be/IjpyhdT-djw.



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