Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 23/05 a 29/05

Por Fernando Yazbek

• Colômbia

    Os colombianos foram às urnas no domingo (29) para colocar Gustavo Petro no segundo turno das eleições presidenciais com 40% dos votos. O esquerdista - que já foi deputado, senador e prefeito de Bogotá – disputará a Casa de Nariño com Rodolfo Hernández, tido como um “Trump tropical” por oposicionistas. 

Foto: Getty

    É a primeira vez que o país está próximo de eleger um presidente de esquerda. Diferentemente de seus vizinhos latino-americanos, não há uma tradição de líderes de massa ascendendo à grande cena política colombiana. A relação muito próxima de Bogotá com Washington e a presença de guerrilheiros envolvidos com tráfico de drogas sempre foram empecilhos eleitorais para o progressismo colombiano. O segundo turno das eleições ocorre no próximo dia 19. 

• Vaticano

    O Papa Francisco elegeu dois brasileiros entre os 21 novos cardeais da Igreja Católica. Os arcebispos de Manaus e Brasília, Leonardo Ulrich e Paulo Cezar Costa, foram nomeados para o Colégio dos Cardeais num movimento que explicita as intenções do Santo Padre de dissolver o controle europeu na Praça de São Pedro. 

    Destaca-se também a eleição do chefe da Igreja na Mongólia, Giorgio Marengo. O Vaticano tenta expandir e melhorar suas relações na Ásia, especialmente na comunista China, e indicou nomes de cardeais de cidades menores da Singapura, Índia e Timor-Leste. 

Dom Leonardo Steiner e Dom Paulo Cezar Costa. Foto: Divulgaçãp CNBB e Arquidiocese de Brasília

• Palestina

    Uma investigação da rede CNN apontou que a morte da jornalista palestina Shireen Abu Akleh, em 11 de maio, foi causada por disparos deliberadamente propositais pelas forças ocupantes de Israel. Mesmo que a repórter usasse um colete que dizia “imprensa” e estivesse acobertada do conflito, recebeu tiros na cabeça e pelas costas, disse o procurador-geral da Palestina Akram al-Khatib. 

Shireen Abu Akleh

    Uma autópsia realizada na Cisjordânia no corpo de Shireen mostra que ela foi baleada por trás, como quem tentasse fugir, enquanto soldados continuavam a disparar. Segundo a CNN, “não houve qualquer combate ativo e não havia palestinos na região e, depois de conversas com testemunhas, evidências indicam a morte deliberada da jornalista”. 

    Não bastasse a execução sumária, a polícia ocupante ainda defenestrou a procissão fúnebre em homenagem a Abu Akleh. A multidão que se encontrou em frente ao Hospital São José e a Igreja Ortodoxa Grega em Jerusalém foi recebida com cassetetes, bombas e gás que profanaram até o caixão. 

• Senegal

    Um incêndio matou onze recém-nascidos no Hospital Mame Abdou Aziz Sy Dabakh, na cidade senegalesa de Tivaouane. Em abril, outros quatro bebês morreram queimados numa maternidade de Linguère e uma grávida teve sua cesárea recusada por três parteiras e acabou morrendo. Os recentes acontecimentos provocaram a Anistia Internacional a incentivar a criação de uma comissão de inquérito independente para encontrar e punis os responsáveis. 

Foto: Reuters

• China

    Pequim enviou 22 caças para sobrevoar o espaço aéreo de Taiwan uma semana depois do presidente norte-americano Joe Biden prometer defender a ilha contra uma suposta invasão chinesa. Ainda em janeiro, a China continental enviou 39 aeronaves para testar o sistema de proteção de Taipei. 

    Com a excursão do democrata por Coréia do Sul e Japão, as tensões entre China e Estados Unidos se reaquecem no pano de fundo da Guerra da Ucrânia. Na metade do mês, quando os líderes das maiores economias do mundo conversaram pela primeira vez sobre o conflito no leste europeu, Xi Jinping condenou as sanções impostas a Vladimir Putin, mas estimou o fim da guerra. Biden, por sua vez, ameaçou que Pequim arcaria com consequências se ajudasse Moscou. O americano reiterou que os EUA respeitam a política de “uma só China”, mas Pequim vê a diplomacia estadunidense acompanhada pelo “compromisso de armar” Taiwan. 

• Ucrânia

    Dois soldados russos capturados pela Ucrânia se declararam culpados por um bombardeio a um centro educacional com civis como alvos perto da cidade de Kharkov. A procuradoria ucraniana pediu que Alexander Bobikin e Alexander Ivanov fossem condenados a 12 anos de prisão por violarem as leis da guerra. Bobikin pediu perdão e disse estar arrependido, mas que apenas cumpria ordens. 

    Depois do recuo de Pequim sobre Kiev, militares ucranianos dizem ter encontrado corpos de soldados russos abandonados nos arredores da capital retomada. Enquanto isto, o presidente Putin assinou decreto que facilita a aquisição de cidadania russa a moradores do leste ucraniano. Este dispositivo, que já valia para habitantes de Donetsk e Luhansk, foi ampliado para as regiões de Zaporizhzhia e Kherson. 

    Mesmo assim, maioria absoluta de ucranianos é contra a cessão territorial como parte de um acordo de paz. Segundo levantamento do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, 82% da população é totalmente contrária a perda de territórios para negociações de paz. Só 10% considerariam razoável entregar terras para o fim da guerra, contra 8% de indecisos. 

Referências

FORÇAS de Israel matam jornalista deliberadamente, conclui investigação. Veja. 26 mai. 2022. Disponível em <<https://veja.abril.com.br/mundo/forcas-de-israel-mataram-jornalista-deliberadam ente-conclui-investigacao/>>.

GIELOW, Igor. China faz grande incursão aérea contra Taiwan após apoio de Biden. Folha de S. Paulo. 29 mai. 2022. Disponível em << https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/05/china-faz-grande-incursao-aerea -contra-taiwan-apos-apoio-de-biden.shtml>>.

MAIORIA dos ucranianos é contra ceder territórios por paz. Deutsche Welle. 24 mai. 2022. Disponível em << https://g1.globo.com/mundo/ucrania-russia/noticia/2022/05/24/maioria-dos-ucra nianos-e-contra-ceder-territorios-por-paz.ghtml>>.

PAPA Francisco escolhe dois brasileiros entre 21 novos cardeais da IC. Folha de S. Paulo. 29 mai. 2022. Disponível em << https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/05/papa-francisco-escolhe-2-brasilei ros-entre-21-novos-cardeais-da-igreja-catolica.shtml>>.

PARDO, Daniel. Por que tem sido tão difícil para a esquerda chegar ao poder na Colômbia. BBC. 28 mai. 2022. Disponível em <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/28/por-que-tem-sido-tao-dificil-par a-a-esquerda-chegar-ao-poder-na-colombia.ghtml>.

PÉCHY, Amanda. Incêndio em hospital no Senegal deixa onze recém-nascidos mortos. Veja. 26 mai. 2022. Disponível em <https://veja.abril.com.br/mundo/incendio-em-hospital-no-senegal-deixa-onze-rec em-nascidos-mortos/>.

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Chanel corta a Rússia e as russas cortam a Chanel

"A Chanel se posiciona ao lado da paz e de todas as pessoas atingidas pela guerra na Ucrânia. Desde o início desse conflito, a proteção e segurança dos funcionários afetados tem sido a nossa prioridade, providenciando ajuda financeira, moral e organizacional." (Tradução livre)

Por Thais Endres Gonzaga

*Essa matéria pode estar desatualizada pois fez parte de um processo seletivo que aconteceu em abril/2022.

    Devido aos conflitos na Ucrânia diversas marcas se manifestaram contra a Rússia, e com a indústria da moda não foi diferente. A Chanel, famosa fabricante de bolsas e produtos têxteis anunciou uma doação de 2 milhões de euros à Care e ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), como comunicado em seu post no Instagram: 

"Neste momento crítico, nós decidimos fazer uma doação imediata de dois milhões de euros para duas organizações, CARE e ACNUR-NU, reconhecidas pelo seu apoio aos refugiados nas fronteiras e pelo cuidado com famílias e crianças. Segundo, a Fundação Chanel vai trabalhar de perto com seus parceiros locais para ajudar a médio e longo prazo as mulheres e crianças impactadas pela situação. Finalmente, como muito dentro de nossa empresa desejam doar, nós vamos providenciar mecanismos para a contribuição financeira dos funcionários, que a Chanel também vai contribuir." (Tradução livre)

    Tal ação foi questionada pelos usuários da rede, que alegaram que se a marca realmente se importasse com a Ucrânia ela pararia de vender seus produtos no mercado russo. Aparentemente os comentários não passaram despercebidos, pois além de fechar suas lojas na Rússia no dia 4 de março, a Chanel ainda está proibindo cidadãos russos de comprarem suas bolsas em outros países. 

    A medida está de acordo com as novas sanções da União Europeia, que proíbem a exportação de bens que custem mais de 300 euros (artigos de luxo) para a Rússia, além da proibição da venda desses bens para os que desejarem utilizá-los no país russo. 

    Em resposta às ações da Chanel, o ministério das relações exteriores da Rússia criticou a marca no twitter, e diversas influenciadoras russas gravaram vídeos em suas redes cortando suas bolsas da Chanel. "Nenhum item ou marca vale meu amor por minha pátria e meu auto respeito" disse a influencer Marina Ermoshkina em postagem no Instagram onde cortava sua bolsa, "Se possuir Chanel significa vender minha pátria, então eu não preciso da Chanel", complementou. 

    Essa ação nos leva a refletir até que ponto as sanções contra a Rússia realmente estão surtindo efeito no país. Banir a venda de produtos de luxo não afeta realmente a população russa, que pouco se importa com esses itens, ato representado pelo corte das bolsas. Ações como essa são apenas a ponta do iceberg no que tange às consequências para o país russo, que inclusive anunciou a possibilidade da criação de um novo sistema monetário e financeiro internacional com a China, o que até certo ponto desmereceria as sanções econômicas aplicadas no país. 

    Só o tempo dirá se as sanções realmente surtiram efeito, enquanto isso milhares de ucranianos sofrem na mão de soldados russos. Enquanto medidas medíocres continuarem sendo as principais contra a Rússia continuaremos vendo o deboche destas por parte dos russos, literalmente cortando-as ao meio. 

Referências

GUERRA na Ucrânia: Chanel anuncia doação de dois milhões de euros a organizações de ajuda a refugiados. O Globo. 3 mar. 2022. Disponível em: https://oglobo.globo.com/ela/guerra-na-ucrania-chanel-anuncia-doacao-de-dois-milhoes-de-euros-organizacoes-de-ajuda-refugiados-25417108. 

CHANEL interrompe a venda de bolsas para cidadãos russos ao redor do mundo. Yahoo. 5 abr. 2022. Disponível em: https://br.financas.yahoo.com/news/chanel-interrompe-a-venda-de-bolsas-para-cidadaos-russos-ao-redor-do-mundo-201255819.html. 

INFLUENCIADORAS russas protestam contra sanções picotando bolsas Chanel. 07 abr. 2022. Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/04/07/influenciadoras-russas -protestam-contra-sancoes-destruindo-bolsas-chanel.htm 

ЕАЭС и КНР разработают проект международной финсистемы. Kapital. 14 mar. 2022. Disponível em: https://kapital.kz/finance/103768/yeaes-i-knr-razrabotayut-proyekt-mezhdunaro dnoy-finsistemy.html 

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Papa Francisco se desculpa aos povos indígenas do Canadá e Primeiras Nações cobram por compensação

Membros da Assembleia das Primeiras Nações e a delegação de artistas indígenas  da Associação Canadense de Turismo Indígenas  performam na Praça de São Pedro, após a audiências como o Para Francisco, no Vaticano. REUTERS/Yara Nardi/File Photo

Por Luna Groh Nogueira

*Essa matéria pode estar desatualizada pois fez parte de um processo seletivo que aconteceu em abril/2022.

    Nessa última sexta-feira (1), o Papa Francisco, em uma audiência realizada no Vaticano com delegações indígenas do Canadá, pediu perdão pela conduta violenta e desumanizante de membros da Igreja Católica com as milhares de crianças indígenas que foram forçadas a viver em internatos governamentais no país norte-americano por mais de cem anos. 

    “Eu sinto vergonha pelo papel que uma quantidade de católicos, particularmente aqueles com responsabilidades educacionais, tiveram com todas essas coisas que lhes machucaram, nos abusos que vocês sofreram e a falta de respeito mostrada pelas suas identidades, suas culturas e seus valores espirituais”, o Papa complementou. 

    Após o pedido de desculpas, líderes das delegações indígenas exigiram também pela devolução de artefatos indígenas, liberação de documentos dos internatos, rescisão de doutrinas coloniais e compensações em pagamento por parte da Igreja Católica.

    Em entrevista à agência de notícias Reuters, Saa Hiil Thut, um dos sobreviventes do horror e abuso vivido em um dos internatos, diz que o discurso do Papa foi “um bom primeiro passo”, porém completou que “poderiam ser palavras vazias. Se Jesus viesse ao planeta agora ele os pediria que consertassem isso.” 

    Em maio e junho de 2021, foram encontradas ao todo 1.148 sepulturas de crianças indígenas não identificadas que residiam em internatos nas províncias de Colúmbia Britânica e Saskatchewan. A descoberta feita pela Federação de Nações Indígenas Soberanas, além de chocante, também confirmou a série de abusos físicos e sexuais, maus tratos, desnutrição, solidão e expropriação de suas culturas e famílias que mais de 150 mil crianças indígenas sofreram nesses internatos entre os anos de 1831 e 1996 no Canadá. 

Referências

PAPERNY, Anna Mehler. Indigenous groups in Canada announces discovery of hundreds of unmarked graves. Reuters, 23 de jun. de 2021. Disponível em: <https://www.reuters.com/world/americas/indigenous-group-canada-announces-discovery- hundreds-unmarked-graves-2021-06-23/>. Acesso em: 6 de abr. de 2022.

PAPERNY, Anna Mehler. After Pope's Apology, Canada's indignous survivors want compensation, records. Reuters, 4 de abr. de 2022. Disponível em: <https://www.reuters.com/world/americas/after-popes-apology-canadas-indigenous- survivors-want-compensation-records-2022-04-04/>. Acesso em: 6 de abr. de 2022.

POPE Francis apologizes to Canada’s Indigenous Peoples. Vatican News, Vaticano, 1 de abr. de 2022. Disponível em: <https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2022-04/pope- francis-meets-with-canadian-indigenous-peoples.html>. Acesso em: 6 de abr. de 2022. 

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Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 16/05 a 22/05

Por Manuela Paola

• China

    Exploradores descobriram, nesta semana, uma floresta escondida na região de Guangxi, na China, dentro de uma espécie de caverna (sinkhole, em inglês). Cientistas do Instituto de Geologia de Karst investigaram o local e constataram que há uma floresta primitiva - bem preservada - com árvores que alcançam 40 metros de altura. 

   Chen Lixin, cientista que liderou a expedição até a floresta recém-descoberta, contou que há possibilidade da existência de diversas espécies ainda não conhecidas pela ciência. Mesmo com diversas formações similares, essa caverna é rara, uma vez que é profunda, mas também permite a entrada de luz, possibilitando o crescimento das árvores.

• França

    O célebre festival internacional de cinema de Cannes, na Riviera Francesa, recebeu diversos protestos, além da exibição dos filmes e o glamour do red carpet. No domingo, sexto dia do festival, um grupo de 12 mulheres invadiu a premiere do filme Holy Spider, que conta a história do assassinato em série de mulheres no Irã. 

    As mulheres, que fazem parte do grupo feminista identificado como Les Coulleses, carregava um lista com o nome de 129 mulheres que morreram na França desde a última edição do festival. O protesto não foi interrompido pela segurança do local.

    Além deste ato, outro aconteceu na sexta-feira (20). Uma mulher invadiu o tapete vermelho, dessa vez na exibição de Three Thousand Years of Longing, para protestar contra a violência sexual sofrida na Ucrânia pelas mãos do exército russo. A manifestante tirou o vestido que usava para revelar o corpo pintado com a bandeira da Ucrânia e a frase "parem de nos estuprar" escritas em inglês.

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• Austrália

    Anthony Albanese, do Partido Trabalhista, é o novo primeiro-ministro da Austrália, após nove anos de governo da coalizão conservadora Liberal-Nacional, liderada por Scott Morrison. Albanese, em seu discurso de vitória, falou sobre as mudanças que pretende implementar no que diz respeito às políticas climáticas da Austrália. O país vem sofrendo com enchentes e incêndios, além de ser a nação com um dos maiores índices de emissão entre os países ricos. O primeiro-ministro afirmou que o país pode "aproveitar a oportunidade para se tornar uma superpotência em energia renovável".

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• Suíça

    A 51ª edição do Fórum Econômico Mundial de Davos começou neste domingo (22), após dois anos sem encontros presenciais. A última reunião do Fórum aconteceu no início de 2020, antes do anúncio da pandemia e de uma guerra que hoje faz parte dos dias dos europeus. 

    A Rússia, pela primeira vez desde o fim da URSS, não participará do encontro, uma vez que foi banida após a invasão da Ucrânia. Volodymyr Zelenski, por outro lado, fará o discurso de abertura de forma remota, mas o Fórum contará com a presença de representantes ucranianos, liderados pelo ministro das Relações Exteriores Dmytro Kuleba, para discutir a reconstrução da Ucrânia. O custo, baseado apenas em infraestrutura, ultrapassa os US$4 milhões.

    Além do debate acerca do conflito entre Rússia e Ucrânia, o evento pretende discutir tanto mudanças climáticas quanto a ainda presente pandemia do Covid-19 e seus desdobramentos.

• Reino Unido

    A ATP e a WTA, associações masculinas e femininas do tênis mundial, declararam que os pontos conquistados no Torneio de Wimbledon, um dos quatro slams que compõem os principais torneios de tênis, não serão válidos no ranking das organizações, tornando a competição em, basicamente, um torneio de exibição. O motivo dessa decisão veio da proibição que Wimbledon impôs a atletas russos e bielo-russos de disputarem o torneio, mais uma de muitas sanções esportivas que afetaram inúmeros esportistas desses países.

O tenista Daniil Medvedev no Torneio de Wimbledon de 2021. Foto: The new York Times

    O tenista russo número 2 do mundo, Daniil Medvedev, pode conquistar a primeira posição após a decisão da ATP, já que o atual campeão e número 1 do mundo, Novak Djokovic, não defenderá os pontos do torneio neste ano. 

Referências

ANCIENT forest found at bottom of huge sinkhole in China. The Guardian. 20 mai. 2022. Disponível em: https://www.theguardian.com/environment/2022/may/20/ancient-forest-found-bottom-huge-sinkhole-china-guangxi?CMP=twt_a-environment_b-gdneco.

GROUP invades Cannes red carpet to highlight violence towards women. The Guardian. 22 mai. 2022. Disponível em: https://www.theguardian.com/film/2022/may/22/group-invades-cannes-red-carpet-to-highlight-violence-towards-women.

NOVO premiê promete fazer da Austrália uma superpotência em energia renovável.  22 mai. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/22/novo-premie-promete-fazer-da-australia-uma-superpotencia-em-energia-renovavel.ghtml.

APÓS dois anos, Fórum Econômico Mundial começa em Davos com desafio de reconstrução da Ucrânia e Rússia banida. G1. 22 mai. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/22/apos-dois-anos-forum-economico-mundial-comeca-em-davos-com-desafio-de-reconstrucao-da-ucrania-e-russia-banida.ghtml.

Tennis Tours Penalize Wimbledon Over Ban on Russian Players. The New York Times. 20 mai. 2022. Disponível em: https://www.nytimes.com/2022/05/20/sports/tennis/wimbledon-russia-ukraine-atp.html.

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CÁTEDRA: Crise humanitária e imigratória - reflexões sobre a chegada de imigrantes ucranianos no Brasil

Um soldado acompanha uma criança enquanto refugiados da Ucrânia chegam a uma estação de trem em 27 de fevereiro de 2022, em Przemysl, Polônia. (Czarek Sokolowski/Associated Press) 

Por Vítor Isac Gomes*

    Duas das questões mais complexas que vem como consequência de qualquer conflito é a crise humanitária e imigratória. Entre os anos de 2014 e 2015, o velho continente passou por momentos de elevadas taxas de imigrantes vindos principalmente da África e Oriente Médio, mas este momento não se compara ao atual conflito entre Rússia e Ucrânia envolvendo a OTAN. 

    A comunidade internacional testemunha um momento de alta tensão no leste europeu com números alarmantes. A Organização das Nações Unidas calcula que ao todo 5,2 milhões de ucranianos já tiveram de fugir do território em direção à países fronteiriços, principalmente a Polônia, Hungria e Moldávia. Ainda segundo a ONU, este ano o número de imigrantes pode chegar até 8,3 milhões. Isso só reforça a importância que a União Europeia terá na gestão dessas pessoas e como lidará com isso no curto e médio prazo. 

    Por outro lado, o Brasil vem ganhando destaque no acolhimento desses imigrantes na América do Sul. Segundo a Polícia Federal, pouco mais de 1.100 ucranianos chegaram ao Brasil, e de acordo com o ministério das relações exteriores, 141 vistos humanitários já foram concedidos. Grande parte dos imigrantes recém-chegados são direcionados à cidade de Prudentópolis - PR, que detém a maior comunidade ucraniana do Brasil, recebendo apoio e acolhimento de outros ucranianos pré-estabelecidos lá. Organizações religiosas, filantrópicas e não governamentais, como a ACNUR, também contribuem arrecadando doações e orientando-os. 

    É importante destacar três pontos principais de reflexão sobre a chegada desses imigrantes ao Brasil. O primeiro é a adaptação em relação à cultura e idioma e como isso se dará ao longo do tempo, visto as grandes diferenças estruturais no processo de formação da identidade cultural ucraniana. O segundo é a realocação ao mercado de trabalho, principalmente das mulheres, já que homens entre 18 e 60 anos foram orientados a ficarem no país para servirem na guerra, o que leva ao terceiro último ponto que diz respeito aos familiares que continuam na Ucrânia ou tiveram de se separar lidando com a distância e o medo de não terem outra oportunidade de reencontro com suas famílias. 

    Na atual conjuntura, o conflito ainda não dá sinais de um desfecho. Pelo contrário, as incursões continuarão severas com a Rússia controlando regiões separatistas ao leste, e a Ucrânia no controle do restante do território. Enquanto as tensões persistirem, pessoas continuarão morrendo no campo de batalha e outras centenas de milhares irão fugir para outros países em busca de uma vida mais estável. Que o Brasil possa continuar a ser destaque na América do Sul e atuar como âncora desses imigrantes acolhendo-os nesse momento crucial. 

*Vítor faz parte da Cátedra Sérgio Vieira de Mello - UniCuritiba e escreveu o presente texto através da parceria entre o Internacionalize-se e a CSVM.

Referências

Nações Unidas no Brasil. Brasil concede 74 vistos humanitários e 62 autorizações de residência a ucranianos. 11 abr. 2022. Disponível em: <https://brasil.un.org/pt-br/177363-brasil-concede-74-vistos-humanitarios-e-62-autorizacoes-de-residencia-ucranianos>. 

AFP. Exame. ONU calcula que número de refugiados ucranianos pode alcançar 8,3 milhões. 26 abr. 2022. Disponível em: <https://exame.com/mundo/onu-calcula-que-numero-de-refugiados-ucranianos-pode-alcancar-83-milhoes/>. 

SCARPINELLI, Lujan. Uol notícias. Refugiados ucranianos se adaptam ao Brasil: 'Nos sentimos bem e seguros'. 10 mai. 2022. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2022/05/10/refugiados-ucranianos-no-brasil.htm>. 

BBC News Brasil. Brasil concede 74 vistos a ucranianos afetados pela guerra. 11 abr. 2022. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61061309>. 

FIGUEIREDO, Carolina. OSORIO, Pedro. TORTELLA, Tiago. CNN, Brasil. Mais de 1.100 ucranianos desembarcaram no Brasil desde o início da guerra, diz PF. 22 mar. 2022. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/mais-de-1-100-ucranianos-desembarcaram-no-brasil-desde-o-inicio-da-guerra-diz-pf/>. 

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Shireen Abu Akleh, jornalista palestina, é assassinada em Israel

Por Vinícius Canabrava*

    

    Shireen Abu Akleh era uma repórter do jornal Al Jazeera que foi assassinada aos 51 anos no dia 11/05/2022. Abu Akleh nasceu na palestina e se formou em jornalismo na Jordânia. Desde de o início de sua carreira, a jornalista sempre deixou claro sua ambição de mudar a realidade e de “levar a voz palestina para o mundo”. 

    Com um extenso histórico de ativismo pela causa palestina, a repórter participou na cobertura dos mais trágicos eventos e sempre expunha para o as atrocidades cometidas por sionistas. Por mais de 20 anos, Abu Akleh noticiou os abusos de violência cometidos por Israel na Palestina ocupada, tornando-se uma das figuras mais importante na mídia sobre o assunto. De acordo com Mezna Qato, historiadora da Universidade de Cambridge, “foi ela quem forçou o mundo árabe a lembrar, enfrentar e levar a sério o que significa se desvincular da questão da Palestina”. 

    Na quarta-feira, 11/05, Abu Akleh e outros 4 jornalistas, estavam na cidade de Jenin, onde as Forças de Defesa de Israel estavam expulsando palestinos de suas casas. Noticiando de mais de 30 metros de distância, os repórteres se abrigaram assim que escutaram os sons de tiros, mas já era tarde. Abu Akleh havia levado um tiro na cabeça, enquanto seu produtor recebeu outro nas costas. Mesmo após a tragédia, autoridades militares israelenses ainda afirmaram que jornalistas estão armados com câmeras, comparando a violência militar com o papel cívico dos repórteres. 

Imagem: CNN

    Uma investigação está em andamento para encontrar o responsável pelo tiro. Ainda assim, estima-se que desde 2000, 50 jornalistas palestinos tenham sido assassinados por Israel. Esse tipo de ataque é extremamente grave, uma vez que silencia a voz dos milhões de palestinos e viola a liberdade de imprensa. Pouco a pouco, os anseios imperialistas de Israel se concretizam e, dessa maneira, não haverá ninguém para denunciar o Estado de Apartheid. 

    Com a morte de Abu Akleh, milhares de palestinos foram para Jerusalém para prestar respeito no funeral da jornalista. Israel demandou que nenhuma bandeira da Palestina fosse hasteada e nem vista na procissão fúnebre. Até neste momento de luto, combatentes israelenses estavam prontos para violência, agredindo, prendendo e espancando palestinos que estavam no local para homenagear a jornalista. 

    Em momentos como esse, a arte se faz crucial. Sliman Mansour, um grande pintor palestino, conseguiu representar o sentimento de angústia, mas também força dos palestinos, que apesar de tanta repressão mantém vivo seus costumes religiosos e culturais. 

Ritual under occupation, 1989, Silman Mansour

    Na obra acima, intitulada “Rituais Sob Ocupação” de 1989, Mansour, evidencia a coragem dos palestinos. Sob o constante medo e opressão, torna-se um ato de resistência sair as ruas e celebrar a Palestina. Até mesmo funerais tornam-se momentos de luta e força e provam que nem mesmo as ações mais cruéis de Israel servirão para silenciar a luta palestina. 

    Por fim, é necessário esperar que as investigações encontrem o responsável e que este seja penalizado. Da mesma forma, o legado de Abu Akleh, agora, fica eternizado e a jornalista se torna uma referência e inspiração no mundo pela defesa da Palestina. 

Shireen Abu Akleh

*Vinícius é estudante do curso de Relações Internacionais do UniCuritiba.

Referências

REALS, Tucker. Violence erupts at Shireen Abu Akleh’s funeral in Jerusalem as Israeli forces confront Palestinian mourners. Disponível em: <https://www.cbsnews.com/news/shireen-abu-akleh-al-jazeera-journalist-funeral -jerusalem-clashes-israel/>. Acesso em: 13 maio 2022.

Quién era Shireen Abu Akleh, la periodista asesinada “a sangre fría” por las fuerzas israelíes, según Qatar. Disponível em: <https://larepublica.pe/mundo/2022/05/11/shireen-abu-akleh-quien-era-la-period ista-asesinada-por-las-fuerzas-israelies-palestina-guerra-al-jazeera/>. Acesso em: 13 maio 2022.

GUYER, Jonathan. The killing of Palestinian-American journalist Shireen Abu Akleh, explained. Disponível em: <https://www.vox.com/2022/5/11/23067365/shireen-abu-akleh-palestinian-journ alist-killed-israel>. Acesso em: 17 maio 2022.

Al Jazeera’s Shireen Abu Akleh is killed while reporting on an Israeli raid . NPR.org 11 maio 2022 Disponível em: <https://www.npr.org/2022/05/11/1098157067/al-jazeera-shireen-abu-akleh-kille d-israel>. 

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Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 09/05 a 15/05

Por Leonardo Fontana

• Argentina

    Nesta semana, a Argentina aceitou o convite chinês para participar da Cúpula do BRICS, que acontecerá em junho. O convite, enviado pelo presidente chinês Xi Jinping, inclui a participação na cúpula e também na reunião de chanceleres do BRICS, que deve ocorrer na próxima semana. Devido às medidas contra o covid na China, ambas deverão ser feitas no modelo virtual. 

    Apesar do convite demonstrar uma vitória diplomática para o vizinho brasileiro, não demonstra necessariamente que o país possa estar próximo de se tornar um integrante do grupo visto que já houveram participações de outros países em cúpulas passadas. 

    O governo argentino, liderado por Alberto Fernandez, tem feito grandes esforços em prol da aproximação econômica e política com a China, formalizando em visita a Pequim em fevereiro a adesão argentina à iniciativa da nova rota da seda, iniciativa "cinturão e rota''. 

Alberto Fernandéz ao lado de Xi Jiinping durante a viagem a Pequim em fevereiro.

• China

    Nesta terça-feira (10), o diretor da OMS Tedros Adhanom criticou publicamente a política de “covid zero” que vem sendo aplicada na China, afirmando serem insustentáveis os ordenamentos de quarentenas e confinamentos extensos e duradouros enquanto apenas alguns casos são detectados. O lockdown já está ativo desde o início de abril, somando em torno de 7 semanas, durante o maior surto de covid na china desde o início da pandemia. 

    O governo chinês, por sua vez, censurou as mídias e redes sociais na tentativa de frear a propagação da declaração. Na plataforma Weibo, muito usada na China, as hashtags #Tedros e #OMS não apresentaram resultados e na rede social WeChat os usuários foram impossibilitados de republicar ou transferir publicações da conta oficial da ONU. 

• Coreia do Norte

    Nesta semana, a Coreia do Norte declarou pela primeira vez desde o início da pandemia um surto de Covid-19. Nesta sexta-feira (13) o país anunciou a primeira morte por Covid no país e já no sábado foram registradas ao menos 21 mortes, suspeitas de Covid, de pacientes que apresentaram quadro de febre. 

    O líder Kim Jong-un reconheceu o acontecimento como um grande desastre e ordenou um confinamento no país. Segundo estatísticas oficiais, mais de 288 mil pessoas estão em isolamento, suspeitas de infecção. Especialistas acreditam que nenhum dos 25 milhões de habitantes da Coreia do Norte foi vacinado depois da rejeição de doses da OMS, China e Rússia. 

• Finlândia

    O governo finlandês anunciou neste sábado (15) em entrevista coletiva com seu presidente e primeira-ministra que irá se inscrever para aderir à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e o pedido de ingresso será feito durante os próximos dias. De acordo com a primeira-ministra finlandesa, a medida tomada se tornou necessária para garantir a segurança do país após a invasão russa na Ucrânia.

    Esse anúncio determina o fim de décadas de neutralidade da Finlândia e gera grande insegurança internacional por se tratar de um país europeu que possui 1,3 mil quilômetros de fronteira com a Rússia. Putin, em conversa por telefone, afirmou que a entrada da Finlândia na aliança militar seria um erro e já nesta sexta-feira (14), a Rússia cortou o fornecimento de eletricidade ao país após problemas com pagamentos. 

Primeira-ministra Sanna Marin e o presidente da Finlândia Sauli Niinisto em entrevista coletiva. Imagem: Heikki Saukkomma/Lehtikuva/Reuteurs

• Ucrânia

    Neste domingo, em Kiev, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky recebeu uma delegação de parlamentares dos EUA, incluindo o chefe da minoria republicana no senado americano Mitch McConnell e vários senadores republicanos. Zelensky declarou durante a reunião que agradece a liderança dos EUA no apoio à Ucrânia e espera o mesmo apoio nas novas sanções contra a Rússia. Em adição, declarou que acredita que a Rússia deve ser oficialmente reconhecida como um Estado patrocinador do terrorismo.

    Com relação ao apoio americano, nesta terça-feira, o congresso dos EUA avançou em uma etapa para o desbloqueio de 40 bilhões de dólares para a Ucrânia, que ainda deve ser aprovada pelo senado.

Foto: UKRANIAN PRESIDENTIAL PRESS-SERVICE/AFP

Referências

“Volodymyr Zelensky se reúne em Kiev com parlamentares dos EUA”. G1, https://g1.globo.com/mundo/ucrania-russia/noticia/2022/05/14/volodymyr-zelensky-se-reune- em-kiev-com-parlamentares-dos-eua.ghtml. Acessado 16 de maio de 2022. 

“Coreia do Norte registra 21 mortes suspeitas em meio a surto de Covid-19”. G1, https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/13/coreia-do-norte-registra-21-mortes-suspeitas -em-meio-a-surto-de-covid-19.ghtml. Acessado 16 de maio de 2022. 

"Finlândia anuncia inscrição para entrada na Otan; Suécia debate adesão." https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/05/15/finlandia-entrada-otan.htm. Acessado 16 de maio de 2022. 

“China convida Argentina para cúpula do Brics”. Marcelo Ninio - O Globo, https://blogs.oglobo.globo.com/marcelo-ninio/post/china-convida-argentina-para-cupula-do-b rics.html. Acessado 16 de maio de 2022.

“China censura críticas da OMS sobre política de ‘Covid zero’”. G1, https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/11/china-censura-criticas-da-oms-sobre-politica- de-covid-zero.ghtml. Acessado 16 de maio de 2022. 

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Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 02/05 a 09/05

Por Maria Letícia Cornassini

• Rússia x Ucrânia

    A Guerra entre Rússia e Ucrânia já escala para seu 75º dia e até o momento, as negociações para sua cessação com o presidente russo, Vladimir Putin, mostram-se infrutíferas. No sábado, o presidente ucraniano, Zelensky, afirmou que para que as nações possam firmar qualquer tipo de acordo de paz, a Rússia deveria recuar das posições que vinham sustentando desde antes da invasão, em especial, o presidente frisou a necessidade de devolução dos territórios ocupados pelos russos desde o início da invasão. 

    Ainda, desde sexta-feira (06/05) a siderúrgica Azovstal, em Mariupol, vem sendo evacuada, já que a Rússia aumentou as investidas contra a cidade. O fato de maior preocupação, contudo, era que a Rússia fosse valer-se da importância do dia 9 de maio para o país e formalmente declarar guerra contra a Ucrânia. Isto porque, neste dia, celebra-se o Dia da Vitória, em comemoração à vitória sobre a Alemanha nazista. Desde que assumiu o poder, Putin utiliza a data para promover desfiles militares e demonstrar a forca das tropas russas, motivo pelo qual a data causava preocupação. 

• Cuba

    Na sexta-feira, dia 06/05, Cuba foi assolada por uma explosão em um dos hotéis mais luxuosos de sua capital, Havana. A explosão aconteceu no hotel Saratoga e deixou ao menos 22 pessoas mortas e outras 13 desaparecidas. Ao que apontam as investigações, a explosão foi causada por um vazamento e gás, mas o acidente serviu para causar percalços à cidade e bloquear algumas vias da principal cidade cubana. 

• Estados Unidos da América

    Os Estados Unidos vêm passando por diversas crises políticas internas e esta semana, ganhou repercussão geral o fato de a Suprema Corte Norte-americana possuir intenção de anular a decisão Roe v. Wade, que estabeleceu como direito constitucional a realização do aborto. Com a anulação da decisão, passaria a ser decisão de competência exclusiva de cada Estado norte-americano a legalidade ou não do aborto, de modo que muitos passariam a aboli-lo. Todavia, a decisão da Corte ainda não é a definitiva, esta, esperada que anunciada no final de junho, mas ativistas anti e pró aborto já iniciaram diversas campanhas de lobby. 

• Afeganistão

    A tomada de poder do Afeganistão pelo grupo terrorista Taliban causou, desde o início, grave preocupação relativa às mulheres afegãs. Isto porque, em que pese os avanços e conquistas das mulheres do país, o grupo logo obstou os direitos femininos alcançados, dilacerando os esforços realizados até então. Após ditar que mulheres não poderiam mais estudar ou trabalhar, além de ditar que deveriam sempre estar acompanhadas de um homem quando andando nas ruas, o Taliban passou a impor nova regra, sob a qual todas as mulheres afegãs devem andar nas ruas com os rostos cobertos, utilizando um hijab. Além da óbvia problemática, a nova restrição causa ainda mais transtorno, já que na eventualidade de descumprimento, o homem guardião receberá um aviso e poderá ser posteriormente preso. 

• Venezuela e Brasil

    Esta semana, o Brasil foi motivo de destaque na mídia, com o anúncio da pré-candidatura do ex-Presidente Lula às eleições presidenciais deste ano. A mídia internacional deu ampla cobertura a seu anuncio e destacou a polaridade eleitoral que ocorre desde janeiro no país.

    Além das notícias presidenciais, o Brasil virou manchete neste dia das mães. Isto porque é crescente a dificuldade de mães solos venezuelanas em estabelecerem-se no país. Apesar de auxílio de organizações como a “Ven, tú puedes”, os índices de integração de imigrantes na comunidade brasileira ainda não são os melhores. De acordo com o ACNUR, mulheres representam 54% da população venezuelana em abrigos de Roraima. A problemática se torna ainda mais latente quando se constata que o índice de desemprego entre mulheres imigrantes é expressivamente maior que entre os homens (34%, para 28%, respectivamente). 

Referências

GUERRA na Ucrânia: por que o Dia da Vitória, em 9 de maio, é tão importante para a Rússia. BBC. 8 maio 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61358320.

RUSSIA nega intenção de declarar formalmente guerra contra Ucrânia em 9 de maio. BBC. 5 maio 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61331622.

RUSSIA-UKRAINE war: list of key events, day 74. AlJazeera. 8 maio 2022. Disponível em: <https://www.aljazeera.com/news/2022/5/8/russia-ukraine-war-list-of-key-events -day-74>.

RÚSSIA precisa devolver territórios: a condicao de Zelensky para negociar paz na Ucrânia. BBC. 7 maio 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61362351.

O QUE se sabe sobre a explosão que matou 22 pessoas em Havana. BBC. 6 maio 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61358661.

AFGHAN women deplore Taliban’s new order to cover faces in public. AlJazeera. 8 maio 2022. Disponível em: https://www.aljazeera.com/news/2022/5/8/taliban-make-burqa-mandatory-for-af ghan-women.

THESE States are set to ban abortion if Roe v. Wade is Overturned. Time Magazine. 3 maio 2022. Disponível em: https://time.com/6173196/abortion-trigger-laws-bans-roe-v-wade/.

LULA falters as former Brazil presidente prepares to launch re-election bid. Financial Times. 6 maio 2022. Disponível em: https://www.ft.com/content/f9fa1223-2645-433b-bf16-d564926e1d3b.

TUDO por eles: mães solteiras venezuelanas enfrentam saga da migração em busca de vida melhor para filhos. BBC. 8 maio 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61358998.

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