Mostrando postagens com marcador Fronteiras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fronteiras. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Volta ao Mundo em 7 Dias - Notícias de 11/10 a 17/10

  • Rússia
    A Rússia chegou à marca, em um único dia, de mil mortos pelo coronavírus neste sábado (16), pela primeira vez desde o início da pandemia. A vacinação no país não caminha tão bem quanto em outros países: apenas 31% da população está vacinada, de acordo com o Our World in Data. Isso se deve ao fato de que grande parte dos russos ainda se recusa a tomar o imunizante, por conta de uma desconfiança generalizada em relação à vacina Sputnik V. Além disso, a disseminação de fake news e desinformação contribui fortemente para o atraso da imunização no país. 
Rússia ultrapassa a marca de mil mortes por covid-19 em um único dia. Foto: Reuters
  • Síria
    Os representantes da oposição e do regime sírio se encontraram em Genebra neste domingo (17) para discutir a reforma constitucional que foi iniciada há dois anos. Geir Pedersen, diplomata noruguês enviado da ONU para Síria, afirmou que os dois representantes estão de acordo em iniciar o processo de elaboração da reforma constitucional no país. No entanto, a crise humanitária na Síria é um fator preocupante. De acordo com o diplomata, mais de 13 milhões de sírios precisam de ajuda humanitária e quase 90% vive abaixo da linha da pobreza. Ainda que o encontro seja um passo importante na história do país, é insuficiente para resolver a crise. 
Bandeira da ONU. Imagem: Denis Balibouse/Reuters
  • Reino Unido
    Na última sexta-feira (15), um deputado britânico foi assassinado em Essex. O político, David Amess do Partido Conservador, foi atacado durante um encontro com eleitores em uma igreja metodista. A polícia prendeu um suspeito e acredita que a agressão foi um "incidente terrorista" com "possível motivação ligada ao extremismo islâmico." O ataque a Amess reviveu a lembrança da morte de Jo Cox, deputada trabalhista que foi morta a tiro e facadas em 2016, próximo ao plebiscito do Brexit. 
    A Ministra do Interior do Reino Unido tem planos de aumentar a proteção aos parlamentares após o ataque de sexta-feira. 
David Amess. Reprodução/BBC
  • EUA
    A partir de 8 de novembro, pessoas vacinadas contra a Covid-19 poderão entrar nos Estados Unidos sem mais restrições. A medida foi anunciada na sexta-feira (15) e vale para todos os países, inclusive o Brasil. Atualmente, o sistema ainda não permite voos de alguns países ou impõe a quarentena antes do ingresso no país. Ainda será necessário apresentar comprovante de vacinação de imunizantes disponíveis nos EUA ou aprovados pela Organização Mundial da Saúde, além do teste negativo de Covid-19 feito até 3 dias antes do embarque. 
Fila de acesso à área de segurança do aeroporto internacional de Denver, nos EUA, em 16 de junho de 2021 — Foto: David Zalubowski/AP/Arquivo
  • Haiti
    Neste sábado (16), 17 pessoas foram sequestradas na capital do Haiti, Porto Príncipe. O grupo, composto por famílias missionárias dos Estados Unidos, estava saindo de um orfanato quando foi sequestrado por uma gangue local, de acordo com a AFP (Agence France-Presse). O grupo estava construindo um orfanato e o diretor da missão estava trabalhando junto com a embaixada norte-americana no país. 

Referências
RÚSSIA ultrapassa mil mortes por covid-19 em um dia: por que o país da Sputnik V tem tão poucos vacinados. BBC Brasil. 16 out. 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58942891.
SÍRIA: oposição e regime realizam 1o negociação sobre Constituição. UOL. 17 out. 2021. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2021/10/17/siria-oposicao-e-regime-re alizam-1-negociacao-sobre-constituicao.htm.
POLÍCIA diz que assassinato de parlamentar britânico foi 'incidente terrorista'. BBC Brasil. 15 out. 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58933199.
MORRE deputado conservador esfaqueado 'várias vezes' durante reunião em igreja. UOL. 15 out. 2021. Diponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2021/10/15/deputado-conservador-e -esfaqueado-no-reino-unido.htm.
REINO Unido quer aumentar proteção de parlamentares após assassinato de político. UOL. 17 out. 2021. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2021/10/17/reino-unido-quer-aumenta r-protecao-de-parlamentares-apos-assassinato-de-politico.htm.
VACINADOS contra a Covid entrarão nos EUA sem restrições a partir de 8 de novembro, diz Casa Branca, G1. 15 out. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/10/15/vacinados-contra-a-covid-entrarao-n os-eua-sem-restricoes-a-partir-de-8-de-novembro-diz-casa-branca.ghtml.
17 US missionaries, including children, kidnapped in Haiti. Al Jazeera. 17 out. 2021. Disponível em: https://www.aljazeera.com/news/2021/10/17/17-us-missionaries-including-children-ki dnapped-in-haiti

 

Leia Mais ››

domingo, 30 de agosto de 2020

“Love is not tourism”: O movimento para flexibilizar fronteiras e reunir casais pelo mundo



Com a pandemia do Coronavírus, as fronteiras ao redor do mundo foram fechadas, gerando diversas consequências e transtornos para todos. Entre essas consequências, os casais de diferentes nacionalidades, que não são casados formalmente, também foram muito afetados. A limitação de viagens e fronteiras separou muitos casais, que se viram impossibilitados de reencontrar seus companheiros e tiveram suas histórias de amor interrompidas.

Procurando unir e dar força à essas pessoas, surgiu nas redes sociais o movimento global “Love is essential” ou também “Love is not tourism”, por meio deste muitos casais estão compartilhando suas histórias e procurando instruções de como agir perante tal situação, para que consigam viajar durante a pandemia e se reencontrar.

Esse movimento procura mobilizar também os governos através do mundo, para que possibilitem a entrada de estrangeiros que tenham um relacionamento estável não-oficial com um residente do país. “Love is not tourism” pede pela liberação de “viagens por amor”, faz petições e coleta dados, a fim de que todos tenham acesso à informação e saibam como a iniciativa está evoluindo e unindo casais pelo mundo. O movimento busca conscientizar que o momento em que estamos vivendo é de extremo cuidado e restrições, no entanto enfatiza que o amor e relações afetivas são de grande importância e devem ser tratadas de tal maneira, essas viagens por amor não devem ser tratadas como turismo.

No começo de agosto, a Comissão Europeia aderiu a campanha e solicitou que os países europeus permitissem a entrada de casais de residentes na região. Países como Alemanha, Suíça, França, Holanda e Dinamarca já autorizaram as “viagens por amor” e é esperado que mais países se juntem ao movimento no decorrer do ano. Essas concessões são cedidas a partir um protocolo de segurança e de saúde pública, estabelecido pelos próprios países, e deverão ser respeitadas rigorosamente pelo viajante. Na maior parte dos casos é requisitado comprovação do relacionamento estável, documentos para ingresso no país, que seja efetuado testes para Covid-19, o resultado negativo do teste e que seja feito um isolamento de 14 dias após entrar no país. 

    Casais que estão nessa situação e desejam se reencontrar deverão usar as redes do movimento para se informar mais sobre o procedimento e procurar o consulado mais próximo, com todos os documentos necessários, para dar início ao processo de visto e liberação.

 

 

Referências:

 

TIDEY, Alice. 'Love is not tourism': EU bids to reunite couples split by coronavirus restrictions. 07/08/2020. Disponível em: https://www.euronews.com/2020/08/07/love-is-not-tourism-eu-bids-to-reunite-couples-split-by-coronavirus-restrictions

 

EURACTIV. ‘Love is not tourism’: hope for couples kept apart by virus. 13/08/2020. Disponível em: https://www.euractiv.com/section/justice-home-affairs/news/love-is-not-tourism-hope-for-couples-kept-apart-by-virus/

 

LUSA. Love is not tourism. Casais separados na pandemia criam movimento global. 02/08/2020. Disponível em: https://www.tsf.pt/mundo/love-is-not-tourism-casais-separados-na-pandemia-criam-movimento-global--12489533.html

Leia Mais ››

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Médicos Sem Fronteiras e a luta transfronteiriça contra o COVID-19


Médicos Sem Fronteiras reconhece casos de abusos sexuais em 2017



Por Maria Letícia Cornassini


A recente pandemia do COVID-19 vem se alastrando pelo mundo nestes últimos meses e, por conta dela, obviamente, aumentaram-se as barreiras de segurança impostas por cada país. Em especial, muitos países optaram pelo fechamento e fronteiras, sejam elas aéreas, terrestres ou marítimas. Mas, se por um lado o fechamento destas fronteiras serve como medida para retardar a disseminação do vírus, por outro, jogou um holofote para os problemas que vinham acontecendo às margens dos Estados. O que faz um migrante que ficou preso entre fronteiras, como acontece no México? Ou o que acontece com os refugiados da guerra na Síria? Como essa parcela da população mundial consegue adotar medidas e cuidados para o combate do vírus, quando há barreiras fronteiriças impostas a eles? 

     Nestas situações, a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF), em uma atuação quase que solitária, figura como ente de combate ao COVID-19 e tenta lidar com os efeitos da pandemia em comunidades carentes, acampamentos de refugiados e zonas de guerra. A organização Médicos Sem Fronteiras teve sua origem em 1971, com o intuito de prestar assistência médica e humanitária àqueles afetados por conflitos armados, desastres naturais, epidemias e desnutrição. Ainda, a organização francesa recebe 96% de seu orçamento de forma independente, através de doações, e já conta com mais de 45 mil profissionais, espalhados pelo mundo inteiro. Tem como missão, além do auxílio médico humanitário, trazer visibilidade às situações de vulnerabilidade e dificuldade com que se deparam, e que muitas vezes são negligenciadas pela comunidade internacional. 

        Durante a crise imposta pelo COVID-19, o MSF vem atuado através de prioridades que são estabelecidas frente aos diferentes contextos. Em alguns países, a atuação da organização é no sentido de reforçar e proteger os profissionais de saúde da região, além dar continuidade ao combate de doenças que já alastravam os territórios, como por exemplo a malária e o sarampo. Já, em países que já estão lidando com a pandemia de forma mais intensa, a organização aponta que seus esforços são voltados a evitar que se sobrecarreguem os sistemas de saúde. Vale lembrar que, por conta do fechamento das fronteiras, muitos dos profissionais que compõem a organização não conseguem viajar aos países mais afetados para prestar auxílio.

       Através de suas redes sociais, o MSF reporta as atividades sendo feitas mundialmente para controlar a pandemia e prestar auxílio aos mais necessitados. Na Tanzânia, em especial em Nduta, onde a organização é o único serviço de prestação de assistência médica, estão sendo construídas áreas para triagem e isolamento de casos suspeitos. Na Itália, o foco da atuação é frente as parcelas de risco da população, principalmente os idosos –aqui, vale lembrar que o governo italiano chegou a optar por não prestar atendimento critico a pacientes com mais de 80 anos- através do atendimento em casas de repouso e lares de idosos. Na fronteira do México com os Estados Unidos, solicitantes de asilo que vivem em abrigos também dependem dos serviços médicos da organização. Na Espanha, o MSF montou hospitais de campanha para aliviar o sistema de saúde espanhol e na França, atua oferecendo assistência a migrantes e moradores de rua. 

     O MSF traz um enfoque especial ao contexto da pandemia na Guerra da Síria. Isto porque, muitas das medidas de proteção recomendadas não são cabíveis na situação vivida nos acampamentos de refugiados. Sobre a Síria, a organização faz um adendo referente ao sistema de saúde. Por muitos hospitais terem sido afetados nos conflitos armados, o atendimento médico torna-se ainda mais difícil. 

    Em realidade, a pandemia do Coronavírus alastrou o mundo de forma que não se poderia imaginar. Sistemas de saúde de Estados na lista de mais desenvolvidos do mundo não foram capazes de aguentar a demanda imposta pelo vírus. Nestes momentos, esquecemo-nos de parcelas da população mundial que, em situação normal, já passam por crises humanitárias que exigem esforços globais. E é principalmente nestes momentos que o Médicos Sem Fronteira continua fazendo jus à sua máxima, de ação médica acima de tudo, e leva assistência médica às comunidades e parcelas e necessidade, até mesmo quando seus Estados não conseguem. 
    De fato, a organização põe em prática o nome sob qual foi fundado, e transcende fronteiras no combate à pandemia, sempre no intuito de abraçar o mundo. 



Referências:
https://www.msf.org.br/nossa-historia
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/03/17/interna_internacional,1129623/coronavirus-na-italia-vitimas-acima-de-80-anos-serao-deixadas-morrer.shtml
Leia Mais ››