Análise apresentada na disciplina de Análise em Política Externa e Relações Internacionais, ministrada pela Profa Dra Janiffer Zarpelon, do curso de Relações Internacionais do Unicuritiba. As opinões tratadas no artigo não representam a visão da instituição, mas sim dos autor(es).
* Milena
de Sotomayor Barqueiro
Em seu discurso[1], na
Assembléia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, de forma tempestuosa ataca a ONU - e os simpatizantes de suas
iniciativas - pelas duras e obsessivas (segundo ele) investidas contra Israel.
Seus comentários ácidos e constantes e sua interação com as
delegações de forma retórica são grande parte do show que ao longo de 40
minutos compõe. Durante seu momento de fala chama atenção nominalmente aos
órgãos da ONU e o chamado “circo” que opera, a UNESCO, o Conselho de Direitos
Humanos, entre outros, como forma de desacreditar suas resoluções contra Israel
e explicitar a “falta de concretude” por trás delas, cita também ocorridos
mundo afora - a morte se homossexuais no Irã ou atos de guerra na Coreia do
Norte - constante e repetidamente completa as frases dessas mazelas com “isso
ajuda a provar seu caso contra Israel?” quase como uma maneira de fazer parecer
birra de criança, implicância “fútil” quando há inúmeros outros problemas para
focar.
Segundo o orador, o futuro brilhante de Israel na ONU é uma
realidade, atualmente apoiado majoritariamente pelos Estados Unidos. Sua
“dearest friendship” com a maior potência do mundo - novamente, segundo ele - é
citada com direito a pausa dramática e aplausos da delegação americana.
Faz o uso de expressões grandiosas e de impacto: “tudo vai
mudar”, “baixem suas guardas”, “futuro brilhante” e “os palestinos envenenam as
pessoas”, onde após citar todas as áreas onde atualmente seu país prospera
(cyber safety, reciclagem de água e tecnologia) e também alianças que vem
angariando, foca sua atenção na palestina e como essa vem sendo um obstáculo ao
citado futuro brilhante de Israel, com seus ataques terroristas, incentivo a
violência contra israelitas, lavagem cerebral de suas crianças e constante
recusa em reconhecer o único Estado judeu sem qualquer limitação.
Vale citar, como em inúmeras ocasiões este menciona a
palavra “Palestina”, como modo de repetição ao associar estes atos sórdidos que
descreve em listagem, descrevendo um modelo de contraste, da sua perspectiva,
entre um Israel bem conectado e tecnológico, apenas pensando em seu futuro, e
uma Palestina retrógrada que faz de tudo para desacelerar este e manter atos
selvagens funcionando no sistema internacional.
* Milena de Sotomayor Barqueiro é estudante do curso de Relações Internacionais do Unicuritiba.
[1] Discurso realizado no ano de 2016, na 71°
Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova York.
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