segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Acontece no UNICURITIBA: I Congresso RIMA - Relações Internacionais no Mundo Atual







Os dias 22, 23 e 24 de outubro acolheram o primeiro congresso do curso de Relações Internacionais, no UNICURITIBA. O RIMA - Relações Internacionais no Mundo Atual - foi idealizado por Gustavo Blum, egresso e professor da casa. Durante três dias, aconteceram palestras no período da manhã e da noite; à tarde, filmografias, grupos de trabalhos e oficinas, todos relacionados ao tema do congresso: (Geo)políticas da circulação e da contenção.
A instituição recebeu diversos palestrantes de várias instituições brasileiras de ensino, como o Professor Rogério Haesbaert, da Universidade Federal Fluminense, que palestrou sobre “Muros fronteiriços como dispositivo geográficos de segurança e contenção territorial”; a Professora Andréa Doré, da UFPR, no tema “A dominação cercada portuguesa nos tempos da primeira globalização”; da Unicamp, recebemos a Professora Claudete Vitte, que falou sobre a infraestrutura produtiva sul-americana; “A segurança no Atlântico Sul” ficou por conta do Professor Danilo Marcondes, da PUC do Rio de Janeiro; o Professor Ramón Blanco, da UNILA, palestrou sobre “A construção da paz no cenário internacional: da contenção da periferia à normalização dos anormais”; a última palestra do congresso foi da Professora Carolina Moulin Aguiar, da PUC-Rio: “Vidas logísticas, fronteiras humanitárias: gerenciando populações no contexto das circulações Sul-Sul”.
O professor Gustavo, que projetou o evento, contou que o tema do Congresso veio antes da ideia do mesmo. Escutando um Podcast sobre os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial, o pesquisador começou a pensar em eventos que a faculdade pudesse promover em relação ao curso. Então, lembrou que em 2019 completaria 30 anos de idade - curiosamente, a mesma idade do time de futebol Paraná Clube. “[...] embora a fundação do Paraná seja um grande evento da política mundial (rsrs), isso me fez lembrar dos trinta anos da queda do Muro de Berlim, esse evento que nos é tão importante nas Relações Internacionais. [...]”. A partir disso, a temática muros, políticas de contenção e de circulação forçada - que podem envolver muros de Lima, no Peru, que separam a parte rica da parte pobre da cidade, quanto o muro que Donald Trump quer construir na fronteira dos EUA com o México - foi decidida como a discussão principal do Congresso. Além disso, o que motivou o professor a organizá-lo foi o fato de que havia recursos humanos e acadêmicos para a realização do projeto. Portanto, porque não colocar o RIMA na rota nacional de eventos acadêmicos sobre Relações Internacionais?
Mesmo com todas as dificuldades em organizar um evento científico desse porte, como se preocupar com todos os outros participantes (os alunos, professores da casa, grupos de pesquisa e as pessoas que vieram de fora), Gustavo acredita que contribuir com a formação crítica de um conhecimento aprofundado das práticas das Relações Internacionais foi uma das melhores partes desse evento. Uma das muitas lições que o professor tirou do evento foi que o curso de Relações Internacionais pode se tornar um centro de referência no ensino e pesquisa do tema, faltando apenas uma iniciativa de engajamento, sendo o RIMA uma essencial contribuição para que isso ocorra.
O RIMA também objetivava debater a parte prática das Relações Internacionais. Nas palavras de Gustavo, “Falar em prática das RIs não quer dizer falar em profissionalização, que é um debate que tem ocorrido recentemente: não é sobre técnicas que o profissional de RI pode usar para a sua prática cotidiana. [...] queríamos trazer casos e fatos em que as RIs se traduziam em uma realidade vivida pelas pessoas [...]”. Além disso, é de extrema relevância aumentar a visibilidade do tema dentro das RIs.

            Alunos de diversos períodos do curso de Relações Internacionais participaram do staff do evento, para auxiliar na sua organização. Marina Nascimento, do primeiro período, nos disse que participar dessa parte do Congresso foi incrível e que aprendeu muito com o evento. A comunicação e capacidade de trabalhar em equipe, importantes fatores em qualquer área da vida, foram trabalhadas ao longo do evento. “Posso usar como exemplo uma das oficinas que participei, chamada “Peacekeeping Operation”, onde tive a oportunidade única de conversar com uma brasileira que trabalha para a ONU na República Centro-Africana”, conta a acadêmica.
            Tiago Viesba, do oitavo período, que participa do grupo de pesquisa do professor Gustavo - Redes e Poder no Sistema Internacional -, também fez parte da equipe que fez o RIMA acontecer. Para Tiago, a sincronia com a qual todos os professores e alunos envolvidos trabalharam foi essencial para a realização desse evento tão importante. “Nós com certeza fomos levados a ir além da sala de aula e dar nosso melhor com uma oportunidade acadêmica, que começa com uma ideia e termina no Congresso RIMA”.
            O evento, tão esperado pelos alunos e professores, foi uma experiência ótima para adquirir conhecimento e mostrar que o curso de Relações Internacionais e seus professores são essenciais para preparar os alunos para a pesquisa e o debate. O Internacionalize-se espera escrever muitas matérias sobre os próximos Congresso do nosso curso!

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