Os dias 22, 23
e 24 de outubro acolheram o primeiro congresso do curso de Relações
Internacionais, no UNICURITIBA. O RIMA - Relações Internacionais no Mundo Atual
- foi idealizado por Gustavo Blum, egresso e professor da casa. Durante três
dias, aconteceram palestras no período da manhã e da noite; à tarde,
filmografias, grupos de trabalhos e oficinas, todos relacionados ao tema do
congresso: (Geo)políticas da circulação e da contenção.
A instituição
recebeu diversos palestrantes de várias instituições brasileiras de ensino,
como o Professor Rogério Haesbaert, da Universidade Federal Fluminense, que
palestrou sobre “Muros fronteiriços como dispositivo geográficos de segurança e
contenção territorial”; a Professora Andréa Doré, da UFPR, no tema “A dominação
cercada portuguesa nos tempos da primeira globalização”; da Unicamp, recebemos
a Professora Claudete Vitte, que falou sobre a infraestrutura produtiva
sul-americana; “A segurança no Atlântico Sul” ficou por conta do Professor
Danilo Marcondes, da PUC do Rio de Janeiro; o Professor Ramón Blanco, da UNILA,
palestrou sobre “A construção da paz no cenário internacional: da contenção da
periferia à normalização dos anormais”; a última palestra do congresso foi da
Professora Carolina Moulin Aguiar, da PUC-Rio: “Vidas logísticas, fronteiras
humanitárias: gerenciando populações no contexto das circulações Sul-Sul”.
O professor
Gustavo, que projetou o evento, contou que o tema do Congresso veio antes da
ideia do mesmo. Escutando um Podcast sobre os 100 anos do fim da Primeira
Guerra Mundial, o pesquisador começou a pensar em eventos que a faculdade
pudesse promover em relação ao curso. Então, lembrou que em 2019 completaria 30
anos de idade - curiosamente, a mesma idade do time de futebol Paraná Clube.
“[...] embora a fundação do Paraná seja um grande evento da política mundial
(rsrs), isso me fez lembrar dos trinta anos da queda do Muro de Berlim, esse
evento que nos é tão importante nas Relações Internacionais. [...]”. A partir
disso, a temática muros, políticas de contenção e de circulação forçada - que
podem envolver muros de Lima, no Peru, que separam a parte rica da parte pobre
da cidade, quanto o muro que Donald Trump quer construir na fronteira dos EUA
com o México - foi decidida como a discussão principal do Congresso. Além
disso, o que motivou o professor a organizá-lo foi o fato de que havia recursos
humanos e acadêmicos para a realização do projeto. Portanto, porque não colocar
o RIMA na rota nacional de eventos acadêmicos sobre Relações Internacionais?
Mesmo com
todas as dificuldades em organizar um evento científico desse porte, como se
preocupar com todos os outros participantes (os alunos, professores da casa,
grupos de pesquisa e as pessoas que vieram de fora), Gustavo acredita que contribuir com a formação crítica de um
conhecimento aprofundado das práticas das Relações Internacionais foi uma
das melhores partes desse evento. Uma das muitas lições que o professor tirou
do evento foi que o curso de Relações Internacionais pode se tornar um centro
de referência no ensino e pesquisa do tema, faltando apenas uma iniciativa de
engajamento, sendo o RIMA uma essencial contribuição para que isso ocorra.
O RIMA também
objetivava debater a parte prática das Relações Internacionais. Nas palavras de
Gustavo, “Falar em prática das RIs não quer dizer falar em profissionalização,
que é um debate que tem ocorrido recentemente: não é sobre técnicas que o
profissional de RI pode usar para a sua prática cotidiana. [...] queríamos
trazer casos e fatos em que as RIs se traduziam em uma realidade vivida pelas
pessoas [...]”. Além disso, é de extrema relevância aumentar a visibilidade do
tema dentro das RIs.
Alunos
de diversos períodos do curso de Relações Internacionais participaram do staff do evento, para auxiliar na sua
organização. Marina Nascimento, do primeiro período, nos disse que participar
dessa parte do Congresso foi incrível e que aprendeu muito com o evento. A
comunicação e capacidade de trabalhar em equipe, importantes fatores em
qualquer área da vida, foram trabalhadas ao longo do evento. “Posso usar como
exemplo uma das oficinas que participei, chamada “Peacekeeping Operation”, onde
tive a oportunidade única de conversar com uma brasileira que trabalha para a
ONU na República Centro-Africana”, conta a acadêmica.
Tiago
Viesba, do oitavo período, que participa do grupo de pesquisa do professor
Gustavo - Redes e Poder no Sistema Internacional -, também fez parte da equipe
que fez o RIMA acontecer. Para Tiago, a sincronia com a qual todos os
professores e alunos envolvidos trabalharam foi essencial para a realização
desse evento tão importante. “Nós com certeza fomos levados a ir além da sala
de aula e dar nosso melhor com uma oportunidade acadêmica, que começa com uma
ideia e termina no Congresso RIMA”.
O
evento, tão esperado pelos alunos e professores, foi uma experiência ótima para
adquirir conhecimento e mostrar que o curso de Relações Internacionais e seus
professores são essenciais para preparar os alunos para a pesquisa e o debate.
O Internacionalize-se espera escrever muitas matérias sobre os próximos
Congresso do nosso curso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário