POR ONDE
ANDA: Bárbara Marin, mestranda na Universidade de Tsukuba, no Japão
Nome
Completo: Bárbara Marin
Ano de
ingresso no curso de Relações Internacionais:
2012
Ano de
conclusão do curso de Relações Internacionais: 2016
Ocupação atual: Mestranda em Sport and Olympic Studies na
Universidade de Tsukuba, Japão
Blog Internacionalize-se: Conte-nos um pouco sobre sua
trajetória profissional.
Bárbara: Depois de formada em Relações Internacionais,
trabalhei no Consulado Geral do Japão em Curitiba, eu era responsável pela
atuação do Programa de Assistência a Projetos Comunitários no sul do Brasil -
esse programa é do governo japonês e oferece doações a projetos comunitários em
países em desenvolvimento. Enquanto trabalhava para o Consulado, procurava
cursos de mestrado na área de gestão do esporte, pois é meu sonho trabalhar
nesta área - particularmente, gestão do futebol. Procurei por cursos não só no
Brasil, mas também fora, e encontrei dois que me interessaram bastante:
Mestrado em “Sport and Olympic Studies” na Universidade de Tsukuba (Japão), e
Mestrado em Ética e Integridade no Esporte, na Universidade de Swansea (País de
Gales). Me inscrevi e passei nos dois, e então optei pelo mestrado na
Universidade de Tsukuba, porque sempre tive vontade de estudar no Japão e
porque era o curso mais interessante e apropriado para o que eu quero.
Minha área de
habilitação principal dentro do Mestrado em Sport and Olympic Studies é gestão
do esporte. Nesse curso venho tendo oportunidades incríveis de aprendizado e
networking que jamais imaginei que teria. Alguns meses atrás fiz meu estágio na
J.League (liga japonesa de futebol profissional) no departamento de negócios
internacionais, mas pude observar o trabalho também de outros departamentos como
o de futebol, futebol de base, mídia e patrocínio. Pude acompanhar e observar
jogos da AFC Champions League (equivalente asiático da Champions League
europeia) e da própria J.League nos estádios, e tive a oportunidade de conhecer
o Zico em um desses jogos! Além de ter aprendido muito profissionalmente
falando, ainda pude aproveitar várias coisas do ponto de vista de uma fã de
futebol.
No curso, recebemos
palestrantes de diversas áreas do esporte, então são muitas chances de aumentar
a rede de contatos; realizamos visitas a empresas ligadas ao esporte (Dentsu,
DMM, DAZN) e a clubes de futebol (Urawa Red Diamonds), o que é sempre muito
interessante; e temos acesso a cursos como o que acabei de realizar junto ao
Olympic Broadcasting Services (OBS - Serviço Olímpico de Transmissão), em que
pude me qualificar para trabalhar durante as Olimpíadas Tokyo 2020. Acredito
que são experiências muito importantes e que me ajudarão a seguir a trajetória
profissional que desejo.
Blog: O que te levou a buscar um aprofundamento de
conhecimentos em outro país?
Bárbara: Acredito que na área de gestão do esporte, o
Brasil deixa a desejar quando comparado a outros países, e por isso decidi
procurar um curso fora do país. Além disso, sempre tive vontade de estudar fora
do Brasil, acho que é também um ótimo aprendizado a nível pessoal. E como já
estudava japonês há algum tempo, pensei que passar um tempo estudando no Japão
seria uma boa ideia.
Blog: De que forma as aptidões e conhecimentos
desenvolvidos no curso de Relações Internacionais do UNICURITIBA a ajudam em
seu trabalho/trajetória atual?
Bárbara: Acredito que a multidisciplinaridade do curso
de Relações Internacionais me ajudou bastante. Durante o curso adquirimos
conhecimentos sobre várias áreas, como política, História, direito e economia -
é um curso muito abrangente, então mesmo que eu esteja agora buscando trabalhar
em outra área, o que aprendi ainda é muito relevante. Além disso, durante o
curso aprendi a importância do diálogo e a importância de conhecer e compreender
outras culturas.
Blog: Como é embarcar rumo ao Japão?
Bárbara: Não vou mentir, no começo foi um pouco
assustador… Ainda mais porque nunca tinha ficado longe de casa por muito tempo,
e nunca tinha feito nenhum intercâmbio nem nada assim. Então eu estava um pouco
apreensiva, mas tem sido ótimo. Apesar da fama que o povo daqui tem de ser
“fechado” e “frio”, não tive dificuldade para fazer amizades, e pelo menos na
minha experiência, mesmo desconhecidos estão sempre dispostos a ajudar caso
necessário. E aqui é tudo organizado, tudo funciona pontualmente. E o Japão é
um país muito seguro, isso na minha opinião eleva muito a qualidade de vida.
Estou sempre tranquila aqui, posso por exemplo sair sozinha - mesmo se já
estiver escuro - sem grandes preocupações.
Confesso que os
desastres naturais como terremotos e tufões ainda me dão uns sustos de vez em
quando… Acho que quanto a isso é um pouco mais difícil de se acostumar, ainda
mais porque no Brasil não temos nada nesse nível. Mas não é algo que afeta meu
dia-a-dia, nem é uma preocupação constante.
Blog: Qual a sua lembrança mais marcante da época da
faculdade?
Bárbara: Lembro sempre com carinho das aulas dos
professores Gustavo, Angela, Andrew, Carlos Magno, e tantos outros, que sempre
nos ensinavam com tanta dedicação. Também lembro da simulação do Conselho de
Segurança da ONU que fizemos no último semestre da faculdade, aprendi muito com
essa experiência. E uma boa lembrança da qual me orgulho muito é de ter
recebido o Prêmio Milton Vianna Filho - Medalha de Ouro ao final do curso.
Blog: Deixe um conselho para os nossos leitores.
Bárbara: Sempre que me perguntam, recomendo o curso de
Relações Internacionais justamente porque é tão abrangente, e porque através
dele, acredito que é possível compreender como o mundo funciona. Outra coisa
que recomendo é que procurem fazer um estágio durante o curso. No meu caso,
como estágio não era obrigatório, acabei não fazendo. Acredito que ter feito um
estágio teria facilitado um pouco a minha busca por emprego depois de formada.
Além disso, acho que as iniciações científicas oferecidas pela faculdade são
muito importantes e ótimas oportunidades de aprendizado.
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