Apesar dos estudos de Relações Internacionais serem recentes, sua prática é muito mais antiga do que se imagina. A diplomacia entre países, com objetivo de representar o interesse de um Estado perante outro governo, acontece desde que as viagens transnacionais tornaram-se possíveis. Ao longo dos anos, tornou-se necessário estudar de que forma essas negociações eram conduzidas, para se ter um entendimento completo sobre as ações desses profissionais. No entanto, o que se estuda em um curso de Relações Internacionais não pode ser resumido apenas à diplomacia. A formação de um internacionalista vai muito além: Direitos Humanos, empresas transnacionais e economia são algumas das muitas áreas que o curso de Relações Internacionais prepara seu aluno para ingressar.
O significado do Dia do Internacionalista é a celebração de uma profissão que merece ser valorizada em cada campo de sua atuação. Por sua destreza em resolver conflitos, dos menores aos maiores; por seu conhecimento em um gama extensa sobre diversos assuntos relacionados aos mais variados países do mundo; pela habilidade daqueles que decidiram passar adiante seus aprendizados; por, a todo momento, ter a capacidade de estar atualizado com as notícias internacionais. Esse dia é para aqueles que sabem disso: ser internacionalista, além de uma profissão, é uma escolha de ver o mundo em sua forma pura, com todos os seus defeitos e qualidades.
O Internacionalize-se conversou com a recém-graduada do curso Brenda Kauane. Em resposta à nossa pergunta Como o curso de RI, os professores e os colegas te ajudaram na tua formação de internacionalista? Além das matérias, o que de mais importante você aprendeu nessa jornada?, a Brenda contou que Foram essenciais, criei laços com professores que com certeza vou levar para o resto da vida. Além dos os ensinamentos em sala de aula, me deram ensinamentos para a vida, se tornaram meus amigos. Os colegas me fizeram ter uma visão estratégica, olhar as coisas com cuidado e me ajudaram a me tornar a internacionalista que sou hoje. A jornada na faculdade vai muito além das matérias. São os debates feitos fora de sala de aula, são conversas nos corredores, são as experiências extra curriculares. Eu fui uma pessoa muito ativa na faculdade, participei de iniciações científicas, eventos externos, grupos de competição, simulações, centro acadêmico, pois isso faz parte da formação. São experiências que nos fazem sair da zona de conforto e nos fazem crescer, a ter experiência e ter o contato com as práticas das relações internacionais. Então, digo que o mais importante que aprendi foi a participar, sair da zona de conforto e a lidar com coisas desafiadoras.
Como já mencionamos, são diversas as áreas de estudo dentro do mundo de Relações Internacionais. E de fato, talvez nenhum outro curso ofereça uma visão multidisciplinar, que vai desde Ciências Humanas e Sociais, até Ciências Exatas. Esta visão multidisciplinar reflete diretamente nas áreas de atuação de um internacionalista. Diferentemente do que geralmente se pensa, os egressos de Relações Internacionais não são somente diplomatas e operadores de comércio exterior. O profissional internacionalista pode atuar realizando consultorias para implementação de internacionalizações ou relacionada à assuntos internacionais, em setores privados e públicos; atuar na área administrativa de empresas; participar como árbitro ou mediador de conciliações internacionais; atuar em Organizações Não Governamentais, Organizações Internacionais e Multinacionais, em diversas funções; trabalhar como trader; ingressar no mundo de Relações Institucionais e muitas outras funções. Com tamanho número de possibilidades, o profissional de R.I. tem papel de desbravador também no mundo das profissões.
Perguntamos para duas alunas, Mariana Camargo e Laura Marrie Almeida, do último período do curso, quais são suas pretensões futuras, e o porquê de terem feito sua escolha. Para a aluna Mariana Camargo: "Entrei no curso de RI com 17 anos, apaixonada pela ideia de estudar o sistema internacional, os Estados, as Organizações Internacionais, as ONGs, e assim por diante. Com o desenrolar do curso, expandi cada vez mais meus conhecimentos, valores e perspectivas, nunca me contentando com pouco. Fiz trabalho voluntário no maior movimento de liderança jovem do mundo, participei de grupos de iniciação científica oferecidos pela instituição, tive a oportunidade de fazer um semestre do curso no Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, participei da mostra de iniciação científica do 7o Encontro da Academia Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), trabalhei com comércio exterior e, atualmente, ocupo o cargo de diretora de assuntos acadêmicos do Centro Acadêmico de Relações Internacionais Paula Bonomini (CARI). Com todas essas experiências e podendo contar com professores incríveis, surgiu o sonho de seguir carreira acadêmica. Apesar de não serem tempos fáceis para ser (ou se tornar) internacionalista, a ideia de seguir pesquisando e aprendendo fazem meus olhos brilharem. Hoje, com 21 anos, sigo apaixonada por tudo o que o curso e a carreira englobam e representam. Tenho certeza de que escolhi a carreira certa a ser seguida."
Com o depoimento de ambas alunas, e de tudo que se extrai do curso, vislumbramos que as profissões exercidas por um internacionalista, na verdade, cumprem a função de fazê-lo exercer seu papel. Um internacionalista deve, acima de tudo, ser sensível aos problemas do mundo, utilizando suas habilidades para melhor compreendê-los e a complexidade de temas intrínsecos a eles. Um internacionalista é aquele que tenta empregar seus conhecimentos em prol de causas latentes à humanidade. Acima de tudo, é aquele que tenta transformar o mundo para melhor.
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