A acadêmica Maria Eduarda Siqueira, do sétimo período de Relações Internacionais, participou do staff do evento de Simulação das Nações Unidas, e produzir um relato sobre a sua experiência, em especial, na Simulação do Conselho de Direitos Humanos da ONU com alunos do Ensino Médio.
Confira!
MINHA EXPERIÊNCIA NO SIMUNI
Por: Maria Eduarda Siqueira
O Simuni – II Simulação ONU do
UNICURITIBA, realizado entre os dias 16, 17 e 18 de maio, permitiu um momento
de reflexão, de grande relevo nos movimentos do Brasil atual, acerca da
importância da educação.
Dividido em quatro frentes:
- Conselho de Direitos Humanos,
cujo tema era o Refúgio na Atualidade;
- Comitê Histórico do Conselho de Segurança das
Nações Unidas, que efocou A guerra do Golfo em 1990;
- Conselho de Segurança das
Nações Unidas: Crise do Iêmen
- ECOSOC: A participação das
empresas e da sociedade civil organizada no fomento à igualdade de gênero como
forma de alcançar o Desenvolvimento Sustentável.
O evento, organizado pelo
Curso de Relações Internacionais - e,
sobretudo, pelos Professores Gustavo Blum, Jannifer Zarpelon e Marlus Forigo,
além da coordenadora Patrícia Tendolini Oliveira - reuniu cerca de 100 estudantes de ensino médio
e graduação a fim de promover o debate saudável e fomentar a importância das
Relações Internacionais na tomada de grandes decisões.
Dentro do Conselho de Direitos
Humanos, foi possível reunir 38 estudantes de ensino médio, a grande maioria no
início de seu descobrimento acadêmico, para debater, além da Situação do
Refúgio, a importância dos Direitos Humanos e da existência, dentro das Nações
Unidas, de um órgão que trate disso. Três acadêmicos de Relações Internacionais
conduziram a mesa diretiva – Maria Eduarda Siqueira, Tiago Viesba e Eliza
Roman. Além deles, a Profa. Michele Hastreiter foi a Coach no Conselho, direcionando as discussões e tirando dúvidas dos
estudantes.
Apesar das polêmicas, como a
saída dos Estados Unidos do Órgão e a acusação de permitir que países com
histórico de violação se tornassem membros, é inegável a positiva participação em
cenário internacional do Conselho que se posiciona sobre questões como a atual
situação da Venezuela, sobre a necessidade de serviços de saúde na África, a
proteção às pessoas com deficiências, etc.
Durante o debate promovido na
Simulação, os estudantes comentaram sobre os direitos dos refugiados de saúde,
educação, moradia, documentação e dignidade humana, mas vale ressaltar que tais
direitos não são aplicados somente aos refugiados e sim a toda a população
mundial que, independentemente de seu local de origem e de residência, deve ter
acesso a tais benefícios, como garante a Declaração Universal dos Direitos
Humanos e preza o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Ao longo das cinco sessões
realizadas dentro da Simulação, os estudantes passaram também por um momento de
crise: um barco de refugiados sírios naufragou na costa da Sicília e aguardava
resgate. Pela demora na tomada de decisão, muitos refugiados sírios não
sobreviveram ao caos do mar italiano e, apesar de fictícia, a situação retrata
a realidade onde, diariamente, milhares de refugiados e demais seres humanos
enfrentam o caos na busca por direitos que, infelizmente, são negados.
Em meio à análise do momento
vivido, vale ressaltar que o debate, a liberdade de expressão e a educação são direitos
humanos, que não deve ser negados a ninguém, independentemente de sua origem,
cor, classe social, etnia ou orientação sexual. Dentro deste contexto, momentos
promovidos objetivando a troca e a experiência educacional são capazes de
proporcionar grandes aprendizados, além de acadêmicos, de vida.
Dessa forma, ao encerrar as
atividades do Conselho de Direitos Humanos do SIMUNI, a mesa diretiva e os 38
estudantes que dele participaram, realizaram um minuto de silêncio em homenagem
ás vítimas do naufrágio fictício mas também por todos aqueles que, diariamente,
têm seus direitos violados.
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