A seção "Por onde anda" entrevista egressos do Curso de Relações Internacionais do UNICURITIBA sobre experiências acadêmicas, profissionais e de vida concretizadas após o término do curso e é coordenada pela Prof. Michele Hastreiter e pela Prof. Angela Moreira.
Nome Completo: Marina Formighieri Sperafico
Ano de ingresso no curso de Relações Internacionais: 2006
Ano de conclusão do curso de Relações Internacionais: 2009
Ocupação atual: Assessora Técnica na Agência Paraná de Desenvolvimento
Blog Internacionalize-se: Conte-nos um pouco de sua trajetória profissional após a formatura no curso de Relações Internacionais.
Marina Sperafico: Foi no meu último mês como estudante de Relações Internacionais que passei no processo seletivo para trainee da Amcham Brasil, uma organização não governamental e sem fins lucrativos que promove um melhor ambiente de negócios às empresas em geral. Trabalhei lá durante dois anos e, nesse período, completei uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Empresas. Quando saí da Amcham entrei para a equipe de Renúncia Fiscal do Hospital Pequeno Príncipe, maior hospital filantrópico pediatrico da América Latina. Nesse período tive a oportunidade de lecionar em uma faculdade e obtive certificação em negociação e liderança pela Stanford Graduate School of Business. Depois, atuei em projetos sociais pontuais e eventos. Foi em 2015 que passei a integrar o time da Agência Paraná de Desenvolvimento, onde estou atualmente, levando, em paralelo, outra pós-graduação, desta vez na área de Negócios Digitais.
Blog Internacionalize-se: Qual a lembrança mais marcante do período de faculdade?
Marina Sperafico: Os momentos que mais me marcaram durante a faculdade foram aqueles em que experimentávamos o dia-a-dia do profissional internacionalista, nos quais podíamos sentir o que seria efetivamente atuar em nossa área, como os simulados da ONU, por exemplo.
Blog Internacionalize-se: Quais as aptidões e conhecimentos desenvolvidos no curso de Relações Internacionais que mais o ajudam na sua profissão atual.
Marina Sperafico: Até hoje me pego lembrando de conhecimentos de Sociologia e Filosofia que adquiri durante a faculdade, talvez porque sempre fui uma entusiasta dessas duas disciplinas. Pode ser um pouco abstrata a maneira por meio da qual tais matérias ajudam o profissional de RI, mas é inegável o seu impacto no dia-a-dia. O curso também ampliou consideravelmente meus conhecimentos em Economia, História, Política e Direito, conteúdos que uso todos os dias. Aptidões como a de análise de conflitos, observação de tendências macroeconômicas, desenvolvimento de estratégias e negociação (Teoria dos Jogos, por exemplo) também são fundamentais para a minha profissão e foram adquiridas ao longo do curso.
Blog Internacionalize-se: Qual foi a experiência mais desafiadora que já teve profissionalmente?
Marina Sperafico: Foram vários os desafios ao longo da minha trajetória profissional. Num primeiro momento enfrentei o preconceito de idade e de gênero (havia resistência por parte de muitos executivos, com os quais eu tinha que lidar diariamente, em levar a sério, aceitar ou considerar colocações feitas por mim). Depois, a liderança de equipes, que demanda sensibilidade, firmeza e jogo de cintura. E ano passado, por fim, trabalhei em um dos meus maiores desafios: desenvolver o setor Aeroespacial e de Defesa no Estado do Paraná, cuja cadeia hoje possui menos de 20 empresas, a maior parte delas fornecedora de serviços. Foram numerosas reuniões, palestras e negociações, no Brasil e no exterior, com empresas e representantes de governos e instituições, a fim de levantar informações, contatos e experiência para desenhar uma estratégia de atração de investimentos, que hoje está sendo executada no Município de Maringá.
Blog Internacionalize-se: Qual conselho deixaria para os nossos alunos?
Marina Sperafico: Há muitos espaços e oportunidades para o profissional de RI no mercado de trabalho. No entanto, é importante ter foco. Por meio de leituras, conversas e estudos, descubra o que existe lá fora. A partir daí, identifique aquilo que te impulsiona, que faz sua auto-confiança crescer; identifique seu sonho. Depois, trace uma estratégia para alcançá-lo e dedique-se a ela, seja por meio do trabalho, seja por meio de estudos ou, melhor ainda, pelos dois. Todas as profissões têm seus exemplos de grande sucesso. Para ser um deles, basta atingir a excelência, confiando na sua estratégia e tendo o discernimento de adequá-la quando necessário. Por fim, além de prazeroso, é muito mais fácil sermos os melhores no que fazemos quando fazemos o que amamos.
Blog Internacionalize-se: Conte-nos sobre como é o seu trabalho na Agência Paraná de Desenvolvimento?
Marina Sperafico: Além de ser responsável por toda a parte de Comunicação, Marketing e Eventos, que promove a imagem da agência (notícias, site, materiais) e a prospecção de novos investidores, atuo na captação ativa de novos investimentos para o Estado do Paraná. No ano passado trabalhei de forma intensa em um projeto de desenvolvimento do setor Aeroespacial e de Defesa no Estado, que este ano está sendo implantado no Município de Maringá, e hoje trabalho na prospecção e atendimento de empresas interessadas em investir no Brasil, estejam elas já localizadas no país ou não, procurando trazê-las para o Paraná e fornecendo serviços de assessoria em levantamento de dados importantes para a tomada de decisão, localização de áreas, articulação governamental e não-governamental, incentivos fiscais e outros.
Blog Internacionalize-se: Como foi o seu processo de recrutamento? O que considera ter sido decisivo para ter sido selecionada?
Marina Sperafico: Networking. Essa foi a peça fundamental. Um ex-colega de trabalho meu foi abordado pelo meu gestor atual e me indicou para o cargo. Outros fatores, contudo, também influenciaram a decisão dele em me contratar, como a formação em Relações Internacionais e a fluência em vários idiomas.
Blog Internacionalize-se: Quais são as atividades que você realiza ou já realizou na Agência Paraná de Desenvolvimento?
Marina Sperafico: Prospecção de empresas nacionais e internacionais com potencial de investimento no Brasil, apoio a empresas investidores, análise do cenário internacional, elaboração de estratégias para desenvolvimento setorial, criação de uma proposta de valor para o Paraná e promoção da sua imagem para potenciais investidores, organização de eventos e participação em conferências e feiras nacionais e internacionais e articulação governamental, empresarial e institucional.
Blog Internacionalize-se: Quais as principais dificuldades para a atração de investimentos estrangeiros no Brasil?
Marina Sperafico: Na minha opinião, as principais dificuldades para a atração de investimentos estrangeiros ao Brasil são a insegurança jurídica e a instabilidade econômica, geralmente engatilhadas por questões políticas. Burocracia e complexidade do sistema tributário também são entraves para um maior fluxo de investimentos, ainda que menos impactantes. As empresas reconhecem o grande mercado consumidor que o Brasil possui e têm interesse em acessá-lo, mas são obrigadas a recuar quando os riscos dos investimentos se tornam mais altos que os retornos previstos.
Blog Internacionalize-se: Quais as aptidões e conhecimentos desenvolvidos no curso de Relações Internacionais que mais o ajudam na sua profissão atual.
Marina Sperafico: Até hoje me pego lembrando de conhecimentos de Sociologia e Filosofia que adquiri durante a faculdade, talvez porque sempre fui uma entusiasta dessas duas disciplinas. Pode ser um pouco abstrata a maneira por meio da qual tais matérias ajudam o profissional de RI, mas é inegável o seu impacto no dia-a-dia. O curso também ampliou consideravelmente meus conhecimentos em Economia, História, Política e Direito, conteúdos que uso todos os dias. Aptidões como a de análise de conflitos, observação de tendências macroeconômicas, desenvolvimento de estratégias e negociação (Teoria dos Jogos, por exemplo) também são fundamentais para a minha profissão e foram adquiridas ao longo do curso.
Blog Internacionalize-se: Qual foi a experiência mais desafiadora que já teve profissionalmente?
Marina Sperafico: Foram vários os desafios ao longo da minha trajetória profissional. Num primeiro momento enfrentei o preconceito de idade e de gênero (havia resistência por parte de muitos executivos, com os quais eu tinha que lidar diariamente, em levar a sério, aceitar ou considerar colocações feitas por mim). Depois, a liderança de equipes, que demanda sensibilidade, firmeza e jogo de cintura. E ano passado, por fim, trabalhei em um dos meus maiores desafios: desenvolver o setor Aeroespacial e de Defesa no Estado do Paraná, cuja cadeia hoje possui menos de 20 empresas, a maior parte delas fornecedora de serviços. Foram numerosas reuniões, palestras e negociações, no Brasil e no exterior, com empresas e representantes de governos e instituições, a fim de levantar informações, contatos e experiência para desenhar uma estratégia de atração de investimentos, que hoje está sendo executada no Município de Maringá.
Blog Internacionalize-se: Qual conselho deixaria para os nossos alunos?
Marina Sperafico: Há muitos espaços e oportunidades para o profissional de RI no mercado de trabalho. No entanto, é importante ter foco. Por meio de leituras, conversas e estudos, descubra o que existe lá fora. A partir daí, identifique aquilo que te impulsiona, que faz sua auto-confiança crescer; identifique seu sonho. Depois, trace uma estratégia para alcançá-lo e dedique-se a ela, seja por meio do trabalho, seja por meio de estudos ou, melhor ainda, pelos dois. Todas as profissões têm seus exemplos de grande sucesso. Para ser um deles, basta atingir a excelência, confiando na sua estratégia e tendo o discernimento de adequá-la quando necessário. Por fim, além de prazeroso, é muito mais fácil sermos os melhores no que fazemos quando fazemos o que amamos.
Blog Internacionalize-se: Conte-nos sobre como é o seu trabalho na Agência Paraná de Desenvolvimento?
Marina Sperafico: Além de ser responsável por toda a parte de Comunicação, Marketing e Eventos, que promove a imagem da agência (notícias, site, materiais) e a prospecção de novos investidores, atuo na captação ativa de novos investimentos para o Estado do Paraná. No ano passado trabalhei de forma intensa em um projeto de desenvolvimento do setor Aeroespacial e de Defesa no Estado, que este ano está sendo implantado no Município de Maringá, e hoje trabalho na prospecção e atendimento de empresas interessadas em investir no Brasil, estejam elas já localizadas no país ou não, procurando trazê-las para o Paraná e fornecendo serviços de assessoria em levantamento de dados importantes para a tomada de decisão, localização de áreas, articulação governamental e não-governamental, incentivos fiscais e outros.
Blog Internacionalize-se: Como foi o seu processo de recrutamento? O que considera ter sido decisivo para ter sido selecionada?
Marina Sperafico: Networking. Essa foi a peça fundamental. Um ex-colega de trabalho meu foi abordado pelo meu gestor atual e me indicou para o cargo. Outros fatores, contudo, também influenciaram a decisão dele em me contratar, como a formação em Relações Internacionais e a fluência em vários idiomas.
Blog Internacionalize-se: Quais são as atividades que você realiza ou já realizou na Agência Paraná de Desenvolvimento?
Marina Sperafico: Prospecção de empresas nacionais e internacionais com potencial de investimento no Brasil, apoio a empresas investidores, análise do cenário internacional, elaboração de estratégias para desenvolvimento setorial, criação de uma proposta de valor para o Paraná e promoção da sua imagem para potenciais investidores, organização de eventos e participação em conferências e feiras nacionais e internacionais e articulação governamental, empresarial e institucional.
Blog Internacionalize-se: Quais as principais dificuldades para a atração de investimentos estrangeiros no Brasil?
Marina Sperafico: Na minha opinião, as principais dificuldades para a atração de investimentos estrangeiros ao Brasil são a insegurança jurídica e a instabilidade econômica, geralmente engatilhadas por questões políticas. Burocracia e complexidade do sistema tributário também são entraves para um maior fluxo de investimentos, ainda que menos impactantes. As empresas reconhecem o grande mercado consumidor que o Brasil possui e têm interesse em acessá-lo, mas são obrigadas a recuar quando os riscos dos investimentos se tornam mais altos que os retornos previstos.
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