segunda-feira, 9 de maio de 2016

Brasil pátria amada ou nem tanto...

Trabalho desenvolvido na disciplina de Análise das Relações Internacionais sob orientação da Professora Jaqueline Ganzert, em que todos foram convidados a escrever análises satíricas sobre períodos históricos. Em votações "as cegas" nas turmas, os textos foram selecionados para o blog.



*Mozart Calvetti Neto

            Este texto é uma sátira do movimento histórico ocorrido no Brasil, que nos ajuda a compreender com humor a etapa imperialista que deu origem a todo carnaval político que tivemos e ainda existe no século XXI.

A pátria amada Brasil teve um processo histórico muito robusto e bem administrado, onde sempre foi gerido por políticos que visavam o bem da nossa pátria. Foi passado de mãos em mãos e mãos em mãos e mãos e mãos até Dom Pedro I, o homem mais piedoso que tivemos no Império, aquele que acreditava que homens negros e brancos deveriam ser iguais, diferentes nos direitos e obrigações, diferentes também no modo de se vestir, comer e dormir, mas ao resto... iguais. Dom Pedro I, precisando voltar pra casa (sua verdadeira moradia Portugal), parou em um riacho, onde passava-se além de peixes mortos mais algumas coisas não muito cheirosas, deu seu grito desafinado de "Independência ou Morte!", até porque pensava seriamente que morreria se ficasse muito tempo naquele local... Assim, no dia 7 de setembro de 1822, conquistamos nosso feriado mais importante e também a Independência do Brasil.
           
Pedro I foi proclamado o “Defensor Perpétuo do Brasil”, segundo o Wikipédia, isto significa que o único que pode roubar ouro, prata e pau-brasil e aniquilar os índios daqui é Dom Pedro I, o resto que vá procurar novas terras! Assim como os espanhóis quando chegaram à América Central, acidentalmente aniquilaram os Astecas por não terem sido receptivos o suficiente aos espanhóis.
           
Depois tivemos o imperador Dom Pedro II, o qual desde os 12 anos mostrou-se um grande homem, depois na sua fase adulta, aos 15 anos foi preparado para assumir o poder no Brasil. Por ter perdido sua mãe muito cedo e ter sido abandonado pelo pai, resolveu casar-se com Teresa Cristina, onde teve um começo de casório não muito bom. Assim, Dom Pedro II criou uma amizade muito grande com algumas damas como Luísa Margarida de Barros Portugal e a Condessa de Barral, as quais foram muito amigas de Pedro II, tão amigas que fofocavam juntos, assistiam netflix juntos e até mesmo davam passeios pelos escurinhos dos bosques reais...
           
Em meados de 1880, Dom Pedro II, depois dos grandes feitos ao Brasil (desta vez sem ironia), já estava cansado e sem perspectiva de vida para o país. Este foi o momento onde republicanos elitistas ditatoriais (muitos deles, donos de fazendas escravagistas) viam uma chance de derrubar a monarquia democrática liberal do Brasil. (Se pudéssemos avisar a Dom Pedro II que Elitistas ditatoriais sobrevivem até os dias de 2016 tentando derrubar o Brasil...) Em 1889 há o golpe de Estado e Dom Pedro II se quer hesitou ao golpe. 
           
A questão é: Como uma nação tão bem regida poderia ter tantos problemas políticos como nós temos nos dias atuais? Nossos ex regentes nos viam estritamente como fonte de renda, os que de fato ficaram para governar estavam em uma crise de adolescência e os grandes fazendeiros que aqui viviam queriam mais é que as pessoas fossem alienadas para facilitar o processo de dominação política e social. Para que possamos entender o cenário atual político, social e econômico do nosso Brasil Varonil, precisamos saber do nosso passado para compreender o presente e resolver o futuro...


 Mozart Calvetti Neto é graduando do 5° período curso de Relações Internacionais do Unicuritiba.
** FONTE da imagem: Fundação Biblioteca Nacional

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