domingo, 18 de setembro de 2011

BARACK OBAMA: MUITOS ERROS E POUCO OU NENHUM ACERTO

Por  

Luan Oliveira
Geissa Franco
Maivi Ramalho
  Aluns do Prof. Marlus Forigo
   na disciplina de Teoria Política do 2º per. de Relações Internacionais

Guerras e a pior crise econômica desde 29 pesam nos ombros do 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, o primeiro negro a ocupar o cargo na maior potência econômica e militar do planeta. Além de lidar com questões delicadas, caberá ao novo presidente "reinventar” um país abalado por oito anos desastrosos feito por Bush.
Teoricamente qualquer governo pós-bush seria visto como era dourada ou até mesmo a mudança que todos necessitavam, afinal pior não dava para ficar. Porém o discurso humano, fiel de caráter fraternal fizera com que nós realmente acreditássemos na mudança, afinal “Yes, we can”. Movidos por confetes, apoio da Oprah, Beyoncé cantando na grande valsa presidencial nós, nos deixamos levar e esquecemos a importante razão pela qual um presidente havaiano foi colocado no poder.

O maior desafio interno para o governante, hoje, é uma economia em retalhos, com retração do PIB, congelamento do crédito, desemprego e queda do poder de consumo. A crise atual foi provocada pela especulação no “boom” do mercado imobiliário e o surgimento de um periodo recessão que deve durar.
Por isso, uma das primeiras tarefas do presidente era conseguir aprovação no Congresso para um megapacote de estimulo à economia com investimentos de mais de US$ 825 bilhões. Entre os principais pontos da proposta está à geração de empregos com obras públicas, a redução de impostos e o resgate de instituições financeiras em dificuldades. A idéia não era pela cura definitiva desse grande hematoma econômico e social e sim amenizar sua candidatura ameaçada e jogar panos quentes numa tentativa de absorção da massa operária. Recuperar a economia e a confiança no mercado será a prova de fogo do governo Obama, até porque, sem dinheiro, será difícil cumprir promessas de campanha. Isso sem considerar a guerra de Três trilhões de dólares, colocando em números fica US$ 3.000.000.000.000 estimativa essa feita com bases em analises superficiais, ou seja, é possível que existam mais zeros do que imaginamos.
Duas palavras resumiram a estratégia política do novo presidente: diálogo e mudança. É uma postura diferente da gestão anterior, onde quem detinha o poder era um americano de New Haven, Connecticut, que cresceu em Midland, no Texas, portanto um típico Caipira texano conservador, considerado um dos piores presidentes norte-americanos, que encerrou o mandato com um índice recorde de 80% de rejeição.
Depois dos ataques de 11 de Setembro, Bush promoveu uma "guerra ao terror" que lançou o país em duas guerras no Iraque e no Afeganistão, e sustentou uma política marcada pelo desrespeito aos direitos civis e humanos, em um país historicamente defensor destes direitos.
As táticas de ataques da era Bush era totalitária, desleal e desumana considerando o fato de que morreram mais civis do que soldados e também a imposição feita por soldados durante a invasão. A prisão dos supostos terrorista é alvo de denúncias de tortura e ilegalidades contra prisioneiros, a maioria mulçumanos, e representa o legado deixado pela era Bush que não está banida e pelo que podemos observar está acima dos Direitos Humanos.
Obama além de ter de solucionar uma das piores crises econômicas da história, terá outros problemas para resolver que incluem um sistema de saúde falido, a dependência energética e a ameaça do aquecimento global, as promessas de acabar com a guerra do Iraque e derrotar a rede terrorista Al Qaeda e a milícia Talibã e também Osama Bin Laden no Afeganistão, este último alcançado por Obama.
            A morte de Osama Bin Laden foi algo marcante historicamente aumentando a popularidade momentânea do presidente, porém a crise econômica ao decorrer fizera com que fatos históricos como esse não tenham tanta importância, afinal americanos precisam comer, morar e viver. Mas essa morte foi um marco simbólico da nova administração.
Com isso, Obama tentou reconquistar a confiança de aliados e negociar com inimigos, principalmente em se tratando de política externa. As armas de Obama estão acabando junto com o dinheiro do país, ele sendo presidente teve até de mendigar por apoio para elevação do teto da divida americana.
Obama foi humilhado e teve de mudar seu curso pela vitória republicana, que obrigou a ele e a seu partido engolirem cortes de gastos, mas em seu curto discurso após a aprovação aproveitou para reafirmar que o aumento de impostos deve ser parte de uma eventual solução. Obama disse que os cortes não poderiam ser feitos tão rapidamente e que os gastos em educação e ciência devem prosseguir. Foi a resposta certa, para um diplomata, mas não para o presidente de uma Nação. No entanto, ninguém duvida que, quando estimulado, o presidente pode fazer um bom discurso. O problema dos Estados Unidos está disfarçado pela arte da oratória do presidente e pela briga partidária dos governantes, atitude essa que não cabe mais ao País desenvolvido e superpotência.
Enquanto o ego dos EUA continuar inflado, os problemas políticos internos forem maiores do que a crise Mundial, a avalanche rumo ao desastre esta por vir.
O Grande problema do Obama foram suas promessas infundadas e suas teorias de paz mundial. Acho que o prêmio Nobel lhe subiu a cabeça. Obama não correspondeu às expectativas criadas em torno de sua posse. Dele se esperava quase tudo: a paz no Oriente Médio, atenção especial à América Latina, contribuição para evitar o aquecimento global, superação na crise financeira mundial, uma adoção imediata de um sistema universal de saúde, rompimento com a dependência do petróleo.  
As expectativas em torno do desempenho de Obama são tão altas que tornam muito difícil para ele conseguir atendê-las, a culpa não é do Obama e sim dos que escreveram seus discursos. Acho que ler antes, como faz qualquer mero cidadão antes de assinar contratos não é mérito do Obama.
Talvez se tivesse enfrentado o problema de forma menos Madre Teresa e mais sóbria politicamente, não teria cometido tantos erros que podem lhe custar a reeleição em 2012.
O erro do Obama não foi por fazer errado e sim por não conseguir fazer.

Um comentário:

  1. É evidente que o Obama recebeu uma herança maldita do Bush,que não foi nada confortável,pois crise econômica e guerras sem fim,se tornou uma das maiores enrascadas para o governo Obama. Porque são duas coisas difícies de serem resolvidas a curto prazo,e que envolve muitos paradigmas do ponto de vista político e econômico das relações internacionais,primeiro que a guerra ele não poderia esbarrar de vez e sim tentar de qualquer forma diminuir o número de contingentes em campos de batalhas,e foi o que ele fez,e que ao mesmo tempo foi sofrendo inúmeras baixas no campo do inimigo,por outro lado as crises deixadas por Bush foi um conglomerado de vários fatores críticos em que o Obama teve que de imediato tentar achar uma solução pacífica para equilibrar as contas e gastos públicos do estado,e mostrar para a comunidade internacional o compromisso dos USA,com a paz mundial e com a política externa americana diante de todos os outros estados envolvidos,mas o que sabemos é que este compromisso firmado antes mesmo de ser eleito foi muito pífio durante a sua administração pública,poucas coisas mudaram,os interesses americanos continuam os mesmos,as suas políticas externas e militares não mudaram praticamente em nada,um exemplo disso foi o pontapé inicial na guerra contra a líbia dado pelas forças armadas americanas e que só depois de muita conversa e acordos que a França e a Inglaterra assumiram o comando da guerra e puseram a Otan no campo de batalha,para comandar os ataques aéreos a Líbia para garantir a resolução 1973 da ONU,zona de exclusão aérea e preservar os cívis libios diante das forças de Kaddafi.
    Tudo bem que o senhor Obama não é culpado de todas estas parafernalhas herdadas do governo anterior,mas cá entre nós,quando um governante pega um abacaxi deste para descascar,tem que no mínimo implantar uma política fiscal e um corte de gastos drástico nas aéreas que são superflúas aos olhos do estado. Outra coisa é que o gargalo da indústria americana extrapolou e fica muito difícil a competitividade lá fora devido o encarecimento de se produzir dentro do dos EUA,estes efeitos da globalização da economia tem de certa maneira provocado um grande estrago na indústria americana,devido ao deslocamento de muitas empresas americanas para os BRIC's e para outros países do continente asiático,por causa do custo de produção baixo,por isto que tem este desemprego alto nos EUA,este é um dos fatores que contribuíram e ainda contribuem e muito para a defasagem da criação de novos empregos na economia americana.
    Ao meu ver a reeleição do Obama está ameaçada e por que não dizer que foi para o ralo já? é de se pensar nesta hipótese que ainda não está descartada,o próprio Obama tem pouco tempo pela frente para reverter esta situação,não acredito que somente um belo e bonito discurso vai mudar a opinião das pessoas do dia para a noite,isto é uma questão de ação estratégica a curto prazo,com jogo de cintura e articulação política no congresso americano,para que possa aprovar medidas urgentes contra a crise e colocar de volta o país na linha do crescimento,tirando-o da recessão. Mas atualmente estas suas articulações do seu partido democrata ainda andam cambaleando no congresso e o mesmo tem sérias dificuldades para aprovar algo que interessa a sua gestão e ao povo americano. É bom lembrar que na eleição americana passada os republicanos tiveram as mesmas dificuldades para aprovar os projetos de interesse do governo Bush,e no final desta História todo mundo sabe,que os republicanos não conseguiram eleger o candidato deles diante do Obama,que foi o John Maccain ex-oficial da marinha americana na guerra do Vietnã,e ex-prisioneiro da mesma guerra,onde passou quase 6 anos numa prisão em Hano Hiltou no vietnã do norte,sendo torturado de todas as formas naquela prisão. Mas na minha opinião o melhor papel para a administração Obama neste momento seria a volta por cima e mostrar para o mundo que os USA,tem condições de lidar e retrabalhar suas políticas públicas e externas.

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