quarta-feira, 31 de março de 2021

Por Onde Anda: Bruno Quadros, diplomata na Embaixada em Moscou


Nome Completo: Bruno Quadros e Quadros
Ano de ingresso no curso de Relações Internacionais: 2005
Ano de conclusão do curso de Relações Internacionais: 2008 
Ocupação atual: Diplomata
Cidade em que reside: Moscou, Rússia

Blog Internacionalize-se: Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional.
Bruno: Ser diplomata era meu sonho desde os 15 anos, quando li um livrinho chamado “Diplomacia” (coleção Primeiros Passos), do diplomata Sérgio Bath. Fiquei encantado e sabia que era isso o que queria para mim. Tudo o que fiz desde então foi com o objetivo de longo prazo de me preparar para o difícil Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD). Além de ter feito RI no Unicuritiba, estudei alguns anos no curso de História na UFPR, sem, contudo, concluí-lo. Trabalhei como estagiário durante dois anos no departamento de Relações Internacionais da filial de Curitiba da Amcham Brasil. Após graduar-me em RI no Unicuritiba, decidi dedicar-me exclusivamente à preparação para o CACD. Fui aprovado na minha quinta tentativa, em 2012. Olhando em retrospectiva, tudo o que vivenciei foi importante para realizar o meu sonho de me tornar diplomata. Aprovado no CACD, estudei por um ano e meio no Instituto Rio Branco (2012-2013) e, depois disso, trabalhei por quase quatro anos no Departamento da África do Itamaraty (2013-2017), período em que tive a oportunidade de realizar missões transitórias à Líbia (2014), à Guiné Equatorial (2014) e ao Senegal (2015). Em outubro de 2017, fui transferido para a Embaixada em Moscou, onde atualmente trabalho. Além disso, estou concluindo Mestrado em Governança e Assuntos Globais no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO). 

Blog Internacionalize-se: Como é o dia a dia no seu trabalho, em especial em seu posto atual?
Bruno: Eu trabalho no setor político da Embaixada em Moscou e sou responsável pelos seguintes temas: política interna russa e relações parlamentares e entre as unidades da federação. Cuido, também, das nossas relações com o Uzbequistão, já que não temos Embaixada residente em Tashkent. No meu trabalho, tenho que estar sempre antenado: além de ler as comunicações oficiais que chegam de Brasília, devo acompanhar as declarações das autoridades e da imprensa local, assim como o que dizem pesquisadores, especialistas e colegas de outras Embaixadas estrangeiras em Moscou, com quem ocasionalmente me reúno. Tudo isso visa a construir uma perspectiva mais completa de todos os processos políticos envolvendo a Rússia e relatá-los de forma analítica ao Itamaraty.

Blog Internacionalize-se: Quais as aptidões e conhecimentos desenvolvidos no curso de Relações Internacionais que mais o ajudam na sua carreira atualmente?
Bruno: O nosso curso é, por natureza, multidisciplinar e transdisciplinar. A aptidão que mais me ajuda na carreira é a flexibilidade de transitar entre diferentes áreas do conhecimento, como História, Direito e Economia. Os estudantes de RI somos treinados a ter esse olhar multidisciplinar, o que creio ser uma grande vantagem em um mundo em que as áreas de conhecimento não são mais divididas de forma tão estanque. 

Blog Internacionalize-se: Qual foi a experiência mais desafiadora que já teve profissionalmente?
Bruno: Trabalhar como Encarregado de Negócios (chefe da Embaixada na ausência do Embaixador) na Embaixada do Brasil em Trípoli, em abril de 2014, em meio à guerra civil e a sequestros de diplomatas estrangeiros na Líbia. Minha segurança pessoal foi garantida por um destacamento de fuzileiros navais brasileiros, a quem sou grato até hoje. Os deslocamentos entre a Residência do Embaixador e a sede da Embaixada eram feitos com muito planejamento, sempre com a escolta dos fuzileiros navais. Percebia-se a tensão no ar: o aeroporto internacional de Trípoli era controlado por uma das milícias locais, escutavam-se tiros à noite. Apenas dois meses após a minha partida recomeçaram os combates em larga escala na capital líbia. 

Blog Internacionalize-se: Qual a lembrança mais marcante do período de faculdade?
Bruno: A experiência mais marcante foi, sem dúvida, ter logrado, então como presidente do Centro Acadêmico (CARI), mobilizar a maioria dos alunos na organização da Semana Acadêmica de 2007. Sem a massiva participação dos meus colegas, veteranos e calouros, não teríamos obtido êxito naquele evento. Foi, realmente, um aprendizado sobre como trabalhar sob intensa pressão.

Blog Internacionalize-se: Qual conselho deixaria para os nossos alunos, em especial para aqueles que ainda estão em dúvida quanto ao futuro profissional?
Bruno: Busquem ter o máximo de experiências. Estágios, monitorias, pesquisas, eventos acadêmico-profissionais, cursos de extensão e viagens podem ajudar aqueles com dúvidas quanto ao futuro profissional sobre qual caminho seguir. Mas se, mesmo assim, não houver definição, não tem problema. A sociedade espera que o egresso da faculdade já saiba o que vai fazer depois de formado. Acho isso prejudicial, porque só gera ansiedade e preocupação. Mais importante do que saber o que você quer, é saber o que você não quer. Cada um tem seu ritmo na descoberta do sentido das coisas. Além disso, hoje em dia há maior flexibilidade quanto à mudança de carreira do que antes, quando a escolha do curso de graduação meio que determinava o seu futuro profissional.

Blog Internacionalize-se: Gostaria de acrescentar mais alguma informação?
Bruno: Sim. Nunca deixem de estudar! Estudem não só aquilo que vai ajudar na carreira, como línguas e competências adicionais, mas também conteúdos que tragam satisfação pessoal para vocês. Isso enriquece a alma e os tornaseres humanos mais completos. Afinal, o aspecto pessoal do que fazemos tem sempre que prevalecer sobre o aspecto profissional.

Um comentário:

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