quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Ascensão da Islamofobia na Europa




 Por Andrew Patrick Traumann* (publicado originalmente no jornal Gazeta do Povo de 09/08/2011)

O massacre de 77 noruegueses por Anders Breivik no último dia 22 de julho  mostra uma faceta da Europa que muitos preferiam não ver: a da extrema-direita radical em busca do resgate de uma  Europa branca e cristã idealizada.Contudo,se fizermos uma análise de longa duração da História europeia observaremos um longo período de paganismo,no qual escandinavos como os antepassados de Breivik adoravam Odin,depois há a  ascensão do Cristianismo a partir do século IV,mas  que só consegue realmente se estabelecer e esmagar os resquícios das antigas religiões com a força da Inquisição a partir do século XII,e o momento atual o qual muitos filósofos chegam a denominar de descristianização da Europa, tal a diminuição do papel da religião na vida das pessoas,o que pode ser observada no esvaziamento das igrejas e no aumento do número de europeus que se dizem agnósticos ou ateus.

Breivik na verdade não possuía razões concretas para se queixar dos imigrantes islâmicos. A taxa de desemprego na Noruega é de 4% e a população islâmica mal chega a 3%. Do mesmo modo vemos que os muçulmanos são uma pequena minoria em todos os países europeus, mas se tornaram um símbolo de todos os problemas do continente para os extremistas. O país com a maior população islâmica da Europa é a França com 8% de muçulmanos. Em todos os demais países as porcentagens são menores. A islamofobia, porém tem se arraigado na sociedade europeia servindo aos mais diversos propósitos.
Com o conflito na ex-Iugoslávia difundiram-se, a partir da extrema-direita radical  argumentos sérvios atacando a “islamização da Europa” e associando o islamismo ao nazismo. O resultado de tal ódio foi a “limpeza étnica” liderada por Slobodan Milosevic. Após os atentados 11 de setembro de 2001, os neoconservadores norte-americanos e a extrema-direita israelense desencadearam uma luta contra o que chamavam de “islamo-fascismo”. Nada mais eficiente para assustar o cidadão comum europeu do que comparar uma religião “estrangeira” com ideologias totalitárias como o nazi-fascismo.
Em outubro do ano passado a primeira-ministra alemã Angela Merkel afirmou que o multiculturalismo europeu fracassou, e um Best-seller no país escrito pelo ex-membro do Banco Central alemão Thilo Sarrazin tentou provar com pretensos dados científicos a inferioridade genética dos muçulmanos e o “perigo” da substituição da “raça pura” alemã pelos “inferiores”. Na França, Marine Le Pen filha do líder de extrema-direita Jean Marie Le Pen, propôs o fim do princípio do jus solis para obtenção da cidadania francesa e também comparou a imigração islâmica à ocupação nazista do país. Em 2009 a Suíça realizou  um referendo pela proibição da construção de minaretes (as cúpulas das mesquitas), por supostamente descaracterizarem a arquitetura local,que saiu vitorioso com 54% dos votos. Detalhe: a Suíça, com 4% de população islâmica possuía apenas quatro mesquitas com minaretes em todo o país. Uma piada, se não fosse verdade.
O racismo seja o que justifica a escravidão negra, a perseguição aos judeus ou a deportação de muçulmanos se baseia na oposição entre um grupo heterogêneo apresentado como homogêneo (os nacionais) e outra sociedade também heterogênea, mas apresentada como homogênea (os “Outros”), que são na visão dos racistas, todos iguais.
Criou-se o mito da “Eurábia”, uma espécie de similar islamofóbico ao mito antisemita do "Protocolo dos Sábios de Sião", a ideia de que os muçulmanos possuem uma “bomba demográfica” com a qual conquistarão a Europa e descaracterizarão a cultura europeia. Este conspiracionismo e este horror ao Outro se difundem mais facilmente quando são apresentados como a “resistência” contra uma “ocupação”, ou a defesa de uma cultura.  Assim, a  islamofobia torna-se  uma ideologia popular, um mito mobilizador que pode impulsionar a ação de pessoas como Breivik.

*Andrew Patrick Traumann,doutorando em História,Cultura e Poder pela UFPR é professor de História das Relações Internacionais do UNICURITIBA.

2 comentários:

  1. Um dos grandes problemas das sociedades modernas para serem resolvidos,ou amenizados a longo prazo,é a questão da miscigenação de raças,o preconceito e o racismo,e a Europa atualmente é palco desta grande cruzada contra os muçulmanos e imigrantes de todo o mundo,com discursos e ações de caráter ofensivo e racista contra todos os outros povos não-europeus. É uma vergonha para uma sociedade como a da Europa que se diz desenvolvida e que tanto defendem com unhas e dentes os direitos humanos,e que ao mesmo tempo instinga e alimenta o preconceito e o racismo contra os outros povos,como que a paz mundial entre os povos pode reinar em sociedades como estas,que alimentam com ódio,preconceitos e racismos as diferenças sociais e étnicas entre os povos? Nunca existirá paz entre os povos sem que os mesmos reconheçam que somos frutos de apenas uma única raça e que a miscigenação de raças é um fator inevitável,não se pode de forma alguma culpar os imigrantes pelo simples fato de existirem crises econômicas ou problemas sociais,isto é apenas uma questão de governabilidade e responsabilidade social dos chefes de estados. Historicamente os europeus sempre tiveram estas ideologias sobre superioridade de raças,assim como na segregação racial da África do Sul,as guerras étnicas na ex-Iuguslávia etc. Mas chegamos a uma certa conclusão,que esta ideia do multiculturalismo como um problema étnico a cultura europeia e a preservação de suas raças como os próprios europeus defendem é tão absurda que chega a ser comparada as guerras da Antiguidade Clássica,onde naquela época não era somente importante para o conquistador as novas terras, e sim a extinção das tribos e povos que habitavam e viviam naquela região no caso se os mesmos não se juntassem aos novos conquistadores. Conquistada pelos reis da época estas novas terras que acabaram de serem conquistadas seriam povoadas e exploradas pelos novos povos conquistadores,afinal de contas estes novos conquistadores boa parte deles eram todos de origem europeia como os portugueses,espanhóis,franceses,ingleses e demais outros, e que traziam consigo toda a sua cultura e modos de vivência e que impunhavam a força toda esta estrutura aos povos que ali viviam,extinguindo assim toda a sua cultura anterior a invasão europeia. A paz sera sempre frustrada e negada,quando os homens tentarem impor regras sobre os traços étnicos e culturais dos povos...

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  2. ISLAMOFOBIA...

    TODOS OS MUÇULMANOS PRECISAM SER EXPATRIADOS DA EUROPA E DE TODOS OS PAÍSES CIVILIZADOS, PARA O ORIENTE MÉDIO!

    ENQUANTO NÃO SAIREM, DEVERÃO SER CONFINADOS EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO, ONDE PODERÃO COLOCAR NO PORTÃO DE ENTRADA: "EURÁBIA", COMO SONHAVAM.

    Antes de mais nada, ISLAMISMO NÃO É RELIGIÃO, mas, é uma SEITA PEDOFÍLICA E POLÍTICA, na qual a pedofilia é legalizada por lei do ISLÃ.

    A realidade: os cristãos ou membros de outras religiões não enviam assassinos para matar no Oriente Médio, porém, os muçulmanos enviam suas facções Terroristas, sob o pretexto que são "Fundamentalistas Islâmicos", para matar no Ocidente.
    Muçulmanos recolhem dízimos nas Mesquitas, para o Terrorismo, então são cúmplices.

    No Oriente Médio, constantemente, estupram, mutilam e matam cristãos e membros de outras religiões.

    Por que então, temos que os tolerar na Europa e em outros países civilizados, se eles nos odeiam e matam?

    Os islamitas seguem, rigorosamente, o que está escrito no CORÃO (escrito pelo pedófilo Maomé, que chamam de Profeta), por esse motivo a PEDOFILIA é legalizada pela lei do ISLÃ.

    Também, nesse livro satânico que chamam de sagrado, o CORÃO, está escrito que todos têm que serem convertidos ao islamismo ou assassinados, de acordo com a tal "Guerra Santa", que de santa não tem nada.

    Nos noticiários, poderemos saber das atrocidades que praticam nas indefesas aldeias e pequenas cidades da África: estupram suas meninas e jovens, e matam todos os homens, para que não mais procriem: os "Cães Infiéis, ao Maomé" (como chamam todos que não são muçulmanos). Em seguida obrigam suas vítimas a colocar o véu, e as transformam em muçulmanas, contra a vontade delas.

    Depois alegam, descaradamente, que islamismo é a "religião" que mais cresce no mundo.

    Entre outras perversidades: estupros de mais de seiscentas meninas e adolescentes, obviamente virgens, como foi amplamente divulgado na Itália. Na Inglaterra estupraram centenas de meninas, também amplamente divulgado. Assim como em todos os países europeus, onde estão infiltrados, acontece a mesma coisa.

    Ainda, picham todas as Igrejas nos países europeus, que os acolheram, onde podemos observar que apenas as Mesquitas não estão pichadas. Se fosse obra de pichadores, as Mesquitas também estariam.

    Depois reclamam da ISLAMOFOBIA?

    E, viva a ISLAMOFOBIA, que varrerá do mundo, a chaga da humanidade, o islamismo, e suas perversões sexuais: a pedofilia

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