Nessa última semana o Unicuritiba recebeu a ótima notícia de que sua equipe
no Jessup International Law Moot Court, ficou entre as três melhores equipes do
Brasil. O Jessup é a maior competição de Direito Internacional do Mundo, e simula
um julgamento perante a Corte Internacional de Justiça, principal órgão judiciário da
Organização das Nações Unidas (ONU), sendo organizada pela International Law
Students Association (ILSA). A equipe, composta pelas acadêmicas de Relações
Internacionais Fernanda Julian, Giseli Turmina Menegatt, Jennifer Carolina Leal,
Maria Luiza de Oliveira e Marina Nascimento, e liderada pela Profa. Michele
Hastreiter, conquistou o lugar de terceira melhor equipe do Brasil na competição.
O Internacionalize-se teve o prazer de entrevistar as participantes da
competição, que deixaram os seguintes depoimentos:
Giseli: Sem sombra de dúvidas, participar do Jessup foi uma das experiências mais
desafiadoras da minha vida. Todo o processo, desde as leituras sobre como a
competição funciona, até os tratados e artigos que lemos sobre o assunto, as
inúmeras reuniões até nos fins de semana, a preparação para fase oral e escrita de
memoriais, e tudo isso em inglês jurídico, me fizeram crescer muito. Hoje me sinto
muito mais preparada para o que vier pela frente, mas nada disso teria sido possível
sem o nosso trabalho em equipe e a orientação e confiança em nós que a
professora Michele teve. Foram meses de preparação, de receios, prazos a cumprir
e medo, mas tudo valeu muito a pena. É extremamente gratificante e
recompensador ver o quanto nossa equipe foi evoluindo aos pouquinhos. Nada
disso, teria sido possível sem todo o apoio que o grupo proporcionou, vou levar para
o resto da vida cada aprendizado que tive com esse time. O Jessup é muito mais do
que uma competição de direito internacional, é uma oportunidade de trabalhar em
equipe, de se desafiar, compreender a importância da pesquisa e das atividades de
extensão, de ter trocas e conhecer pessoas de vários lugares do mundo, é
realmente uma experiência inigualável.
Jennifer: Desde o começo o JESSUP foi uma experiência desafiadora, para
conseguir entregar o memorial no prazo trabalhamos até nos feriados de fim de ano.
Mesmo nas férias, estávamos produzindo nosso memorial. Entretanto, o aspecto
mais desafiador da competição foram os rounds. Nesses embates orais, nosso
conhecimento dos fatos e do direito internacional eram testados, os juízes faziam
diversas perguntas sobre nossos argumentos ao longo do nosso tempo de fala, o
que me deixava muito nervosa. Foi muito gratificante conseguir ir, aos poucos,
superando os receios e conseguir evoluir a cada round. Terminar a competição como
terceira melhor equipe brasileira nas rodadas internacionais foi muito emocionante,
pois todo o nosso trabalho teve seu reconhecimento. Ademais, criei um carinho
enorme por nosso time, que sempre esteve se apoiando ao longo do caminho. Ao
fim de tudo, ainda que por momentos eu tenha ficado desesperada com a
competição, pretendo continuar participando do JESSUP com o nosso time.
Fernanda: O ano passado foi um ano de desafios para todos, e com certeza o
Jessup foi um dos mais difíceis para mim. Começamos o grupo em novembro e nos
dedicamos ao máximo na escrita do memorial, abdicando das nossas férias para
conseguir concluir o trabalho a tempo. Nas rodadas nacionais, pudemos entender
realmente como as apresentações funcionavam: não precisávamos apenas
apresentar o texto que preparamos, mas também responder as perguntas dos juízes
que nos interrompiam a todo momento para testar se realmente tínhamos
conhecimento a fundo do caso e dos fundamentos do Direito Internacional Público,
tudo em inglês jurídico. Acabamos as rodadas nacionais em penúltimo lugar, o que
poderia ter desmotivado o grupo, mas só foi um incentivo para mergulharmos de
cabeça nos estudos e evoluir a cada apresentação. Ficar em terceiro lugar do Brasil
nas rodadas internacionais é o resultado de todas as horas dedicadas à competição
e é muito gratificante. Durante o Jessup eu fortaleci amizades, conheci pessoas
novas do mundo inteiro, me diverti e aprendi muito, tanto pessoalmente quanto
profissionalmente. Tive acesso a um conteúdo muito rico sobre DIP, e colocar em
prática a pesquisa fez com que eu fixasse até os mínimos detalhes sobre os
assuntos trabalhados no caso. Também aprendi a lidar com a frustração, cansaço e
obstáculos, e vi o quanto o trabalho em grupo e o apoio emocional são importantes
para conseguir seguir em frente. Nada disso seria possível sem as minhas companheiras e amigas no time, que fizeram um trabalho maravilhoso, e sem a
professora Michele que, como sempre, nos orientou de forma impecável, foi muito
além do seu trabalho e, principalmente, segurou as nossas mãos e nos incentivou
quando tudo parecia que ia dar errado. A competição com certeza foi uma das
experiências mais enriquecedoras da minha vida e sou grata pela oportunidade de
ter participado.
Maria Luiza: Participar da maior competição acadêmica de direito do mundo, foi
realmente uma experiência incrível. Após o processo de estudo do caso e
aprofundamento das leituras durante dois meses. Iniciamos, em dezembro, o
preparo dos dois memoriais, no qual representou um período de muita escrita e
encontros durante até mesmo os recessos de Natal e Ano Novo. Acredito que a
parte mais desafiadora de fato foram as rodadas, já que foram nelas que colocamos
em prova os meses anteriores de preparação. Nas “rounds” tivemos que
desenvolver a argumentação e a preparação perante os possíveis questionamentos
dos juízes. Além da questão do idioma, já que toda a preparação e a competição em
si, é realizada no idioma Inglês. O JESSUP foi uma experiência incrível e
definitivamente importante para minha graduação. Ao participar dele, consegui
trabalhar tanto os conceitos essenciais do Direito Internacional, como aprofundar
meus estudos em um disciplina que sempre admirei. Tenho muito orgulho dos
resultados que o nosso time alcançou! Sou muito grata às meninas do time, por todo
o apoio e dedicação em conjunto. E claro, um agradecimento à Professora Michele
que orientou e guiou o time de forma impecável!
Marina: Participar do Jessup 2021 foi um divisor de águas na minha vida, agora
existe a Marina antes do Jessup e a Marina pós Jessup. Participar de uma
competição tão renomada é um dos maiores desafios que já enfrentei, mas foi uma
experiência tão gratificante quanto. Durante os 6 meses da competição eu criei mais
uma família, foram meses de vídeos chamadas, áudios gigantes, textões, e
principalmente apoio emocional, não teria conseguido fazer nada se não fosse pelas
pessoas que me acompanharam nessa jornada. Através do Jessup pude aprender a
importância da pesquisa e da organização, de estudar a teoria e a prática, da leitura
e da oratória, e como a Prof. Michele brincava, de resgatar aquele sonho de criança
de ser atriz e personificar um Estado, e a partir disso utilizar os melhores argumentos para persuadir os juízes que estão conversando com você. Apesar de
todos os momentos difíceis, a competição é muito mais do que algo extremamente
sério e sem diversão, muito pelo contrário, são momentos de descontração, onde
você vai conhecer pessoas do mundo todo e vai fazer amizades para a vida. Estou
ansiosa para participar novamente no Jessup 2022.
O Internacionalize-se deixa aqui sua parabenização às participantes e à prof.
Michele, que trabalharam muito para receber esse resultado merecido! Parabéns e
sucesso!
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