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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Me Indica um Livro: Pequena Abelha, de Chris Cleave

Imagem: Entre Livros e Personagens

Por Bárbara Moraes1 

    Uma matéria sobre refugiados? “Não acho que você está entendendo que as pessoas vão abandonar a leitura logo no começo. Não é um assunto que afete a vida de alguém, o problema é esse”. 
    E essa é uma pitada do mel pelo qual a Pequena Abelha é uma leitura obrigatória não somente para todos os internacionalistas – mas para todas as pessoas. De fato, quando o assunto é refúgio, poucos analisam a situação no detalhe: “somos pessoas trágicas: não nos deixam contar o que teve de bom em nossas vidas, apenas as coisas ruins – é o que cabe em um pedido de refúgio. E se você não pode ler as coisas bonitas que aconteceram na vida de alguém, por que se importaria com as suas tristezas?”.
    As breves nuances destacadas exemplificam a sensibilidade com que Cleave narra a história de duas mulheres entrelaçadas por um infortúnio derivado de conflitos de poder por petróleo na África. Duas mulheres, duas histórias e dois países para retratar o que palavras dificilmente o fariam: a vida de um refugiado, que no caso é a nossa protagonista, a Pequena Abelha, de somente 16 anos. 
    Ao lado da Abelhinha temos Sarah, editora-chefe de uma revista britânica e mãe do Charlie, um menino de 4 anos. O autor traz o retrato da mulher branca de classe média e os desafios inerentes à rotina da mulher (e mãe) empreendedora, com seus dilemas e questionamentos morais. “Exilada da realidade. Refugiada em si mesma”, é a mulher que busca a beleza e o crescimento da vida, mesmo quando através da dor. 
    A fim de evitar os famosos spoilers e ao mesmo tempo querendo contar a história inteira, limito-me a destacar que o paralelo traçado em toda a obra demonstra com maestria a necessidade de repensarmos a forma como enxergamos o refugiado, o apátrida, enfim – o migrante.
    Segundo dados da Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para Refugiados), são pelo menos 82,4 milhões de pessoas ao redor do mundo que foram forçadas a deixar suas casas². O número representa quase toda a população de países como Turquia, Alemanha e Irã (que estão na média dos 83-84 milhões)³. Entre essas pessoas, cerca de 26,4 são refugiados - metade com menos de 18 anos. 
    E aqui vislumbramos a beleza da obra: é sobre relembrar que esses números que vemos diariamente na mídia, de forma objetiva e distante, na verdade são pessoas reais. São histórias roubadas, exportadas para outros países, de forma abrupta e, em regra, sem dignidade. 
    Assim, em que pese fictícia, a obra foi baseada em relatos de pessoas que passaram entre os mais de dez centros de detenção de imigrantes no Reino Unido. Os conflitos retratados na Nigéria também fazem jus à realidade: no período de redação do livro, o país ocupava a posição de 8o maior exportador de petróleo no mundo4 e o 2o lugar como exportador africano de pleiteantes de asilo político no Reino Unido.
    E mesmo contextualizada, a temática não podia ser mais universal. As crises humanitárias na Síria, Afeganistão e Sudão do Sul – somente 3 países - totalizam 67% dos refugiados do mundo hoje, segundo dados da Acnur. São mais de 11 milhões de pessoas. É pensar na saída de toda a população de países como Cuba e Portugal. No Brasil também não é diferente. Hoje mais de 260.000 refugiados e migrantes venezuelanos vivem no país. 
    Destarte, se um mínimo de empatia não é capaz de ser observada nas opiniões sobre migrantes, como se percebe em manifestações como “a verdade sobre os ‘venecos’? Para mim, poderiam ser eliminados como ratos”, a expectativa é que obras como essa inspirem novas formas de enxergar pessoas que, vítimas de perseguições e conflitos, poucas opções possuem além de ir para outro país. 
    E, por fim: por que o livro se chama Pequena Abelha? Pois paz é quando as pessoas podem contar umas às outras seus nomes de verdade. Conheça a história dela, da menina que não pode contar seu nome em razão da situação do país em que vivia. Deixe-a mostrar como uma história doce e ferroada é capaz de polinizar novos ressignificados sobre você, sobre eles, sobre todos nós. 

¹Bárbara é bacharel em Direito pela Universidade Positivo e Acadêmica de Relações Internacionais pela Unicuritiba. 
²Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/. Acesso em Agosto/2021. 
³Dados da Wikipedia, que seguem as estimativas oficiais de cada Estado. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_popula%C3%A7%C3%A3o.Acesso em Agosto/2021.
Fonte: US Energy Information Administration, “Top World Oil Net Exporters 2006”. 
Fonte: UK Office for National Statistics, “Applications received for asylum in the United Kingdom, excluding dependants, by nationality, 1994 to 2002”.
Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/2021/04/20/interiorizacao-beneficia-mais-de-50-mil-refugiados-e-migrantes-da-venezuela -no-brasil/. Acesso em Agosto/2021. 
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/05/16/interna_internacional,1267219/odio-aos-migrantes-venezuela nos-toma-conta-da-america-latina.shtml. Acesso em Agosto/2021. 

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terça-feira, 3 de março de 2020

Me indica um livro: O Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago





Por Manuela Paola



Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago,  pode ser considerado um dos livros mais conhecidos do mundo, assim como Cem anos de solidão e Anna Karenina. No entanto, sua história e a forma como ela é contada está bem longe de ser ordinária. Os personagens não têm nome e sua descrição se resume a apenas um fato: o médico, a mulher do médico, o primeiro cego, e por aí vai. No começo, pode parecer um pouco confuso, mas conforme a leitura anda, nota-se que essa lacuna é essencial para o desenvolvimento da história. Esta autora, particularmente, sempre gostou de saber o nome dos personagens, mas surpreendeu-se quando apreciou a falta deles. Sinceramente, deixar esse mistério foi uma jogada surpreendente de Saramago - com certeza, é um dos fatores que prende o leitor ao livro.

A cegueira mencionada no título da obra é a base do enredo. O primeiro cego, um dos personagens, encontra-se de repente numa total branquitude - diferente da escuridão que imaginamos ao falar de cegueira. A partir dele, outras pessoas são “contaminadas” e também param de enxergar, como o homem que ajudou o primeiro cego e o médico que o atendeu. Quando uma quantidade considerável de pessoas não mais enxerga, o governo fica alarmado e decide colocá-las em quarentena, assim como aquelas que entraram em contato com os cegos. Mais preocupados em parar a disseminação da “doença” do que em descobrir a causa, as autoridades isolam os infectados em um manicômio abandonado, sem nenhum auxílio médico, contando apenas com a própria noção de sobrevivência. Curiosamente, uma das personagens escapou do destino que assolou a todas as outras: a mulher do médico é a única que enxerga. Para não se separar do marido, ela deixou que todos os outros acreditassem que também tinha perdido sua visão. Dessa forma, ela foi uma personagem essencial na sobrevivência de tantos outros.

Em todos os capítulos, José Saramago mostra como o egoísmo e a maldade podem aflorar em uma situação única, assim como o instinto de sobrevivência e proteção de outros seres humanos. A selvageria é uma constante em determinados personagens e nos lembra de que nunca conhecemos alguém verdadeiramente. Mas mais importante que isso, a situação em Saramago colocou seus personagens principais fez com que a união em prol do bem de todos prevalecesse, causando a sua sobrevivência.

A vida imita a arte é uma frase comumente usada para designar uma situação real que já foi descrita anteriormente em algum livro, filme ou até mesmo pintura. O paralelo com a realidade e a obra de José Saramago é bem clara. No começo do ano, o ressurgimento de um conhecido vírus chamado coronavírus fez com que o governo chinês isolasse uma cidade inteira - Wuhan - em quarentena. Tem-se pouca informação da quarentena, logo, é interessante observar o modo como as notícias sobre a doença atingiram as pessoas. Algumas entraram em pânico, comprando máscaras e álcool em gel; outras deixaram aflorar o mais puro racismo que existe dentro de si. Pelo simples fato de que o vírus se originou na China, pessoas desta nação passaram a ser alvo de xenofobia em tantos outros países. Como na famosa obra, o pânico transformou e aflorou nas pessoas o que nelas há de pior. 
O brilhantismo com o qual José Saramago escreveu Ensaio sobre a cegueira se estenderá por inúmeras gerações. Mesmo escrito em 1995, a obra permanece atual, nos permitindo fazer diversos paralelos com o contemporâneo. Esta autora espera poder fazer, também, um paralelo com o final do livro. Boa leitura!
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domingo, 28 de julho de 2019

Me indica um filme: O Pianista e sua importância no tempo presente








Por Manuella Paola




“Se nos espetardes, não sangramos?
Se nos fizerdes cócegas, não rimos?
Se nos derdes veneno, não morremos?
E se nos ofenderdes, não devemos vingar-nos?”

            O trecho da obra O Mercador de Veneza, de Shakespeare, citado por Henryk, o irmão do protagonista, relaciona-se com todo o sofrimento pelo qual a família Spilzsman passou na Polônia da Segunda Guerra Mundial. O filme nos mostra que a intolerância para com os judeus começou de forma não tão sutil: primeiro, cada família só poderia possuir 2.000 zlotys, a moeda local; o que sobrasse deveria ser entregue aos alemães. Depois, eles eram obrigados a usar uma faixa ao redor do braço, com a estrela de Davi costurada. Os que a portavam e não comprimentavam oficiais nazistas nas ruas da Varsóvia, eram espancados abertamente - e ninguém movia um dedo para impedir. Em seguida, as violações contra a vida dessas pessoas foram ficando cada vez mais à vista: os judeus foram forçados a se mudarem para uma área delimitada pelos alemães, que logo após construíram um muro ao redor dos apartamentos, dando início aos guetos. Eles podiam sair dali e andar livremente por sua cidade? De forma alguma. Quem saísse sofreria graves consequências.

            Durante todo o filme, Adrien Brody interpreta o pianista Wladyslaw Szpilman com tanta sinceridade e emoção que é impossível não ficar tocado. Sua solitária jornada é angustiante e deixa o espectador com o coração na mão, esperando que a qualquer momento ele seja capturado e enviado para um dos temidos campos de concentração - que eram vendidos como campos de trabalho, onde as pessoas teriam uma vida melhor. A situação do pianista melhora (aliás, não piora, pois é difícil ver alguma positividade num momento como o dele) pois ainda havia boas pessoas em Varsóvia. Alguns amigos o ajudaram a se esconder, em diferentes localizações, para que os nazistas não o encontrassem. Depois de um tempo, Wladyslaw passou a se esconder em prédios destruídos pela guerra.

            Varsóvia já não era a mesma, e nem o pianista era o mesmo homem alegre de antes da guerra. Sozinho e com fome, a força que Wladyslaw deve ter tido para passar por toda aquela provação é inimaginável e nos faz pensar que nenhum ser humano deveria sofrer dessa maneira. Baseado em fatos reais, a mensagem de O Pianista é clara: não devemos nunca nos esquecer das atrocidades que foram cometidas contra um grupo de pessoas apenas pela escolha da sua religião. Sabe-se que ainda há muito preconceito contra diversos grupos - raça, orientação sexual, nacionalidade. Mas o que deve permanecer em nossas mentes é que não foram apenas monstros que permitiram que o Holocausto acontecesse. Foram, também, pessoas normais, que simplesmente escutaram o que um louco disse e não fizeram nada a respeito. Esse erro não pode se repetir.

            O Pianista é baseado na autobiografia homônima de Wladyslaw Spilzman e dirigido por Roman Polanski, que teve os pais mandados para campos de concentração. É um filme que toca nossos corações, através da música e do sofrimento. É um filme que nos faz perceber a força das pessoas que passaram por essa angustiante e triste situação e deixa uma pergunta em aberto: onde elas encontraram essa determinação para viver? Talvez a centelha de esperança em seus corações de que o mundo melhorasse um dia nunca tenha se apagado. E não deve se apagar nos nossos.

            Bom filme!
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sexta-feira, 26 de julho de 2019

Me indica um filme: Horas de Desespero (“No Escape”): guerra civil, Convenções de Viena e Haia e a ideologia anti-EUA

Figura 1 - Ilustração publicitária em título original "No Escape" (Fonte: Taxicafé[1])

Por Igor Vieira Brandão

Horas de Desespero (2015), tem em seu título uma presunção muito assertiva, porque a cada minuto o telespectador é mantido preso no sofá acompanhando a aflição de uma família americana que se vê em uma situação no mínimo... terrível. Imagine ser estrangeiro em um país asiático onde de repente “estoura” uma guerra civil, a população manifestando-se contra a influência das potências sobre a sua vida rotineira e que, por grande azar, o seu país de origem é a maior potência. Tudo piora pelo fato de estar com suas duas filhas pequenas e quando o consulado/embaixada de seu país foi invadido e destruído.
Owen Wilson interpreta Jack Dwyer, um funcionário da empresa americana Cardiff, especializada em sistemas de água, que está a estabelecer negócios no país. Após ficar claro que os rebeldes estão em busca frenética por estrangeiros selecionados para assassiná-los a sangue frio, Jack tem o desafio de fugir para os mais variados esconderijos, tendo que lidar com o insucesso de sempre ser descoberto. Após encontrarem agentes do governo britânico em uma situação parecida, são informados da única maneira de salvar a vida de sua família, juntamente a esposa, e este caminho retrata muitos assuntos abordados em sala de aula sobre ato de guerra (e a Convenção de Haia) - já sendo essa uma boa justificativa para assistir este grande filme de thriller/ação. Somado a isto, podemos ver claramente uma exemplificação dos descumprimentos das re
soluções da Convenção de Viena sobre a imunidade das repartições consulares e sedes ou escritórios de representação de organismos internacionais, e da visão anti-EUA, cada dia mais presente principalmente em discursos terroristas, fazendo dos assassinatos um verdadeiro genocídio, pelo fato de que o ódio empregado está associado a busca de realizar um ataque sociopolítico para extinguir uma determinada porção de pessoas.
O filme é dirigido pelo americano John Erick Dowdle, ganhador do BloodGuts UK Horror Award, pelo citado filme.
Bibliografia:
1. Taxicafé - http://www.taxicafe.com.br/tag/horas-de-desespero/
- “No Escape (2015 film)” - Wikipédia - https://en.wikipedia.org/wiki/No_Escape_(2015_film)
- “John Erick Dowdle” - Wikipédia - https://en.wikipedia.org/wiki/John_Erick_Dowdle
- “John Erick Dowdle – Awards” - IMDb - https://www.imdb.com/name/nm0235719/awards

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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Me indica um livro: Um lugar chamado liberdade


Por Manuela Paola


Mack McAsh pode viver em 1766, mas seu desejo por melhores condições de vida e de um trabalho digno perduram até os dias de hoje. Trabalhando como um escravo nas minas de carvão da fria e chuvosa Escócia, ele é um dos líderes da aldeia de Heugh que conseguiu escrever a um advogado londrino para saber das leis trabalhistas.

 Mack, então, descobriu que não precisava viver como um escravo pelo resto da sua vida: ele podia se livrar das amarras invisíveis que o prendiam à mina de carvão e à família Jamisson, que era dona das terras onde Mack trabalhava. O trabalho degradante que afetava a vida de mulheres, crianças e homens enfurecia o jovem trabalhador, mas não parecia causar sentimento algum aos aristocratas, que açoitavam  sem dó seus trabalhadores que tentavam fugir - literalmente seus, já que eram vistos como propriedades da elite.

 À frente do seu tempo, o trabalhador das minas ansiava por viajar para um lugar onde pudesse ser livre e trabalhar de uma maneira humana. Para tal, ele precisava fugir da aldeia de Heigh e chegar à Londres, onde se tornou influente e conhecido, à ponto de provocar greves que mobilizaram inúmeros trabalhadores que não tinham a força para lutar por si mesmos. No entanto, numa armação provocada por quem o odiava, Mack acaba sendo preso injustamente e condenado à forca. Com a influência de quem se importava com ele, a justiça reverteu a condenação e decidiu por mandá-lo como escravo para a América. Novamente, Mack se encontrou preso e ainda mais longe da tão sonhada liberdade.
            
 Do outro lado do espectro, temos Lizzie Hallim, uma aristocrata que não tinha mais um xelim para gastar - culpa de seu falecido pai - e ainda assim, nunca perdeu a compostura. Lizzie era desinibida e não entendia as regras sociais que a forçavam a se comportar como uma respeitável senhora. Ela desejava cavalgar com as uma perna de cada lado do cavalo, gostava de falar sobre política e adorava praguejar. Mas independente de sua classe social, ela foi obrigada a fazer um sacrifício para salvar a si e sua mãe de uma vida que nenhuma delas iria aguentar: uma vida sem luxos. O casamento arranjado com um filho dos Jamisson foi a perfeita solução para os problemas de Lizzie. No entanto, ela ainda não estava satisfeita: seu maior desejo era sair da Escócia e conhecer o mundo. Assim, como presente de casamento, o casal recebeu uma fazenda de tabaco na Virgínia, que se encontrava na distante América.
          
  Por obra do destino ou no quer que você acredite, Mack McAsh foi parar na fazenda de tabaco do casal Jamisson, onde seus laços com Lizzie, criados quando ainda eram pequenos, começaram a se estreitar. Juntos, eles percebem que devem fugir se quiserem ser livres como sempre sonharam.
        
 Ken Follet nos coloca dentro das minas de carvão, narrando com realismo o sofrimento dos trabalhadores, assim como o dos escravos nas fazendas de tabaco na América. É preciso prestar atenção a miséria pela qual essas pessoas passaram - e que algumas continuam passando - para que o futuro possa ser diferente do passado vivido por Mack McAsh. O autor também engloba temas atuais, como greves e direitos trabalhistas, misturando-os com história, quando as colônias inglesas começaram a pensar sobre sua independência da colônia britânica e a conquista do Oeste americano.

Apesar de pecar um pouco quando narra as partes de Lizzie - lágrimas em excesso para o gosto desta autora -, a busca dos personagens por liberdade envolve o leitor e nos deixa pensando se somos realmente livres - seja de costumes sociais, casamentos ou até mesmo de nossas próprias famílias. A história de Mack e Lizzie é inspiradora, como você descobrirá no final do livro, e deixa com um gostinho de quero mais livros como esse! Se você gostar de Um lugar chamado liberdade, esta autora recomenda fortemente outras obras de Follet, como a trilogia O Século e O Buraco da Agulha. Boa leitura!
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