sexta-feira, 29 de abril de 2011

"De economia e futebol todo mundo entende um pouco!"


"De economia e futebol todo mundo entende um pouco!" Certamente alguns dos que estão lendo esse texto já ouviram essa frase: somos milhões de técnicos da seleção brasileira e milhões de Ministros da Fazenda. É só reparar em reuniões de amigos e happy hours sendo palco de acaloradas discussões sobre o melhor ou pior time, o erro ou o acerto do juiz; entretanto, hoje em dia, raramente o centro do debate é a recente alta da Selic, o sistema de metas de inflação, ou a variação do câmbio na última semana.
Apesar do meu gosto pelo futebol, proponho-me aqui a discutir um pouco sobre o gosto pela economia.

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Paraguai potência?



por Alexandre Pereira Santos



A Guerra do Paraguai provoca certo fascínio na história brasileira, pois ela foi o grande conflito que o nosso país enfrentou. Após esse momento símbolos nacionais nasceram (Exército) e outros começaram a decair (Império). Porém, a participação do Brasil nesse conflito ainda é subestimada. Dessa forma, o livro de Francisco Doratioto, “Maldita Guerra”, vem para explicar essa posição que foi tão discutida. A influência da Inglaterra, o nascimento do mito Solano Lopez e as maleses que esse conflito causou na região, mantendo sempre a neutralidade, sem a utilização de nacionalismos que pudessem atrapalhar a análise dos fatos ocorridos. 


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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Discursos de posse contam a História: o discurso de Lula no seu primeiro governo - 2003

Etiane Caloy *


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Em Discursos de Posse que Contam a História hoje disponibilizamos o discurso de posse de Lula em janeiro de 2003. Neste discurso o presidente eleito fala de sua trajetória de retirante nordestino a presidente do Brasil. Lula foi eleito com 62% dos votos úteis e abriu seu discurso com a promessa de realizar mudanças no que chamou de "um modelo que produziu estagnação"; colocou o combate à fome como prioridade de seu governo e a geração de empregos como uma ‘obsessão”. Abaixo, o discurso na íntegra:
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terça-feira, 26 de abril de 2011

Diário de Guantanamo



Por Andrew Patrick Traumann


O governo norte-americano tem mantido desde 2002 centenas de prisioneiros sem acusação formal,incluindo doentes psiquiátricos, idosos com deficiência física e adolescentes. Ali vigora um sistema cujo único objetivo era obter informações a qualquer preço,principalmente por meio da tortura. É esta a conclusão de 759 documentos secretos divulgados pelo site WikiLeaks na última  segunda-feira 25 de abril.
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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mais um aumento nos juros: impactos para a economia interna e para as relações econômicas internacionais





Cíntia Rubim*


Acompanhamos na quarta-feira, dia 20 de abril, novo aumento da taxa básica de juros da economia brasileira, a SELIC, de 11,75% para 12% ao ano. Com essa taxa de juros, o Brasil continua campeão mundial em juros reais (taxa de juros descontada da inflação) e vice-campeão em juros nominais, perdendo para a Venezuela, cuja taxa nominal é pouco mais de 18% ao ano. Muitos são os impactos de uma taxa de juros alta em uma economia.
Não me proponho aqui discutir a origem desse fenômeno no Brasil, mas analisar basicamente duas questões. A primeira diz respeito aos efeitos sobre a economia doméstica e a outra questão se refere às relações comerciais entre economias.
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ditaduras e crescimento econômico


Luciana Yeung


     Foto: Arquivo Nacional/Correio da Manhã

De tempos em tempos, ouve-se gente defendendo os regimes ditatoriais, pois eles seriam mais propícios a um país que quer sair de um estado de sub-desenvolvimento para o de desenvolvimento. Estas pessoas argumentam que a ordem, a disciplina e o planejamento estratégico de políticas econômicas – cruciais para se ter o “empurrão para a frente” – seriam mais garantidos, senão somente garantidos, através de regimes “fortes” e centralizadores.
Parece que há vários exemplos comprovando este argumento: o “milagre econômico” brasileiro da década de 1970 somente teria ocorrido graças a ditadura militar; o exemplo clássico dos quatro “tigres asiáticos” (na verdade de três, pois Hong Kong não foi submetido a uma ditadura) e até mesmo do Japão – que foram os casos mais bem-sucedidos de rápida industrialização do século 20 – parece indicar que não há como crescer sem um estado forte, autoritário e não-democrático. Finalmente, escancarando na frente de nossos olhos estaria o caso da China de hoje: tão espetacular quanto seu crescimento econômico parece ser a capacidade de o Estado Chinês controlar o que fazem, dizem, escrevem ou pensam sua população.
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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Discursos de posse contam a História: o discurso de Lula – reeleito em 2006

Etiane Caloy *


Dando prosseguimento à nossa intenção de disponibilizar o discurso de posse dos presidentes brasileiros, abaixo temos o discurso de posse de Lula, reeleito em 2006.
No seu discurso de 1º. de janeiro de 2007, o presidente expressa o seu propósito de “democratizar não só a renda, mas também o conhecimento e o poder.” Fala da preocupação com a saúde, a segurança pública, os Direitos Humanos,  a educação, principalmente universitária, através do PROUNI;  o presidente também  entende que é importante a inclusão das mulheres e dos negros na política, política que precisa recuperar sua credibilidade diante da população.  Ao repensar este discurso, perguntamo-nos o que efetivamente mudou para melhor no Brasil. Abaixo, o discurso na íntegra:
 
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O outro lado da moeda: os efeitos da crise africana sobre a integração européia

Gabriela Prado

Em 2010, a UE enfrentou uma crise econômica que colocou a unidade do bloco à prova. Em 2011, um novo desafio – agora político – começa a se desenhar para o continente.


Fonte: Filippo Monteforte/Agence France-Presse — Getty Images.

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terça-feira, 19 de abril de 2011

Os novos donos da bola

Danilo Almeida

Eximidas as justas exceções, nunca foi tarefa das mais fáceis encontrar um espaço público de discussões aprofundadas e avalizadas sobre a agenda internacional, onde a pluralidade predominasse sobre o discurso único e o contraditório sobrepujasse as verdades estabelecidas. De outro lado, a construção deste espaço também sempre foi tarefa desafiadora: a distância cultural em relação a alguns acontecimentos e a falta de instrumental adequado para a interpretação dos fatos se somavam a restrições de tempo e espaço – além de outras, como aquelas impostas por interesse.
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

São as estratégias utilizadas pelos EUA e aliados as melhores para lidar com os atuais conflitos? Parte II

Por Fernando Archetti*

O conceito de guerra híbrida demonstrou sua validade empírica no atual ambiente de segurança internacional, envolvendo uma combinação de novos atores (terroristas transnacionais, insurgências de caráter global, gangues criminosas, narcotraficantes, empresas privadas de segurança, piratas, grupos tribais/ regionais com recursos pós-modernos, mas estruturas e ideologias pré-modernas) com novas tecnologias (KILCULLEN, 2008), embora antigas ameaças e modos tradicionais de guerra não tenham desaparecido, apesar de não mais predominarem (VISACRO, 2009) ou não receberem o devido destaque ou cobertura pelas agências internacionais.
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“Inside Job” – Um comentário sobre a verdade nua e crua da crise

Cintia Rubim

O melhor documentário de 2010, o premiado Inside Job, destrincha a crise a partir de extensa pesquisa e entrevistas concedidas e não concedidas (várias pessoas se negaram a dar entrevista, dentre elas Alan Greenspan, ex presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, atual presidente do FED e Timothy Geithner, atual secretário do Tesouro dos EUA).
De fato, não há nada ali de essencialmente novo, mas o filme aborda muito mais do que a crise de 2008. Didaticamente estruturado em cinco partes: Como chegamos, A Bolha, A Crise, Prestação de Contas e Onde Estamos Agora, retrata a evolução do sistema financeiro americano, sobretudo a partir do Governo de Ronald Reagan nos anos 80, até os dias pós crise, levando o espectador a concluir que dois anos após a deflagração do colapso do sistema, nada realmente mudou. Não me proponho a explicar a crise, fato que já muitos artigos e o próprio documentário, dentre outros, o fizeram, mas a tecer breves comentários que me inquietam muito mais do que o próprio evento crise.
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O engajamento chinês no regime de não-proliferação

 Bruno de Paula Castanho e Silva

Um dos regimes mais importantes para a sociedade internacional desde meados da Guerra Fria é, sem dúvida, o da não-proliferação de armas de destruição em massa (WMD na sigla em inglês) e o de gradual desarmamento das potências nucleares. O risco de que um conflito possa levar à extinção da vida humana na Terra levou os Estados a buscarem mecanismos para reduzir ao mínimo possível a possibilidade de uma guerra nuclear.
O regime alcançado, sem dúvida, tem razoável efetividade em dissuadir países mais fracos de buscarem a obtenção destes armamentos. No entanto, quando se trata das grandes potências nucleares, a questão torna-se muito mais complexa. Armas nucleares são um elemento central nas estratégias de segurança nacional de Estados Unidos, Rússia e China, e quaisquer tentativas de levar estes países a reduzirem seus arsenais ou comprometerem-se com a não-proliferação requer longas negociações e concertos.
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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aproximação com os chineses



Juliano da Silva Cortinhas

A atual visita da presidente Dilma Rousseff à China para a reunião do BRIC – grupo que reúne, além de Brasil e China, Rússia, Índia e, mais recentemente, a África do Sul –, tem vários significados importantes.
É necessário analisar a questão a partir de uma perspectiva mais abrangente, em que a presidente mantém uma linha de inserção internacional que apresenta similaridades em relação à anterior, ou seja, embasada na diversificação de parcerias, com foco nos países emergentes. O futuro da economia mundial, para muitos economistas, será definido pelo desempenho econômico dos BRIC. Se esses países consolidarem seus modelos de crescimento por mais algumas décadas, a economia mundial tende a acelerar sua recuperação após a crise iniciada em 2008 e a retomar seu forte padrão de crescimento dos anos anteriores. Se, por outro lado, os desempenhos piorarem, a estagnação econômica pode levar à necessidade de releituras mais profundas do equilíbrio econômico-comercial mundial.
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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Das Responsabilidades na Guerra da Líbia

Por Diéllini Karla Jacomuni*


Ao estruturar um diálogo entre análises da Escola Inglesa e a Guerra da Líbia, o presente artigo busca tecer breves considerações sobre o envolvimento de Estados e da Organização das Nações Unidas (ONU), que interferem decisivamente quanto à sobrevivência do regime de Kadafi. Espera-se, assim, estimular o avanço da discussão sobre o tema no país, aproximando-se de entendimentos quanto as ações militares da coalizão internacional, liderada atualmente pelos Estados Unidos. Trata-se, então, de interpretar os princípios normativos – implícitos e explícitos – defendidos pelos diversos atores deste processo sob à luz da Escola Inglesa. Para tanto, utilizaremos as três dimensões de responsabilidade – nacional, internacional e humanitária – de modo a criar um referencial de análise que estabeleça aproximações entre o Realismo, o Racionalismo e o Revolucionismo sobre o estudo de caso proposto.
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Discursos de posse contam a História: o discurso de Dilma Rousseff

Etiane Caloy *

Os discursos de posse dos presidentes de um país contam a sua História. Tendo isto em vista vamos, periodicamente, disponibilizar os discursos de posse dos presidentes brasileiros com a intenção de conhecer melhor e também comparar o contexto histórico no qual estes sujeitos tomaram posse. Leia o discurso de Dilma Rousseff na íntegra:



"Senhor presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney, Senhores chefes de Estado e de Governo que me honram com as suas presenças, Senhor vice-presidente da República, Michel Temer, Senhor presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia, Senhor presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, Senhoras e senhores chefes das missões estrangeiras, Senhoras e senhores ministros de Estado, Senhoras e senhores governadores, Senhoras e senhores senadores, Senhoras e senhores deputados federais, Senhoras e senhores representantes da imprensa, Meus queridos brasileiros e brasileiras,
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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Religião X Ciência: equilíbrio ao poder do Estado pela moral da Igreja


Marina Formighieri Sperafico

Religião e ciência nunca foram exemplos de grandes cooperadores na história mundial. Pelo contrário: no Brasil, já houve caso de um Procurador do Tribunal Eclesiástico publicar carta aberta ao Presidente da República ameaçando-o de excomunhão caso fosse sancionado projeto aprovando as pesquisas com células-tronco embrionárias. E tal radicalismo não é recente. Cientistas como Galileu Galilei enfrentaram resistências incomensuravelmente mais fortes contra seus certeiros descobrimentos na Idade Média, época em que a Igreja era a principal instituição vigente e gozava de poderes exorbitantes, tanto em sua própria esfera, quanto nas áreas econômica, cultural e principalmente política.
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domingo, 10 de abril de 2011

O primeiro trimestre do Governo Dilma e os desafios para a economia brasileira

Ana Beatriz Braga Trajano Borges


Herança do mandato do ex-presidente Lula, mais precisamente a partir das medidas fiscais expansionistas adotadas com a crise financeira de 2008, a crescente expansão do consumo e alta no nível do emprego impulsionam o PIB para este primeiro trimestre do governo de Dilma Rousseff, estimado em 0,7% a 1,2%, segundo dados do Estado de São Paulo[1]. Indicadores da demanda doméstica, como mercado de trabalho, crédito e confiança do consumidor, impulsionaram o brasileiro às compras, muito embora as medidas da equipe de Mantega em relação ao crédito sejam contracionistas.
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quinta-feira, 7 de abril de 2011

São as estratégias utilizadas pelos EUA e aliados as melhores para lidar com os atuais conflitos? Parte I

Por Fernando Archetti*



Antes de responder a pergunta proposta para este ensaio, fazem-se necessárias algumas considerações sobre o atual ambiente de segurança. Para essa tarefa, o recorte temporal será o do atentado terrorista de 11 de setembro em 2001, já que se considera, aqui, como o ponto de partida para a percepção de que um ambiente velho tomou configurações fundamentalmente novas, alterando a dinâmica política mundial, através de um processo que começou com o desagregamento da URSS em 1991.
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O voto masculino no Brasil

Etiane Caloy *
 O voto masculino no Brasil é uma conquista tão importante quanto a do voto feminino, porém, ela realizou-se antes para o homem, mas não sem restrições. A primeira eleição no Brasil ocorreu no ano de 1532 quando Martim Afonso de Souza, donatário da Capitania de São Vicente, pretendeu formar o Conselho Administrativo da Vila de mesmo nome. Neste período, no qual o Brasil era colônia de Portugal, só votavam os chamados “homens bons”; esta expressão pouco definida incluía os homens qualificados pela linhagem familiar, homens possuidores de rendas e propriedades, homens que participavam da burocracia civil e militar e que podiam ser analfabetos. As eleições ficavam circunscritas aos municípios. 
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eduardo Galeano e a América Latina


Quero hoje compartilhar com os leitores este vídeo de cerca de 24 minutos, em que Eduardo Galeano fala da alma latino americana, que está colocado no sítio de Breno Cunha. Neste endereço poderão ser encontrados vários outros vídeos de autores como Leonardo Boff, Milton Nascimento, Ruy Guerra, todos tendo como tema a América Latina. Vale a pena conferir.




Renato Carneiro Jr. é professor de história da Unicuritiba e diretor do Museu Paranense. Esta coluna de Cultura e RI sai às quartas-feiras.
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terça-feira, 5 de abril de 2011

O fim da Primavera Árabe e o caso da Síria

Bashar Al-Assad, presidente sírio.
Por Andrew Patrick Traumann *

Muito se tem falado sobre os acontecimentos na Líbia, que parecia ser a próxima pedra do dominó árabe a cair após os levantes da Tunísia e Egito. No entanto, o tempo se encarregou de mostrar que os protestos  na Líbia possuem um caráter muito diferente do que ocorreu em países vizinhos. A oposição líbia na verdade não possui compromisso algum com reformas democráticas e o perfil de seus integrantes está muito mais ligado a uma luta tribal com nuances nacionalistas do que a revolução comandada por jovens integrados a redes sociais como vimos no Egito.
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

O voto feminino no Brasil completou 79 anos




Etiane Caloy *

O voto feminino no Brasil foi uma luta pela ampliação da participação feminina na sociedade e uma conquista de maior cidadania para a mulher que teve seu reconhecimento na primeira metade do século XX. E o nosso país não estava em descompasso com esta discussão mundial, como percebemos pela lista abaixo:



Nova Zelândia – 1893
Austrália - 1902
Finlândia - 1906
Noruega - 1913
EUA - 1920
Grã-Bretanha - 1928
Portugal – 1931
Brasil – 1932
França - 1945
Bélgica - 1946
Suíça - 1971
Kuwait – 2006
Estes são apenas alguns exemplos desta conquista.
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São as estratégias utilizadas pelos EUA e aliados as melhores para lidar com os atuais conflitos? Parte I

Por Fernando Archetti*
Antes de responder a pergunta proposta para este ensaio, fazem-se necessárias algumas considerações sobre o atual ambiente de segurança. Para essa tarefa, o recorte temporal será o do atentado terrorista de 11 de setembro em 2001, já que se considera, aqui, como o ponto de partida para a percepção de que um ambiente velho tomou configurações fundamentalmente novas, alterando a dinâmica política mundial, através de um processo que começou com o desagregamento da URSS em 1991.
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Mídia, opinião pública e Relações Internacionais: o caso chinês

                                                                                                              Camilla Hoshino*


A censura por parte do governo chinês em relação à circulação de informação tem despertado debates sobre a manipulação da mídia, atitude presente há séculos nos meios de comunicação e que parece se intensificar na vigência de governos opressores. No entanto, a intenção aqui não é acirrar ainda mais essa discussão, mas ressaltar o papel da mídia como formador de opinião pública, podendo assim influenciar nas relações internacionais. É certo que a liberdade de expressão é um direito fundamental de todo indivíduo, mas também é certo que a China, mesmo sendo uma ditadura ferrenha e considerado um dos países que mais atentam contra os direitos humanos, se tornou uma das maiores economias mundiais, além de ter uma cadeira permanente no tão almejado Conselho de Segurança da ONU.

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Iraque, Kuwait e Líbia: resoluções da ONU e legitimidade das ações armadas

           Por Andréia Barcellos*
         
            Em 1991 houve a primeira ofensiva norte-americana ao Iraque, autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Tendo como prerrogativa a anexação Iraquiana ao Kuwait, anunciada em agosto de 1990 por Saddam Hussein.
            Diversas Resoluções foram aplicadas contra o Iraque, até que em 02 de Agosto 1990 tem-se a Resolução 660 condenando a invasão e estabelecendo soluções pacíficas. Porém ela não alcançou seus objetivos, e começou a ter uma pressão das potências ocidentais para que a ONU tomasse medidas mais drásticas. Por fim é dado o prazo de 15 de Janeiro de 1991 para que o Iraque retire suas forças do Kuwait, o que não ocorre. Um dia após o ultimato, vinte e oito Países, sob a liderança dos Estados Unidos, iniciaram os bombardeios à Bagdá, respaldados pela Resolução 678 de 29 de Novembro de 1990, que autorizou “os Estados-membros a utilizarem todos os meios necessários para fazer valer e implementar a resolução 660 de 02 de Agosto de 1990 e para restaurar a paz e a segurança internacional na região”. Essa ação militar só ocorreu depois da autorização da ONU, tornando-se uma ação legitimada e com credibilidade dentro do cenário internacional. Em Abril deste mesmo ano tem-se a Resolução 687, garantindo o cessar-fogo e as novas regras do relacionamento entre Iraque e demais Estados.

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domingo, 3 de abril de 2011

Terremoto no Japão - Parte II: Análise preliminar sobre os impactos econômicos

Bruna Freitas Vicente

Imagem do interior de reator de Fukushima Daiichi (Foto: BBC)As catástrofes do dia 11 de março no nordeste do Japão além de terem resultado em vários problemas para o setor primário da região, como o desabastecimento de alimentos, falta de combustível, aumento dos preços, problemas na usina nuclear de Fukushima 1, apresentam desdobramentos preocupantes e ainda não totalmente conhecidos para a economia global, tanto nas grandes potências como em países emergentes.
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Terremoto no Japão - Parte I: Impactos humanos e políticos

Gustavo Tetsuo Hirata Yendo

No dia 11 de março de 2011, um dos maiores terremotos da história atingiu o Japão, seguido de gigantescos tsunamis – ondas gigantes – que atingiram parte da costa do país. Enquanto imagens de destruição e desolamento, infelizmente já comuns e rotineiras aos olhos das pessoas ao redor do globo, percorriam os principais canais de comunicação pelo mundo, a avaria causada na usina nuclear de Fukushima Daiichi, que pode ter causado um vazamento radioativo, desviou o foco da atenção de autoridades – nacionais e internacionais, de ambientalistas, da imprensa mundial, e da própria população japonesa, da questão política e humanitária envolvida pelo desastre.
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sábado, 2 de abril de 2011

Deputado brasileiro é militarista e intolerante

Por Luiz Otávio Ribas

No terceiro capítulo da minha saga para chegar a ser tão popular quanto Alborghetti, Ratinho pai e filho, abordo novamente o tema dos direitos humanos na mídia. Minha indignação brotou quando assisti a mais um depoimento do Deputado Federal Jair Bolsonaro - PP-RJ. Legítimo representante da "rapa do tacho" da ditadura brasileira, seria um personagem tragi-cômico, se não houvesse no Brasil tantos seguidores desta linha ideológica militarista e intolerante, com a respectiva representação partidária.
No programa Custe o que Custar - CQC, da TV Bandeirantes, desta última segunda-feira, o deputado foi entrevistado por populares no quadro "O povo quer saber".




Os quatro minutos de entrevista foram suficientes para demonstrar que trata-se de alguém bem preparado para ser o "galo de rinha" da linha dura no Planalto, mas que na televisão é desastrado e impaciente.
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

25 anos de Plano Cruzado

Patricia Tendolini


No mês de fevereiro “comemoramos” 25 anos de uma das experiências mais eufóricas e, em contrapartida, mais traumáticas de nosas economia: o Plano Cruzado. A data passou quase despercebida pela mídia em geral, mas certamente causa arrepios em muitos brasileiros ao ser lembrada.
Em janeiro de 1986, a inflação medida pelo IPCA mensal fora de 14,37% e no ano de 1985 havia se acumulado em 232,23%. O governo fizera, ainda sob o comando do Ministro Dornelles, uma tentativa ortodoxa de combate ao dragão da inflação (era assim que o tal “bicho de sete cabeças”era chamado) em 1985, sem sucesso.
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