- El Salvador
A Assembléia Legislativa de El Salvador aprovou a destituição de um terço da Corte Superior de Justiça (01/05). Tratava-se de 5 juízes que estariam causando entraves às políticas rígidas de lockdown impostas pelo atual presidente Nayib Bukele. A medida foi considerada inconstitucional pela própria CSJ e foi amplamente criticada pela comunidade internacional. A OEA, a CIDH, a Human Rights Watch, o governo dos Estados Unidos (principal parceiro comercial de El Salvador) dentre outros, manifestaram preocupação por considerarem que a decisão viola a independência dos três poderes e, por tanto, o Estado de Direito.
Bukele respondeu às críticas da comunidade internacional em seu twitter finalizando da seguinte forma: “[...]com todo o respeito: estamos limpando nossa casa... e isso não é da sua conta". No Brasil a notícia foi bem recebida por Eduardo Bolsonaro que compartilhou a resposta de Bukele e finalizou afirmando: "Juízes julgam casos, se quiserem ditar regras que saiam às ruas para se elegerem”. Dessa forma, o atual governo conta com o apoio de mais de dois terços do Congresso e da Assembléia, garantindo amplo poder ao presidente.
- Israel
Neste domingo, dia 2 de maio, foi estabelecido luto nacional em Israel. O país lamenta a morte de 45 pessoas (dentre elas 12 adolescentes e crianças) durante uma peregrinação que reuniu milhares de judeus ultraortodoxos no Monte Meron, norte do país (sexta-feira, dia 30), o desastre também deixou cerca de 150 feridos. Tratava-se da primeira grande aglomeração desde o início da pandemia após sucesso na campanha de vacinação, mas resultou em tragédia quando um grande número de pessoas tentavam ao mesmo tempo passar por uma saída estreita causando pânico e tumulto. Benjamin Netanyahu considerou este como sendo uma das maiores tragédias na história do Estado Judeu desde a sua criação em 1948.
- Colômbia
Uma série de protestos que ocorreram nessa semana na Colômbia foram duramente repreendidos e podem ter levado à morte de até 10 pessoas. Os protestos vêm acontecendo devido a tentativa do governo do presidente Ivan Duque de implementar uma reforma tributária para tentar recuperar a economia do país pós pandemia, as medidas representavam o maior e mais importante projeto do atual governo. A tensão nas ruas se intensificou na quarta-feira (28) quando foi convocada uma greve nacional, a resposta militarizada por parte do governo foi amplamente criticada. No entanto, Duque abriu mão das medidas e fez um discurso televisionado apaziguador prometendo produzir novas propostas que estivessem em consenso com os partidos e organizações do país.
- Myanmar
O Conselho de Segurança da ONU demandou nesta sexta-feira (30) que a democracia seja restabelecida em Myanmar, que a violência cesse e que os presos políticos sejam libertos. O país sofreu um golpe militar em primeiro de fevereiro logo após a eleição da líder Aung San Suu Kyi, levando a uma onda de protestos que tem sido duramente reprimida. A população de Mianmar, apesar de suas diferenças étnicas e culturais, têm se unido pelo objetivo de acabar com o regime militar e restaurar a democracia. Segundo o Assistance Association for Political Prisoners (AAPP), grupo que busca rastrear as mortes, desaparecimentos e prisões desde a tomada de poder pelos militares, estima-se que ao menos 759 protestantes tenham sido mortos e 4500 tenham sido detidos, a situação aparente estar cada vez mais crítica.
- Líbia
Novos casos de afogamentos de migrantes continuam acontecendo na costa da Líbia. No domingo, dia 2, um bote carregando em torno de 24 migrantes virou na costa da Líbia em direção à Europa, resultando na morte de 11 pessoas. Esse foi o naufrágio mais recente na movimentada rota de migração do mediterrâneo, desde de 2014 foram mais de 20.000 mortes de migrantes vindos da África para a Europa, em torno de 7 mil este ano, sem contar aqueles que foram interceptados e devolvidos à Líbia. Contrabandistas se aproveitam da situação de necessidade de famílias que tentam fugir das adversidades dos seus respectivos países de origem.
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