Por Fernando Yazbek e Manuela Paola
A coluna Redação Internacional, que completa um ano no Blog Internacionalize-se se debruçando nas manchetes sobre o Brasil no exterior, encontrou neste mês de março a maior quantidade de notícias dos mais diversos jornais internacionais acerca das situações sanitária, política e econômica brasileiras. O país, que detém cerca de 3% da população mundial, fecha o mês sendo o responsável por 27% dos óbitos decorrentes de covid-19.
Não bastassem as médias móveis de mais de 1500 mortes por dia, o brasileiro teve de se acostumar a ver a crise política dividindo o boletim de notícias com o extenso obituário. Nos 31 dias em que caíram o terceiro ministro da saúde e mais incontáveis chefes de pastas, difícil foi achar algum veículo de imprensa estrangeiro que não tenha emitido editoriais preocupados com o Brasil. Somado a isto, as eleições presidenciais de 2022 já tomam as notas de rodapé com a elegibilidade do ex-presidente Lula. Março, com notícias para encher a banca por um ano, quase não coube no calendário. Se contarmos somente o jornal The Guardian, o Brasil apareceu diretamente em pelo menos 35 reportagens nesse mês. A mídia inglesa iniciou março falando da volta ao jogo político de Lula.
A sombra do petista fez com que o negacionista e atual presidente Jair Bolsonaro mudasse o tom sobre a gravidade da pandemia. A gestão sanitária do governo brasileira é classificada como “morosa” e o Palácio de Planalto já se preocupa com a escalada de Lula nas pesquisas eleitorais, crava o Guardian. Na reportagem, o jornal detalha a impugnação da candidatura em 2018 do ex-sindicalista em decorrência da condenação que recebeu do ex-juiz e ex-ministro bolsonarista Sergio Moro, considerado incompetente e suspeito pelo Supremo Tribunal Federal. Lula, agora elegível, discursou por 80 minutos e usou máscara, “coisas em que Bolsonaro falha repetidamente”, disse o jornal.
Em outro extenso texto, o The Guardian ouve especialistas que afirmam que a passagem de Ernesto Araújo pela chancelaria brasileira é “a mais calamitosa página na história diplomática do país”. Nele, o ex-ministro das relações exteriores é tido como “submisso” ao ex-presidente estadunidense Donald Trump. Celso Amorim, ouvido pelos ingleses, disse que levará um longo tempo para o Brasil deixar o isolacionismo e retomar a credibilidade internacional.
Até o famoso personagem autenticamente brasileiro Zé Gotinha foi notícia em Londres. No lento ritmo de vacinação contra a covid-19, a imprensa inglesa sente falta do cartum que “ajudou a limpar a poliomielite e o sarampo do Brasil”. O jornal cita o episódio em que os filhos do presidente divulgaram uma imagem do personagem portando um fuzil e repercute a decepção do criador de Zé Gotinha em ver seu desenho infantil armado. The Guardian lembra que, em dezembro, o boneco se recusou a apertar a mão de Jair Bolsonaro e do então ministro da saúde Eduardo Pazuello.
A saída do General da pasta da saúde não surpreendeu. Trocado pelo médico cardiologista Marcelo Queiroga, Pazuello deixa o cargo com mais de 300 mil mortes por covid no país e um legado pior que o de Araújo. O que espantou o Guardian, nas trocas ministeriais, no entanto, foi a completa reformulação nas Forças Armadas no fim de março. A renúncia concomitante dos três chefes de Exército, Marinha e Aeronáutica, provocada pela “insistência de Bolsonaro por posicionamentos políticos do oficialato”, veio após a demissão “de três minutos de conversa“ do General Fernando Azevedo e Silva do ministério da defesa. O imbróglio militar reacende discussão, finaliza o jornal, sobre as recentes declarações presidenciais sobre celebração do golpe de 1964 e suas intenções em decretar estádio de sítio em meio à pandemia.
O vizinho La Nacion, apresenta um Bolsonaro “apertado” pela crescente pandemia e “assediado pelo congresso hostil”. O editorial dá a entender que o presidente pode estar armando uma intentona de golpe quando se refere ao exército como “minhas forças armadas”.
Logo na manchete, é atribuído ao ex-capitão um plano semelhante ao que aconteceu em 6 de janeiro, quando o Capitólio norte-americano foi invadido por golpistas a favor de Donald Trump em Washington. Bolsonaro, porém, tem um “futuro incerto”, mas que há de ser parecido com o do derrotado por Biden nos Estados Unidos, sentencia Nacion.
Com Bolsonaro solitário na política e o país deslocado na diplomacia, o Brasil corre o risco de isolamento mundial em sentido literal. Este é o alarme feito pelo The Wall Street Journal. A variante P1 do coronavírus, de maior taxa de transmissibilidade e de mortalidade, já é majoritária no território nacional e foi rastreada em contaminados em Nova Iorque. O jornal tem pesadelos com esta variante, que já bate 3 mil mortos diários no Brasil, num país “bem mais populoso” como os EUA: “um risco global”.
Na BBC News, o Brasil figurou uma notícia terrível: pela primeira vez, o país atingiu 4,000 mortes diárias pelo coronavírus. Na matéria, além de mostrar o número total de vítimas pela doença (quase 337.000), é mostrado que o presidente Jair Bolsonaro continua se opondo a medidas de lockdown. O chefe de estado também argumentou que o estrago na economia seria maior em relação ao que o vírus poderia causar. O texto destaca que o presidente não comentou o número de mortes do dia anterior (4,195) a seu pronunciamento, na terça-feira.
Ainda sobre as Forças Armadas, o El Mundo publicou uma matéria sobre a demissão de militares dos cargos mais importantes das Forças: o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Enquanto isso, Bolsonaro busca a simpatia de outros militares. O jornal explica que o presidente fez a maior reforma ministerial desde que chegou ao poder. Foram 6 trocas de ministros, incluindo o da Defesa. El Mundo ainda escreve que soldados e sargentos são mais simpáticos a Bolsonaro, mas as posições mais altas têm receio de manchar a imagem do corpo militar ao identificar-se com o presidente e "embarcar em suas aventuras inconstitucionais".
O francês Le Monde escreve sobre a dramática situação do país, com a participação do Dr. Dráuzio Varella. Além de falar sobre os cansativos e extensos números de mortos, o jornal ainda discorre da lenta vacinação no Brasil. De acordo com o veículo, até o dia 7 de abril foram vacinados, com a primeira dose, aproximadamente 21 milhões de pessoas - o equivalente a 10% da população total. O jornal enfatiza que a produção das vacinas está caminhando lentamente; o governo anunciou que, para o mês de abril, seriam entregues 25,5 milhões de doses, ou seja, a metade do que foi prometido pelo plano de vacinação.
O Brasil, por mais um mês, foi protagonista das notícias trágicas nos veículos de notícias internacionais. A situação, infelizmente, não parece promissora. Portanto, não é pessimismo nos preparar para mais notícias negativas dos jornais mundiais. Enquanto o cenário brasileiro permanecer desesperador, as notícias também o serão.
My name is Davies, I was in love with my wife and we were married for eight years with a son his is Liam,I loved my wife so much she had access to all my bank account and even my cash app which my accountant agreed to and said it was a great idea, then it took my wife and my accountant two month to get hold of all my properties,all accounts but I had a cash app which they knew nothing about,I was thrown out of my own house was sleeping in a hotel for weeks she also took possession of my son could only see him once a week then I found out she was in love with my accountant all these while so I went online and I came across a private investigator who help me get all my properties and my accounts back even my company back how he did these I don’t know but I gave all the information he asked for and followed all his instructions and now I’m happy my life’s better now.
ResponderExcluirThanks to premiumhackservices@gmail.com
Text (407) 777-4240
I just said I should share my own story here
Thank you