Prof. Dr. Carlos-Magno Esteves Vasconcellos.
No dia 07 de junho deste ano, o Ministro Chefe da Casa Civil do Governo Dilma Roussef, sr. Antônio Palocci, foi finalmente defenestrado do governo federal. Seu nome esteve envolvido em denúncias de enriquecimento ilícito que, segundo o jornal Folha de São Paulo, de 15 de maio (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1505201102.htm), teria permitido-o multiplicar por vinte o valor de seu patrimônio pessoal ao longo dos últimos 4 anos (2006-2010), quando exerceu o cargo de deputado federal, fazendo-o saltar de R$ 375 mil para mais de R$ 7,5 milhões.
Cerca de um mês depois do afastamento de Palocci, na edição de 06 de julho da Revista Veja (em circulação desde o dia 02 de julho), mais um ministro do Governo Dilma era arrolado em uma trama de fraude financeira com dinheiro público. Desta vez, o nome da 'autoridade' era Alfredo Nascimento, Ministro dos Transportes, herança do Governo Lula (durante o qual ocupou o Ministério dos Transportes entre 2004 e 2010) para o Governo Dilma. O sr. Nascimento teve seu nome envolvido em um esquema de superfaturamento e recebimento de propina alinhavado no Ministério dos Transportes, e lastreado nos processos de liberação de recursos para obras públicas. No dia 06 de julho, o jornal O Globo (http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/07/entenda-denuncias-que-levaram-saida-de-alfredo-nascimento.html) aumentava a temperatura da frigideira do ministro, revelando o extraordinário e surpreendente enriquecimento do jovem Alfredo Nascimento (filho do Ministro Nascimento) que, segundo aquele jornal, teria multiplicado por 833 o capital de uma empresa de sua propriedade no curto espaço de 2 aninhos (2005-2007), graças a operações com o Ministério dos Transportes, no período em que o papai Nascimento era o titular daquela pasta no Governo Lula. No calor dos acontecimentos, o ministro foi queimado e deixou o governo federal.