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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Por Onde Anda: Bárbara Marin, mestranda na Universidade de Tsukuba, no Japão



POR ONDE ANDA: Bárbara Marin, mestranda na Universidade de Tsukuba, no Japão


Nome Completo:  Bárbara Marin

Ano de ingresso no curso de Relações Internacionais:  2012
Ano de conclusão do curso de Relações Internacionais: 2016
Ocupação atual:  Mestranda em Sport and Olympic Studies na Universidade de Tsukuba, Japão

Blog Internacionalize-se: Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional.
Bárbara: Depois de formada em Relações Internacionais, trabalhei no Consulado Geral do Japão em Curitiba, eu era responsável pela atuação do Programa de Assistência a Projetos Comunitários no sul do Brasil - esse programa é do governo japonês e oferece doações a projetos comunitários em países em desenvolvimento. Enquanto trabalhava para o Consulado, procurava cursos de mestrado na área de gestão do esporte, pois é meu sonho trabalhar nesta área - particularmente, gestão do futebol. Procurei por cursos não só no Brasil, mas também fora, e encontrei dois que me interessaram bastante: Mestrado em “Sport and Olympic Studies” na Universidade de Tsukuba (Japão), e Mestrado em Ética e Integridade no Esporte, na Universidade de Swansea (País de Gales). Me inscrevi e passei nos dois, e então optei pelo mestrado na Universidade de Tsukuba, porque sempre tive vontade de estudar no Japão e porque era o curso mais interessante e apropriado para o que eu quero.

Minha área de habilitação principal dentro do Mestrado em Sport and Olympic Studies é gestão do esporte. Nesse curso venho tendo oportunidades incríveis de aprendizado e networking que jamais imaginei que teria. Alguns meses atrás fiz meu estágio na J.League (liga japonesa de futebol profissional) no departamento de negócios internacionais, mas pude observar o trabalho também de outros departamentos como o de futebol, futebol de base, mídia e patrocínio. Pude acompanhar e observar jogos da AFC Champions League (equivalente asiático da Champions League europeia) e da própria J.League nos estádios, e tive a oportunidade de conhecer o Zico em um desses jogos! Além de ter aprendido muito profissionalmente falando, ainda pude aproveitar várias coisas do ponto de vista de uma fã de futebol.

No curso, recebemos palestrantes de diversas áreas do esporte, então são muitas chances de aumentar a rede de contatos; realizamos visitas a empresas ligadas ao esporte (Dentsu, DMM, DAZN) e a clubes de futebol (Urawa Red Diamonds), o que é sempre muito interessante; e temos acesso a cursos como o que acabei de realizar junto ao Olympic Broadcasting Services (OBS - Serviço Olímpico de Transmissão), em que pude me qualificar para trabalhar durante as Olimpíadas Tokyo 2020. Acredito que são experiências muito importantes e que me ajudarão a seguir a trajetória profissional que desejo.

Blog: O que te levou a buscar um aprofundamento de conhecimentos em outro país?
Bárbara: Acredito que na área de gestão do esporte, o Brasil deixa a desejar quando comparado a outros países, e por isso decidi procurar um curso fora do país. Além disso, sempre tive vontade de estudar fora do Brasil, acho que é também um ótimo aprendizado a nível pessoal. E como já estudava japonês há algum tempo, pensei que passar um tempo estudando no Japão seria uma boa ideia.

Blog: De que forma as aptidões e conhecimentos desenvolvidos no curso de Relações Internacionais do UNICURITIBA a ajudam em seu trabalho/trajetória atual?
Bárbara: Acredito que a multidisciplinaridade do curso de Relações Internacionais me ajudou bastante. Durante o curso adquirimos conhecimentos sobre várias áreas, como política, História, direito e economia - é um curso muito abrangente, então mesmo que eu esteja agora buscando trabalhar em outra área, o que aprendi ainda é muito relevante. Além disso, durante o curso aprendi a importância do diálogo e a importância de conhecer e compreender outras culturas.

Blog: Como é embarcar rumo ao Japão?
Bárbara: Não vou mentir, no começo foi um pouco assustador… Ainda mais porque nunca tinha ficado longe de casa por muito tempo, e nunca tinha feito nenhum intercâmbio nem nada assim. Então eu estava um pouco apreensiva, mas tem sido ótimo. Apesar da fama que o povo daqui tem de ser “fechado” e “frio”, não tive dificuldade para fazer amizades, e pelo menos na minha experiência, mesmo desconhecidos estão sempre dispostos a ajudar caso necessário. E aqui é tudo organizado, tudo funciona pontualmente. E o Japão é um país muito seguro, isso na minha opinião eleva muito a qualidade de vida. Estou sempre tranquila aqui, posso por exemplo sair sozinha - mesmo se já estiver escuro - sem grandes preocupações.

Confesso que os desastres naturais como terremotos e tufões ainda me dão uns sustos de vez em quando… Acho que quanto a isso é um pouco mais difícil de se acostumar, ainda mais porque no Brasil não temos nada nesse nível. Mas não é algo que afeta meu dia-a-dia, nem é uma preocupação constante.

Blog: Qual a sua lembrança mais marcante da época da faculdade?
Bárbara: Lembro sempre com carinho das aulas dos professores Gustavo, Angela, Andrew, Carlos Magno, e tantos outros, que sempre nos ensinavam com tanta dedicação. Também lembro da simulação do Conselho de Segurança da ONU que fizemos no último semestre da faculdade, aprendi muito com essa experiência. E uma boa lembrança da qual me orgulho muito é de ter recebido o Prêmio Milton Vianna Filho - Medalha de Ouro ao final do curso.

Blog: Deixe um conselho para os nossos leitores.
Bárbara: Sempre que me perguntam, recomendo o curso de Relações Internacionais justamente porque é tão abrangente, e porque através dele, acredito que é possível compreender como o mundo funciona. Outra coisa que recomendo é que procurem fazer um estágio durante o curso. No meu caso, como estágio não era obrigatório, acabei não fazendo. Acredito que ter feito um estágio teria facilitado um pouco a minha busca por emprego depois de formada. Além disso, acho que as iniciações científicas oferecidas pela faculdade são muito importantes e ótimas oportunidades de aprendizado.

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