*Paulo Vergara Neto
Estamos na corrida tecnológica. Os americanos e os soviéticos fazem suas
disputas entre corrida espacial, armas, medicinas, pedra-papel-tesoura, par ou
impar, e outras modalidades.
O estadunidense George Karkajin
saiu de ‘’férias’’ em direção a uma região curiosa da África. Certamente não
era o melhor ‘’passeio’’ para um amante do rugby. Logo os jornais de Moscou
estariam anunciando: ‘’Северо-американцы идут в Африку, чтобы найти следы биологического оружия[1]. ’’
O soviético Dimítri Collins, a
convite de um amigo, destina-se a uma região curiosa da África. E o lema
antissoviético ganhava espaço nas ruas dos Estados Unidos do norte da
América.
Na já mencionada região da
África – a qual nós vamos nos limitar a nomeá-la por ‘’curiosa’’ –, George e
Dimítri jamais esperariam encontrar o que encontraram. Ficaram estupefatos.
Após alguma discussão,
desentendimento e trocas de cigarro, Dimítri e George entraram num acordo de
chama-los por Karjacollins. Os Karjacollins eram uma espécie humanoide de pele
roxa e muito bonita, quadrupedes, olhos azuis-vermelhados. Era uma espécie tão
bonita, que medo algum provocara nos homo sapiens ali presentes. Qual não fora
a reação ao deparar-se com uma espécie inteligente até então não descoberta? Os
Karjacollins faziam dos pigmeus um grupo étnico de tecnologia de ponta, pois
não tinham sequer lanças de madeira.
A primeira disputa, porém, não
foi o ‘’como’’ nomeá-los, mas sim o ‘’como dominá-los’’. Uma língua entre eles
era falada. A ideia inicial era mostra-los ao mundo, contariam (ou contaria)
como foi o contato inicial com eles e pensavam (ou pensava) em doutrina-los. “E
se uma espécie nova conhecesse o meu inimigo e estivesse ao meu lado...
Certamente a segunda espécie pensante
desse mundo me faria um vencedor’’.
Os Karjacollins viviam em casas
curiosas, construídas com madeira. Não andavam nus – usavam roupas leves, de
calor, que mais pareciam mantas leves coloridas. Tinham armas não tinham, não.
Que alívio! Os sapiens já tinham uma vantagem apesar de serem só dois. Os
karjacollins os examinaram com os sentimentos mais apáticos possíveis.
Os sapiens combinaram de manter
essa informação e operação em segredo – É claro que isso era uma disputa de ‘’macro-ego’’.
Quem vencesse essa queda-de-braço talvez recebesse uma sonhada medalha de honra
ao mérito.
O resultado dessa história ficou
para a posteridade. O registro ficou em documentários de canais científicos dos
Estados Unidos e velhos mitos sobre a União Soviética que são facilmente
encontrados na deep web. Cogita-se que os Karjacollins foram exterminados, mas
qual seria a graça desse enredo se ele fosse assim tão verossímil?
Melhor esperarmos o próximo
filme de Hollywood:
“A curious region from Africa’’.[2]
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