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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Uma região curiosa da África

Trabalho desenvolvido na disciplina de Análise das Relações Internacionais sob orientação da Professora Jaqueline Ganzert, em que todos foram convidados a escrever análises satíricas sobre períodos históricos. Em votações "as cegas" nas turmas, os textos foram selecionados para o blog.



*Paulo Vergara Neto

Estamos na corrida tecnológica. Os americanos e os soviéticos fazem suas disputas entre corrida espacial, armas, medicinas, pedra-papel-tesoura, par ou impar, e outras modalidades.
            O estadunidense George Karkajin saiu de ‘’férias’’ em direção a uma região curiosa da África. Certamente não era o melhor ‘’passeio’’ para um amante do rugby. Logo os jornais de Moscou estariam anunciando: ‘’Северо-американцы идут в Африку, чтобы найти следы биологического оружия[1]. ’’
           O soviético Dimítri Collins, a convite de um amigo, destina-se a uma região curiosa da África. E o lema antissoviético ganhava espaço nas ruas dos Estados Unidos do norte da América. 
          Na já mencionada região da África – a qual nós vamos nos limitar a nomeá-la por ‘’curiosa’’ –, George e Dimítri jamais esperariam encontrar o que encontraram. Ficaram estupefatos.
        Após alguma discussão, desentendimento e trocas de cigarro, Dimítri e George entraram num acordo de chama-los por Karjacollins. Os Karjacollins eram uma espécie humanoide de pele roxa e muito bonita, quadrupedes, olhos azuis-vermelhados. Era uma espécie tão bonita, que medo algum provocara nos homo sapiens ali presentes. Qual não fora a reação ao deparar-se com uma espécie inteligente até então não descoberta? Os Karjacollins faziam dos pigmeus um grupo étnico de tecnologia de ponta, pois não tinham sequer lanças de madeira.
          A primeira disputa, porém, não foi o ‘’como’’ nomeá-los, mas sim o ‘’como dominá-los’’. Uma língua entre eles era falada. A ideia inicial era mostra-los ao mundo, contariam (ou contaria) como foi o contato inicial com eles e pensavam (ou pensava) em doutrina-los. “E se uma espécie nova conhecesse o meu inimigo e estivesse ao meu lado... Certamente  a segunda espécie pensante desse mundo me faria um vencedor’’.
       Os Karjacollins viviam em casas curiosas, construídas com madeira. Não andavam nus – usavam roupas leves, de calor, que mais pareciam mantas leves coloridas. Tinham armas não tinham, não. Que alívio! Os sapiens já tinham uma vantagem apesar de serem só dois. Os karjacollins os examinaram com os sentimentos mais apáticos possíveis.
       Os sapiens combinaram de manter essa informação e operação em segredo – É claro que isso era uma disputa de ‘’macro-ego’’. Quem vencesse essa queda-de-braço talvez recebesse uma sonhada medalha de honra ao mérito.
       O resultado dessa história ficou para a posteridade. O registro ficou em documentários de canais científicos dos Estados Unidos e velhos mitos sobre a União Soviética que são facilmente encontrados na deep web. Cogita-se que os Karjacollins foram exterminados, mas qual seria a graça desse enredo se ele fosse assim tão verossímil?
        Melhor esperarmos o próximo filme de Hollywood:
“A curious region from Africa’’.[2]



[1] Do russo: ‘’Americanos vão à África em busca de exploração biológica’’.
[2] Em breve nos cinemas. 


* Paulo Vergara Neto é graduando do 5° período curso de Relações Internacionais do Unicuritiba.
** FONTE da imagem: Lee Parnell

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