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terça-feira, 4 de junho de 2019

Por Onde Anda: Marina Ferreira, dona do blog "Shetrips", que incentiva mulheres a viajarem sozinhas




A egressa Marina Ferreira se formou em Relações Internacionais pelo UNICURITIBA em 2016. Desde então, além de sua ocupação profissional em uma Fintech, que são Startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do Sistema financeiro, a Marina possui um site chamado Shetrips, que encoraja mulheres a viajarem sozinhas. Atualmente ela mora em Montevideo e já conhece 35 países ao redor do mundo ( com apenas 23 anos).
Quer saber mais um pouco sobre a história dela?
Confira a entrevista abaixo!

Nome: Marina Ferreira
Ano de ingresso no curso de Relações Internacionais: 2013         
Ano de conclusão do curso de Relações Internacionais: 2016

Blog Internacionalize-se: Qual foi o caminho percorrido para você alcançar seu posto atual no trabalho?
Marina: Eu comecei fazendo estágio com negócios aeroportuários, uma vaga que foi divulgada na faculdade, aliás. Lá me encontrei na área de desenvolvimento de negócios e eventualmente passei a trabalhar em uma Fintech de pagamentos internacionais onde me consolidei neste cargo. Já estou nessa indústria há mais de 3 anos e hoje trabalho em Montevideo para uma empresa uruguaia.

Blog Internacionalize-se: Além de trabalhar, você possui um site, o SheTrips. Qual o seu objetivo com ele?
Marina: Viajar é constantemente um propósito para mim. Quando me percebi financeiramente capaz de alcançá-lo pela primeira vez, me deparei com outros impedimentos como medo, falta de informação e de companhia.
Hesitei muito antes de dar o primeiro passo, considerando o medo intrínseco que vem em estar sem companhia, mas quando finalmente decidi, percebi que "sozinha" não era necessariamente um fardo, mas sim poderia ser uma escolha, e das boas. Se para mim, tomar essa decisão sozinha foi um processo de aceitação e de busca afinca de informação, concluí que tudo o que eu já coletei de vivências já poderia ajudar outras pessoas que estão prestes a fazer o mesmo.

Coragem e informação foram as duas condições não materiais para eu assumir esse estilo de vida. E hoje, eu tento tornar uma consequência da outra para os leitores.

Blog Internacionalize-se: Como o curso de Relações Internacionais te ajudou a explorar o mundo?
Marina: Estar nesse meio onde podemos debater sobre o histórico de tanta diversidade e de formas de sociedade ao redor do planeta só alimenta nossa curiosidade sobre esses temas. Para mim, RI tem muito a ver com mediar diálogos, e se você estiver disposto, pode aplicar essa visão nas suas viagens também. Ter contato com histórias e depois complementar com o empírico são experiências impagáveis que já tive o privilégio de vivenciar.
Um dos exemplos mais fortes foi na Palestina. Minha relação com o tema já havia começado anos antes nas salas de aula de RI, e depois pude ver de perto a situação dos lados do muro. O relato completo dessa viagem você pode ver aqui.

Blog Internacionalize-se: Se um de nossos leitores, assim como você, queira documentar suas viagens e contar suas histórias, qual seria uma dica muito importante?
Marina: Mesmo no nicho de viagens, existem vários perfis de viajantes. Eu por exemplo, nem faço questão de frequentar restaurantes tradicionais dos meus destinos (não confundir com típicos), sendo que para alguns, essa parte é bem importante.
Nem todo mundo compete pela atenção do público. Se você descobrir seu estilo e for fiel à ele, suas contribuições serão ainda mais efetivas para os leitores.

Blog Internacionalize-se: Como você se organiza e planeja suas viagens? Já passou por um perrengue?
Marina: O destino geralmente é uma roleta russa. A lógica é começar com os mais improváveis, e os clichês eventualmente virão. Viavelmente, eu trabalho o ano inteiro e vivo em modo econômico para poder fazer pelo menos uma grande viagem por ano. Em média 2-3 semanas é o suficiente para conhecer 3 países e eu estabeleço um teto de quanto posso gastar em cada viagem.
De perrengue eu tenho coleção, mas nada muito grave felizmente. Só na minha última viagem, eu perdi a hora de um tour de Israel para Jordânia e tive que fazer a travessia sozinha sem saber se encontraria o grupo que cuidava do visto. Alguns dias depois passei mal em um monumento bíblico porque na noite anterior cozinhei algo errado. Mas o pior de todos foi sair da casinha de um banheiro de estrada no meio do Egito e ver que ele cheio de homens usando o mictório. Quando eu fui percebida, começaram a gritar e me expulsaram. Agora já dá pra rir da história.
É importante se proteger, as mulheres sozinhas em qualquer lugar acabam se destacando. Recomendo ter um carregador portátil de celular e comprar um chip local por questões de segurança mesmo. Fora isso, esse mundo está repleto de pessoas maravilhosas no meio do caminho, uma diversidade infinita para ser apreciada e vários destinos que muitas vezes nem sabemos de cor para colocar na lista.
Quer conhecer mais sobre as aventuras da Marina? Acesse o site https://www.shetrips.co

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