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domingo, 24 de fevereiro de 2019

Por Onde Anda: Barbara Caparica, analista de Real Estate na maior empresa de investimento imobiliário do mundo


A egressa Barbara Caparica concluiu o curso de Relações Internacionais em 2018 e rapidamente conseguiu uma ótima colocação no mercado de trabalho.

Ela é analista de Real Estate no CBRE Group, Inc., a maior empresa de investimento imobiliário do mundo. A empresa oferece uma ampla gama de serviços integrados, incluindo facilities, transações e gerenciamento de projetos, gestão de propriedades, gestão de investimentos, locação de imóveis, consultoria estratégica, venda de propriedades, serviços hipotecários e serviços de desenvolvimento.

A ex-aluna deu entrevista para o Blog Internacionalize-se. Confira:


Nome Completo:  Barbara Caparica Fiakofski    
Ano de ingresso no curso de Relações Internacionais: 2014
Ano de conclusão do curso de Relações Internacionais: 2018
Ocupação atual: Analista de Real Estate na empresa CBRE

Blog Internacionalize-se:   Conte-nos um pouco de sua trajetória profissional.
Bárbara: Minha carreira teve início um ano antes da minha graduação, e me sinto muito sortuda por isso. O mercado está cada vez mais difícil, então temos que estar preparados para abraçarmos a oportunidade assim que ela surge. Fui efetivada no escritório em que estagiava logo após a minha defesa do TCC, então, antes mesmo de pegar o diploma, eu já estava inserida no mercado. Depois da formatura, uma colega compartilhou uma oportunidade de contratação na empresa onde ela estava trabalhando. Apesar de gostar muito do lugar onde estagiei, senti que era necessária uma mudança de ambiente, com novos desafios pela frente. Assim que fui contratada na nova empresa, percebi que era mais um passo importantíssimo na minha carreira, e não me arrependo de ter feito esta escolha. Apesar de estar em uma área pouco conhecida e pouco procurada por Intenacionalistas, é uma área muito promissora e com muitas oportunidades para quem realmente está atrás de uma. O início de nossas carreiras nunca é fácil, mas tenho certeza de que todo o esforço e investimento que estou fazendo neste momento, será relevante para todo o meu futuro profissional.

Blog Internacionalize-se:   Qual foi a experiência mais desafiadora que já teve profissionalmente?
Bárbara: Meu primeiro e único estágio em um escritório de propriedade intelectual foi definitivamente a experiência mais desafiadora que tive. Eu saí de um emprego onde eu estava há quase 5 anos, e em um ambiente completamente diferente do que me aguardaria. Sair da zona de conforto nunca é fácil, e no meu caso, foi realmente um desafio, principalmente pelo fato de que eu não tinha ideia de como era o ambiente. Meu único contato com esse tipo ambiente era através de filmes e eu me imaginava trabalhando em um lugar assim. Apesar de ter sido um ano bem difícil, com muito trabalho e stress da reta final da faculdade, valeu muito a pena, pois aprendi coisas que na faculdade não aprendemos e que eu provavelmente não desenvolveria caso não tivesse me arriscado e aceitado a oportunidade.

Blog Internacionalize-se:    Como é o dia a dia do seu trabalho atual?
Bárbara: Atualmente trabalho na CBRE, como Analista de Real Estate, atuando na parte de Data Management, onde sou responsável pelos cuidados de documentos legais de nossos clientes e terceiros. Meu dia a dia é bem diferente do que experenciei em outros lugares. Na CBRE, tenho contato direto com as sedes da empresa que estão localizadas em outros países, bem como a diversos treinamentos e capacitações, além de um ambiente extremamente saudável. Tento manter a minha rotina sempre definida, para que eu consiga dar andamento em todas as tarefas diárias, treinamentos, reuniões e demais atividades.
Por ser uma empresa estrangeira, temos reuniões semanais com times de outros países para que possamos sempre estar atualizados sobre os acontecimentos, novos apontamentos e treinamentos necessários para que possamos cumprir com as demandas de nossos clientes. É um ambiente extremamente cativante e enriquecedor, principalmente pelo fato de que crescemos como um time, e como uma empresa. Aqui, somos um time e isso é fundamental para nosso crescimento pessoal e profissional.

Blog Internacionalize-se: Quais as aptidões e conhecimentos desenvolvidos no curso de Relações Internacionais que mais o ajudam na sua profissão atual?
Bárbara: Existem diversas aptidões que o curso nos auxilia a desenvolver, mas na minha opinião, a mais importante está relacionada com a negociação e a capacidade de dialogar em situações de stress.
As simulações realizadas durante o curso nos permitem entender como é fundamental o papel da negociação em um ambiente de trabalho, nos mostrando a importância da argumentação, sustentação, flexibilidade e demonstração de pontos de vista.
Esta aptidão deve ser trabalhada durante e após a conclusão do curso, pois o mercado necessita de profissionais capazes de solucionarem problemas durante crises e situações estressantes. No dia a dia enfrentaremos situações que necessitam de uma resposta rápida, uma negociação pacífica e bem mediada, além de uma solução benéfica para as partes envolvidas.  

Blog Internacionalize-se:    Qual a lembrança mais marcante do período de faculdade?
Bárbara: Definitivamente os eventos realizados pelo curso. Os eventos em geral são excelentes e costumam aproximar muito os alunos e professores, mas as festas e confraternizações criam laços mais íntimos entre os alunos. Confesso que fiz mais amigos em eventos do que na minha turma.

Blog Internacionalize-se:  Qual conselho deixaria para os nossos alunos?
Bárbara: Nunca percam o amor pela profissão. Eu realmente acredito que o amor pelo curso de Relações Internacionais torna tudo mais fácil, seja na busca por um estágio ou algum curso complementar, ou até mesmo em um novo ambiente de trabalho.
Aproveitem que o nosso curso é abrangente e utilizem as oportunidades para conhecer diferentes campos de atuação. Se joguem no Direito, na Economia, na História....encontrem suas áreas de interesse e tentem entender onde o profissional de RI se encaixa, quais os conhecimentos necessários e as oportunidades de crescimento nesse segmento.
Se você puder trabalhar e estudar, faça! Corra atrás de estágios e vagas efetivas, isso te traz um diferencial enorme na hora de encontrar um trabalho na área de RI, principalmente em Curitiba.
O fato de eu ter começado a trabalhar aos 17 anos e conciliar o estudo com o trabalho, foi essencial para minha contratação no meu primeiro estágio.
Outro conselho é: tente se envolver em ambientes internacionais. Participe de encontros com estudantes estrangeiros, seja voluntário em alguma ONG ou Instituição que auxilie refugiados, participe do TANDEM pela Universidade Federal, entre outros. Além de novos amigos, o contato com diferentes culturas é sempre enriquecedor.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Depoimento: Guilherme Ovçar, aluno de Relações Internacionais, participa de missão de paz da ONU no Sudão






O aluno Guilherme Ovçar é acadêmico de Relações Internacionais do UNICURITIBA e policial militar e, por sua formação e experiência, foi selecionado para participar da Missão Internacional em Darfur, no Sudão, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a União Africana (UA).

Em depoimento ao Blog Internacionalize-se, ele contou um pouco de sua experiência.




"Em 19/01/2019 embarquei de Curitiba rumo a Cartum, no Sudão; fazendo escalas em Guarulhos e Addis Abbaba (Etiópia).



Desde 21/01/19 passei a integrar, oficialmente, a Organização das Nações Unidas como um peacekeeper, sendo classificado como “Individual Police Officer” (IPO) na função de Police Advisor da United Nations-African Union Hybrid Operation in Darfur (UNAMID).


Desde então, até hoje, estou participando do Induction Training, oportunidade em que o recém chegado é introduzido a estrutura da missão e tem uma série de instruções em que é apresentado a situação político-social da região de Darfur, no Sudão. Além disso, o IPO é capacitado em diversas áreas técnicas, de tal modo que possa desempenhar com eficiência as suas funções, contribuindo para a missão.

A previsão para os meus primeiros três meses na missão é de desempenhar a função de Police Advisor no TEAM SITE de KABKABYA, realizando patrulhas de observação, coleta de informações e emissão de relatórios; em áreas onde o acordo de paz DDPD está em vigor, nos postos policiais da região, e nos campos de IDPs (pessoas internamente deslocadas) que lá existem.

A missão do componente policial da UNAMID, previsto no seu Mandato baixado pelo Conselho de Segurança da ONU em outubro de 2018, consiste em Proteção de Civis; segurança com vistas a facilitar e garantir a entrega de recursos humanitários na região; providenciar e preservar um ambiente seguro para a atuação de órgãos de direitos humanos; e capacitar a polícia e comunidade locais nas suas atividades, empoderando-as.
A participação de policiais militares brasileiros nas missões de paz da ONU englobam, em linhas gerais, dois processos seletivos. O primeiro deles são testes diversos, exigidos pela ONU, que são aplicados pelo Exercito Brasileiro, englobando: proficiência em inglês, informática, direção de veículo 4x4 e tiro. Vencidos os testes o policial militar passa por um estágio preparatório no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) no Rio de Janeiro, entidade parceira do UNICURITIBA em diversas iniciativas. Após o treinamento, o militar está apto para a missão. 


A partir de então o policial figura numa lista de aptos para indicações para missão de paz. Após disponibilização de uma vaga pela ONU, o exército brasileiro encaminha a vaga para um determinado Estado da federação (seguindo uma ordem de precedência), cuja Polícia Militar indica o policial militar (apto) para participar. Essa etapa vencida, o policial selecionado é indicado e passa por uma seleção junto a ONU. 


Este segundo processo seletivo, junto à ONU, engloba encaminhamento de currículo profissional, remessa de formulário médico e exames requisitados e providência de documentos oficiais. Se estes documentos estiverem de acordo, o policial militar é submetido a uma entrevista telefônica realizada por funcionários da ONU que se encontram na missão. Nesta entrevista o policial candidato será avaliado quanto a conhecimentos da doutrina da ONU, informações sobre a missão e o país para o qual está concorrendo, além de conhecimentos técnicos descritos em seu currículo.



Se aprovado, o policial militar é requisitado pela ONU ao governo brasileiro e ao seu estado de origem, cujas autoridades devem aprovar a sua ida para a missão.

No ano de 2017 eu passei nas seleções e etapas do exército brasileiro e entre janeiro e dezembro de 2018 ocorreu o processo de seleção pela ONU.

Permito-me afirmar que é um privilégio, como um internacionalista, poder participar de algo tão grande como é a Organização das Nações Unidas. E mais do que isso, poder de algum modo contribuir para a promoção da paz em locais de conflito e facilitar, mesmo que minimamente, a ajuda a grupos e pessoas tão vulneráveis como é o caso dos IDPs e as vítimas de conflitos.



Ademais, mesmo em poucos dias como um peacekeeper, posso afirmar categoricamente que os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Relações Internacionais tem contribuído em muito para o desempenho da função e, principalmente, na vivência em um ambiente tão diversificado, técnico e grandioso que é uma missão de paz da ONU, onde a Integridade, Profissionalismo e o Respeito pela Diversidade imperam como os valores principais."