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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Dia do Internacionalista: Para quê serve essa profissão?




No dia 26 de Setembro, comemora-se o Dia do Internacionalista. Nós, professores do curso de Relações Internacionais que compartilhamos desa profissão, falamos um pouco a respeito dessa paixão que nos move.
Profa. Janiffer Zarpelon, professora de Teoria das Relações Internacionais, Organizações Internacionais e Política Externa

"Considero muito bacana haver o dia do internacionalista por reconhecer a importância desta profissão, no qual tem como objeto de análise o ambiente internacional configurado por uma realidade complexa e que ocorre constantes mudanças. Assim, o internacionalista não sofre de monotonia, por necessitar estar sempre atualizado diante de um mundo caracterizado pela globalização, pela interdependência, pela cooperação internacional, mas também por nacionalismos, diferenças socio- econômico e culturais e por conflitos étnicos e sociais. Diante dessa complexidade, o internacionalista, com sua formação multidisciplinar, passa a ser possuidor de visão crítica sobre o sistema internacional, desenvolvendo análises de conjuntura econômica, política, jurídica, social e cultural.


Para mim é uma grande honra poder exercer esta profissão que tanto amo. Desde que me formei, em 2002, sempre tive certeza que escolhi o curso certo, por poder verificar o mundo por diferentes visões e desenvolver análises em diversas áreas. Em vista que vivemos num mundo marcado por diferentes atores como Estados, empresas transnacionais, Organizações Internacionais, ONGs e outros atores; por fenômenos transnacionais que atravessam as fronteiras nacionais; e por diversidades políticas, econômicas e sociais; paramim ser internacionalista é constantemente desafiador e gratificante".


Profa. Angela Moreira, professora de Introdução às Relações Internacionais
“ Qual é o profissional que derruba muros e concilia opiniões divergentes?

Engenheiro ou advogado?

Qual é o profissional que entende de aquecimento global e luta pelos direitos das minorias?

Ambientalista ou sociólogo?

Qual é o profissional que fecha negócios em qualquer lugar do planeta analisando o cenário político vigente?

Economista ou político?

Qual o profissional que é idealista na busca de um futuro melhor para as próximas gerações respeitando as diferentes culturas e etnias além de conhecer as diversas regras, leis e línguas envolvidas no processo?
O bacharel de Relações Internacionais sempre será este profissional, abrangente, respeitoso, observador, curioso, altamente adaptável e bem preparado para o mundo cosmopolita e integrado de hoje em dia. 

Ele será aquele que tem uma forte capacidade de análise dos diferentes hábitos, modos de vida e crenças religiosas e políticas de pessoas, povos, organizações, empresas e países.
É o verdadeiro ser humano do amanhã, não importando a posição geográfica deste amanhã ou a rapidez que ele aconteça. ”

Prof. Rafael Gallo, professor de Teoria das Relações Internacionais II e Projetos Internacionais

"Ser internacionalista é ser alguém que escolhe trilhar um caminho diferente do convencional: escolhe a reflexão, escolhe perceber o mundo de maneira diversa. Em outras palavras, faz a opção de encarar a vida como um desafio. Sim, um desafio, pois é árdua a tarefa de compreender as relações internacionais contemporâneas que estão presentes no nosso cotidiano.

E esse é exatamente o diferencial que tenho experimentado na minha carreira profissional: uma plena capacidade analítica e uma versatilidade que se ancoram na minha formação multidisciplinar. Habilidades que nenhuma graduação fornece em tal grau de intensidade. Não é por acaso que nós internacionalistas conseguimos trafegar em áreas diversas – desde a política até a área de gestão de negócios – de maneira eficiente.

Assim, o desafio se transforma no privilégio de ser um profissional que pensa o ambiente ao redor de forma autônoma evidenciando sua singularidade.
"

Prof. Gustavo Blum, professor de Geografia Política e Política Internacional Contemporânea


"Ser internacionalista não é apenas uma profissão. Ao lado da técnica da análise e da reflexão que adquirimos ao longo da formação, aprendemos que ser intetnacionalista é também uma filosofia e uma forma de ver o mundo.

Se pensam e refletem sobre o mundo, sobre a realidade ou sobre a forma como hoje vivemos, nos aproximamos de uns questionamentos profundos a respeito do universo e tudo mais. Qual internacionalista já não se questionou se o ser humano é bom ou mau por natureza? Não que isso realmente importe, mas conseguimos ver as consequências disso

Se olham para fora de sua casa, em direção à vida que realmente acontece, enxergam e constatam como a vida cotidiana é afetada tanto pelas relações intergovernamentais, com seus tratados, acordos e conflitos, quanto pela cultura popular. É a internacionalista e o internacionalista que vêem como a música pop não está muito longe do desarmamento nuclear em termos de poder.

Isso permite ao profissional ser aquele que consegue não apenas saltar escalas, como também transgredi-las. Enquanto internacionalistas, somos humanistas, e temos um longo caminho pela frente: só descansaremos quando tivermos um mundo melhor para todos."

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