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domingo, 8 de maio de 2011

OBAMA, BRASIL E O PRÉ-SAL


OBAMA, BRASIL E O PRÉ-SAL

* Hilarian D. B. Silva

            Durante todo o tempo que o presidente Barack Obama esteve no Brasil, sentiu-se uma empolgação da mídia em dar todos os detalhes de sua visita. Deu-se também, muitos motivos para o objetivo dela.
           Sem dúvida, seu carisma e aparentes interesses e conhecimentos sobre a cultura brasileira, dando ênfase também às conquistas em relação à retirada de milhões de pessoas da pobreza e do PIB que ultrapassa o da Itália, causaram deslumbramento em relação a ele e ao que representa. Sua relevância no mundo é clara, afinal, Obama é o presidente dos Estados Unidos da América, mas é o suficiente para ficarmos atentos ao seu carisma e discursos bem embasados?
            Seria o real objetivo desta visita um apoio mútuo entre os dois países? Uma atenção extra à America que não é a do Norte? Com a descoberta do pré-sal, o Oriente Médio em crise e a necessidade tremenda que os Estados Unidos têm de petróleo, não seria essa a resposta para tanta atenção? “Vocês têm o dobro de todas as reservas petrolíferas dos Estados Unidos”, reconhece Obama em um encontro com os executivos-chefes das grandes empresas brasileiras. Ou seja, o Brasil tem mais petróleo do que eles, México e Canadá juntos.
          Talvez por este motivo que tenha sido o Brasil o escolhido para sua a primeira viagem presidencial à América do Sul. Vieram com ele: Tim Geithner, Secretário do Tesouro, Gary Locke, Secretário do Comércio e um grande número de empresários estadunidenses.
          “Vocês são os líderes mundiais em biocombustíveis”, diz. “Em um momento como este, em que os eventos nos lembram como a instabilidade em outras partes do mundo pode condicionar o preço do petróleo, os EUA só podem saudar com satisfação o seu papel como nova e estável fonte de energia”. Interesses não são poucos.
          Enquanto a mídia nacional tratou de enfatizar seu carisma, bondade e importância, talvez tenha esquecido que, apesar de todas as qualidades da pessoa Obama, ele é presidente do país de Bush, da Guerra do Iraque e das bombas de Hiroshima.
 * Hilarian D. B. Silva é aluna do 3º período de Relações Internacionais e participante do grupo de Iniciação Científica - A geopolítica dos Estados: os novos atores internacionais, sob a coordenação do Prof. Marlus Forigo

2 comentários:

  1. Otimo artigo.Enquanto a midia nacional realça o carisma de Obama sua facilidade de dar discursos e claro a roupa de Michelle, o real sentido dessa escolha pelo Brasil é uma tentativa da reaproximação pela necessidade. Resta ver o que sera feito em relação ao etanol brasileiro e como a negociação 'por baixo dos panos' será feita.

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  2. Eu faço parte da parcela da população brasileira que são a favor de uma aproximação máxima aos EUA,acredito que seríamos mais respeitado e teríamos um prestígio maior perante as potências mundiais,pois o brasil mais afastado dos USA,se torna uma nação mais esquecida e esquivada da comunidade internacional,e logo o brasil que sempre sonhou e sonha com uma vaga permanente no conselho de segurança da ONU,esta aproximação maior para com os americanos,no meu ponto de vista traria mais benefícios,do que simplesmente ficar na vanguarda e ser sempre contrário aos interesses mútuos da américa,tudo bem que não podemos concordar com todas as ações do chefe de estado americano,e como sabemos tem ações de natureza absurda que jamais deveríamos concordar e fica a par deles. em contrapartida se fossêmos aliados mesmo e com interesses mútuos entre ambos poderíamos desfrutar de determinadas melhorias em vários aspectos e não somente no diz respeito ao comércio de produtos primários,poderíamos estender esta relação bilateral para o campo militar e tecnológico e consequentemente provocando um desenvolvimento mais rápido e benéfico para a nossa nação. necessitamos de aumentar nossos laços de amizades com os americanos em vários campos e assim sucessivamente colher benefícios e melhorias no futuro,em vez de ficarmos construindo alianças com países de poucas expressões no cenário mundial,não deixa de ser importante estas alianças,mas no meu ponto de vista deixam a desejar e o brasil necessita mais do que isto,temos plena capacidade e condições de ser uma nação mais respeitada e reconhecida mundialmente,muito mais além do que o país do carnaval e do futebol.

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